Após ‘Os Mercenários’ 1 e 2 (com Stallone e grande elenco) e ‘O Último Desafio’ (com Schwarzenegger), os filmes de ação estilo anos 80 e 90 vem ganhando força e um certo revival. Depois das decepções que foram ‘Alvo Duplo’ (também com Stallone) e o novo ‘Duro de Matar’ (o quinto filme, também com Willis), chega este que parece ser verdadeiramente um ‘duro de matar’. Lembra muito bons e velhos filmes de ação, como o já citado primeiro ‘Duro de Matar’ com Bruce Willis, lembra vários outros com Stallone, Schwarzenegger, Van Damme e companhia. Aqueles filmes bobos, mas divertidíssimos, que seu pai curtia ver à noite uns 10, 20 ou 30 anos atrás.Claro que a trama dá uma atualizada para nossos dias. Além da temática política estar bem atualizada e envolvendo as Coreias, o filme utiliza da tecnologia e efeitos especiais modernos. Mas o padrão enlatado e redondo dos filmes de ação está ali. Neste ano de 2013 os melhores filmes de ação estavam com o engraçado ‘O Último Desafio’ e o tenso ‘Inimigos de Sangue’. Pois saibam que ‘Invasão à Casa Branca’ passou para o primeiro colocado. A direção de Antoine Fuqua é nervosa, corajosa e certeira. O cara, que já foi responsável pelo ótimo ‘Dia de Treinamento’ e pelos eficientes ‘Lágrimas do Sol’, ‘Rei Arthur’ (versão 2004), ‘O Atirador’ (versão 2007 com o Mark Wahlberg) e ‘Atraídos pelo Crime’; aqui mais uma vez surpreende. Ele não faz nada novo e espetacular, mas faz algo padrão acima da média.
O elenco é bom: coadjuvantes de dar inveja como Morgan Freeman , Ashley Judd (amada dos anos 90, andava sumida!), Angela Bassett, Melissa Leo, Radha Mitchell (maravilhosa sempre) e Cole Hauser. O presidente é o esforçado Aaron Eckhart, que parece ter nascido para este tipo de filme. E o quebra-tudo Gerard Butler volta em mais um papel estável, onde seu carisma com o público faz você torcer por ele. Como se trata de um filme de ação, não há muito o que cobrar em atuações, mas mesmo assim todos se saem bem. O vilão é uma das melhores coisas do filme. Na verdade, em filmes de ação e policiais, os vilões devem ser a personagem melhor representada e intimidadora. E aqui acontece, o que não se via à pelo menos 3 anos. Rick Yune é desgraçado e traiçoeiro, fazendo com que você odeie ele e torça pelo seu fim.
Sendo sincero, vale lembrar que é apenas um filme de ação, porém bem feito. Se você não gosta do tipo de filme que eu já comentei nos dois primeiros parágrafos, fique longe. Mas se você gosta de desligar o cérebro da realidade e ver a Casa Branca sendo destruída, o presidente e seu filho em apuros, um herói fazendo a chamada ‘guerra de um homem só’, um pouco de política, helicópteros e jatos sendo abatidos, explosões por todo lado, eletrizantes rajadas de balas de grande calibre e muita violência; então aí está o seu filme! Entre os pontos fracos, claro, há o patriotismo, amor à bandeira e alguns clichês básicos. Mas o diretor consegue burlar algumas obviedades com boas sequências ou planos.
Ou seja: Antoine Fuqua mais uma vez escala o elenco certo para o filme certo. Tempera a trama com uma política que atualmente está oscilando e temerosa, um bom vilão e cenas de ação sufocantes. A cena da invasão é forte e bem elaborada. A violência aqui deste filme está um pouco mais forte do que de costume, mas está bem realista. Se tratando de entretenimento bobo, o filme não será um grande marco, mas será talvez o melhor do ano no quesito “explosão” de adrenalina. O filme tem um público alvo e acerta em cheio os fãs ávidos por emoção em alta octanagem.
NOTA: 8
Direção: Antoine Fuqua
Elenco: Gerard Butler, Aaron Eckhart, Finley Jacobsen, Dylan McDermott, Rick Yune, Morgan Freeman , Angela Bassett, Melissa Leo, Radha Mitchell, Cole Hauser, Phil Austin, James Ingersoll.
Sinopse: no filme, o “código secreto Olympus” da Casa Branca é invadida por terroristas, e o Presidente é mantido refém. A única opção de resgate é o agente Mike Banning (Gerard Butler), que ainda se encontra no edifício. Sem alternativas, o serviço secreto o autoriza a resgatar o Presidente, e evitar um desastre ainda maior.