cobertura FESTIVAL de CANNES 2013 – DIA #4 / DIA #5

E vamos para nossa dobradinha cobrindo dois dias do Festival!
Com a benção da chuva forte que continuava a cair na Riviera Francesa, foi exibido na mostra paralela “Um Certo Olhar” o filme GRAND CENTRAL da diretora Rebecca Zlotowski – e o segundo filme a aparecer nessa edição do Festival com a participação do ator Tahar Rahmin (com esse nome só podendo ser indiano, certo?).
O que foi dito sobre o filme? A trama se concentra em uma instalação nuclear na França rural. “Rahmin” começa um caso com uma colega de trabalho que vive no trailer em frente ao seu, mas ela já está noiva de um rapaz de outra usina.
Foi destacado pela crítica o cuidado em mostrar que a vida dentro e em volta dessas “usinas” não é a melhor. Os trabalhadores são explorados, mas foi insinuado que a diretora também faz uso de alguma “exploração”. Ela usa todo o medo da contaminação como metáfora para a atração sexual que é expressada. Foi dito que os truques da diretora são “os mais velhos que existem no livro”, mas que há um par de fortes atuações e uma cena final que é alarmantemente simbólica. 
Um resultado final positivo. Sendo assim, o filme desponta como tendo alguma chance de brilhar em sua categoria de competição. Mas não digo nada sobre “favoritismo”, então não se enganem.
Horas depois foi a vez de INSIDE LLEWYN DAVIS, dos já cultuados e premiados irmãos Coen. 
O que foi dito sobre o filme? É a oitava vez que um filme dos irmãos concorrem ao prêmio máximo. Sobre esse foi dito que eles “fizeram algo para parecer muito fácil” contando a estória de um cantor de folk fracassado em 1961 na cidade de Nova York. 
A crítica colocou o filme lá em cima. Houve declarações de amor à melancolia do filme. O design de produção foi considerado “perfeito”.
Um divertido consenso que foi publicado?
“É como Um Homem Sério (também filmes dos Coen), mas sem o Antigo Testamento caindo matando em cima de ninguém. Um filme pequeno e preciso.”
Sim. Tiramos a conclusão de que foi aprovado, mas, pessoalmente, me parecem elogios brandos demais para um futuro vencedor do prêmio.
E fechando a tarde do último domingo houve o documentário (acredito que assim é como podemos classificar) THE LAST OF THE UNJUST, que é algo bem complexo. Vem de uma série de entrevistas feitas em 1975 com um sobrevivente judeu do holocausto. Tem duração de 3h54m [Pausa para reação]
O que foi dito sobre o filme? Bem, esse é o tipo de projeto que tem bem a cara de Cannes, então é claro que foi glorificado. Críticos disseram:
“O filme tem mais força cinematográfica em sua segunda hora com as câmeras do século 21 do diretor perambulando pelos acampamentos em Praga e em outros locais cruciais para a auto-justificação do entrevistado.”
“Contém informações muito tristes que vão começar a pesar em você horas mais tarde, quando você estiver sozinho, pensando.”
FOTOS

 
“The Last of The Unjust”

“Inside Llewyn Davis”

“Grand Central”
E NOSSA COBERTURA CONTINUA…


Deixe uma resposta