12 Macacos
Direção: Terry Gilliam
Elenco: Bruce Willis,
Brad Pitt, Madeleine Stowe, Christopher Plummer, David Morse.
Brad Pitt, Madeleine Stowe, Christopher Plummer, David Morse.
Sinopse: No ano de 2035, James Cole (Bruce
Willis) aceita a missão de voltar ao passado para tentar decifrar um mistério
envolvendo um vírus mortal que atacou grande parte da população mundial. Tomado
como louco, no passado, ele tenta provar a sua sanidade para a médica Kathryn
Railly (Madeleine Stowe), sua única esperança de mudar o futuro.
Willis) aceita a missão de voltar ao passado para tentar decifrar um mistério
envolvendo um vírus mortal que atacou grande parte da população mundial. Tomado
como louco, no passado, ele tenta provar a sua sanidade para a médica Kathryn
Railly (Madeleine Stowe), sua única esperança de mudar o futuro.
Prêmios: indicado a 2 Oscar: melhor figurino e
melhor ator coadjuvante para Brad Pitt. No Globo de Ouro, ganhou de melhor ator
coadjuvante para Brad Pitt.
melhor ator coadjuvante para Brad Pitt. No Globo de Ouro, ganhou de melhor ator
coadjuvante para Brad Pitt.
Trailer:
Terry Gilliam é um diretor de produções
diferentes. Sempre extremamente imaginárias, suas produções ganham um rumo
maluco e exuberante. Filmes como As Aventuras do Barão Munchausen, Os
Irmãos Grimm ou O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus são provas disto. São filmes que utilizam grandes
efeitos especiais e uma estética perfeita, porém apresentam características
artísticas mais atípicas. São filmes cheios de metáforas e ilusões, podendo até
mesmo usar-se o termo “malucos”. 12 Macacos, de 1996; não é
diferente, embora seja mais complexo. Na verdade foi o trabalho de Gilliam que
mais gostei.
diferentes. Sempre extremamente imaginárias, suas produções ganham um rumo
maluco e exuberante. Filmes como As Aventuras do Barão Munchausen, Os
Irmãos Grimm ou O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus são provas disto. São filmes que utilizam grandes
efeitos especiais e uma estética perfeita, porém apresentam características
artísticas mais atípicas. São filmes cheios de metáforas e ilusões, podendo até
mesmo usar-se o termo “malucos”. 12 Macacos, de 1996; não é
diferente, embora seja mais complexo. Na verdade foi o trabalho de Gilliam que
mais gostei.
Esta ficção científica pós-apocalíptica é
realmente surreal. Após um vírus erradicar quase todos os humanos, deixando os
animais novamente ocupar a zona que antes era urbana (cenas de um leão ou urso
numa devastada cidade grande são ótimas); Bruce é enviado para o passado para
concertar tudo. Porém mudar o passado pode ser complicado, levando em conta
todos os paralelos e linhas atemporais que isso gera. Como já era de se
esperar, muita coisa dá errado. Willis vai parar em um hospício, onde conhece
Brad Pitt, que aparentemente é um desequilibrado maluco de carteirinha. Mas
nada é o que parece. Brad tem uma impressionante atuação, das que não se via
dele faz tempo. O diretor, mesmo que com poucos recursos, aprofunda o filme
numa crise psico-social incrível. Além de um humor negro eloquente, o diretor
consegue conversar com seu público, nos apresentando uma história que deveria
ser clichê, mas acaba fugindo de todos os padrões de ficção científicas que
você já viu. Não é um blockbuster carregado de ação e correria. É um filme que
tem como objeto divertir com um alto grau de inteligência e originalidade. Qual
o segredo por trás da organização 12 Macacos? Pode o passado ser mudado? E se
sua viagem no tempo estiver diretamente ligada aos acontecimentos já ocorridos?
Diante de certas situações, o mal vem para o bem. Afinal de contas, o ser
humano é o único animal que está destruindo a própria casa. Fica o alerta.
Filme incrível, cheio de ambiguidade e interpretações.
realmente surreal. Após um vírus erradicar quase todos os humanos, deixando os
animais novamente ocupar a zona que antes era urbana (cenas de um leão ou urso
numa devastada cidade grande são ótimas); Bruce é enviado para o passado para
concertar tudo. Porém mudar o passado pode ser complicado, levando em conta
todos os paralelos e linhas atemporais que isso gera. Como já era de se
esperar, muita coisa dá errado. Willis vai parar em um hospício, onde conhece
Brad Pitt, que aparentemente é um desequilibrado maluco de carteirinha. Mas
nada é o que parece. Brad tem uma impressionante atuação, das que não se via
dele faz tempo. O diretor, mesmo que com poucos recursos, aprofunda o filme
numa crise psico-social incrível. Além de um humor negro eloquente, o diretor
consegue conversar com seu público, nos apresentando uma história que deveria
ser clichê, mas acaba fugindo de todos os padrões de ficção científicas que
você já viu. Não é um blockbuster carregado de ação e correria. É um filme que
tem como objeto divertir com um alto grau de inteligência e originalidade. Qual
o segredo por trás da organização 12 Macacos? Pode o passado ser mudado? E se
sua viagem no tempo estiver diretamente ligada aos acontecimentos já ocorridos?
Diante de certas situações, o mal vem para o bem. Afinal de contas, o ser
humano é o único animal que está destruindo a própria casa. Fica o alerta.
Filme incrível, cheio de ambiguidade e interpretações.
Equilibrium
Direção: Kurt
Wimmer
Wimmer
Elenco: Christian
Bale, Emily Watson, Taye Diggs, Sean Bean, Angus
Macfadyen, William Fichtner, Sean Pertwee, Dominic Purcell.
Bale, Emily Watson, Taye Diggs, Sean Bean, Angus
Macfadyen, William Fichtner, Sean Pertwee, Dominic Purcell.
Sinopse: Nos primeiros anos do século XXI
aconteceu a 3ª Guerra Mundial. Aqueles que sobreviveram sabiam que a humanidade
jamais poderia sobreviver a uma 4ª guerra e que a natureza volátil dos humanos
não podia mais ser exposta. Então uma ramificação da lei foi criada, o Clero
Grammaton, cuja única tarefa é procurar e erradicar a real fonte de crueldade
entre os humanos: a capacidade de sentir, pois há a crença de que as emoções
foram culpadas pelos fracassos das sociedades do passado. Desta forma existe um
estado tolitário, a Libria, que é comandado pelo “Pai” (Sean
Pertwee), que só aparece através de telões. Foi decretado que os cidadãos devem
tomar diariamente Prozium, uma droga que nivela o nível emocional. As formas de
expressão criativa estão contra a lei, sendo que ao violar qualquer regulamento
a não-obediência é punida com a pena de morte. John Preston (Christian Bale) é
um Grammaton, um oficial da elite da lei, que caça e pune os
“ofensores”, além de ter poder para mandar destruir qualquer obra de
arte. Um dia, acidentalmente, Preston não toma o Prozia. Pela primeira vez ele
sente emoções e começa a fazer questionamentos sobre a ordem dominante.
aconteceu a 3ª Guerra Mundial. Aqueles que sobreviveram sabiam que a humanidade
jamais poderia sobreviver a uma 4ª guerra e que a natureza volátil dos humanos
não podia mais ser exposta. Então uma ramificação da lei foi criada, o Clero
Grammaton, cuja única tarefa é procurar e erradicar a real fonte de crueldade
entre os humanos: a capacidade de sentir, pois há a crença de que as emoções
foram culpadas pelos fracassos das sociedades do passado. Desta forma existe um
estado tolitário, a Libria, que é comandado pelo “Pai” (Sean
Pertwee), que só aparece através de telões. Foi decretado que os cidadãos devem
tomar diariamente Prozium, uma droga que nivela o nível emocional. As formas de
expressão criativa estão contra a lei, sendo que ao violar qualquer regulamento
a não-obediência é punida com a pena de morte. John Preston (Christian Bale) é
um Grammaton, um oficial da elite da lei, que caça e pune os
“ofensores”, além de ter poder para mandar destruir qualquer obra de
arte. Um dia, acidentalmente, Preston não toma o Prozia. Pela primeira vez ele
sente emoções e começa a fazer questionamentos sobre a ordem dominante.
Trailer:
O diretor Kurt Wimmer nunca foi muito
famoso. Antes deste filme eu só havia visto Ultravioleta, que é um mediano
filme de ação. Mas sempre ouvia falar deste. Na época de seu lançamento em
2002, foi um fracasso. Isto se deve principalmente porque Matrix estava com
tudo. E são filmes com uma temática parecida. Foi encarado como imitação barata
e fracassou. Porém, com o tempo o filme tem ganhado certo reconhecimento. E
merece! Sempre gostei de filmes que exploram filosofia, religião e ficção
científica ao mesmo tempo em que lançam uma crítica política-social.
famoso. Antes deste filme eu só havia visto Ultravioleta, que é um mediano
filme de ação. Mas sempre ouvia falar deste. Na época de seu lançamento em
2002, foi um fracasso. Isto se deve principalmente porque Matrix estava com
tudo. E são filmes com uma temática parecida. Foi encarado como imitação barata
e fracassou. Porém, com o tempo o filme tem ganhado certo reconhecimento. E
merece! Sempre gostei de filmes que exploram filosofia, religião e ficção
científica ao mesmo tempo em que lançam uma crítica política-social.
Falando primeiramente dos pontos negativos,
Equilibrium carece de melhores efeitos especiais. E a direção também não
favorece muito. Algumas cenas são mal executadas e nos dá a impressão de
“amadorismo”. Mas são poucas. Também não gostei muito de algumas
atuações, como a do Taye Diggs e a do Angus Macfadyen (que já foi um
grande ator nos anos 90, veja Coração Valente!). Foram atuações bem forçadas.
Equilibrium carece de melhores efeitos especiais. E a direção também não
favorece muito. Algumas cenas são mal executadas e nos dá a impressão de
“amadorismo”. Mas são poucas. Também não gostei muito de algumas
atuações, como a do Taye Diggs e a do Angus Macfadyen (que já foi um
grande ator nos anos 90, veja Coração Valente!). Foram atuações bem forçadas.
Porém, há uma coisa que salva o filme, e muito :
o enredo. Enquanto Matrix trazia os melhores efeitos especiais de todos os
tempos e cenas de ação extremamente mirabolantes, toda a mitologia criada ia
sendo esquecida. Não que eu não goste de Matrix, pelo contrário, amo! Mas
Equilibrium criticou e se aprofundou mais intensamente na temática, deixando as
cenas de ação em segundo plano, principalmente para o final. No futuro do
filme, a política e a religião tornaram-se únicas após a terceira guerra
mundial. E o plano para impedir a quarta é brutal: acabar com todo vestígio de
sentimentos! Isso mesmo que você leu. Amor, ódio, saudade; nada mais existe.
Qualquer vestígio do passado é eliminado. Isso inclui obras de arte, músicas,
animais de estimação e até pessoas que começam a desenvolver sentimentos.
Questões morais e sobre o que é certo e errado começam a vir à mente do herói
(Christian Bale em uma boa atuação). A filosofia de que pessoas são sentimentos
e que não tem como fugir disto incomoda o governo e toda forma de poder
autoritário (qualquer semelhança com igrejas e ditaduras não são meras
coincidências). No fim, resta lutar pelo maior bem de todos: humanidade, em
todos seus aspectos. Neste sentido o filme me surpreendeu.
o enredo. Enquanto Matrix trazia os melhores efeitos especiais de todos os
tempos e cenas de ação extremamente mirabolantes, toda a mitologia criada ia
sendo esquecida. Não que eu não goste de Matrix, pelo contrário, amo! Mas
Equilibrium criticou e se aprofundou mais intensamente na temática, deixando as
cenas de ação em segundo plano, principalmente para o final. No futuro do
filme, a política e a religião tornaram-se únicas após a terceira guerra
mundial. E o plano para impedir a quarta é brutal: acabar com todo vestígio de
sentimentos! Isso mesmo que você leu. Amor, ódio, saudade; nada mais existe.
Qualquer vestígio do passado é eliminado. Isso inclui obras de arte, músicas,
animais de estimação e até pessoas que começam a desenvolver sentimentos.
Questões morais e sobre o que é certo e errado começam a vir à mente do herói
(Christian Bale em uma boa atuação). A filosofia de que pessoas são sentimentos
e que não tem como fugir disto incomoda o governo e toda forma de poder
autoritário (qualquer semelhança com igrejas e ditaduras não são meras
coincidências). No fim, resta lutar pelo maior bem de todos: humanidade, em
todos seus aspectos. Neste sentido o filme me surpreendeu.
Destaque para o olhar de Christian Bale na cena
em que ele tem de escolher se um cachorrinho deve ser morto ou não. Pura poesia
crítica.
em que ele tem de escolher se um cachorrinho deve ser morto ou não. Pura poesia
crítica.
A Máquina do Tempo (remake de 2002)
Direção: Simon Wells
Elenco: Guy Pearce,
Samantha Mumba, Mark Addy, Sienna Guillory, Phyllida
Law, Omero Mumba, Yancey Arias, Orlando Jones, Jeremy
Irons.
Samantha Mumba, Mark Addy, Sienna Guillory, Phyllida
Law, Omero Mumba, Yancey Arias, Orlando Jones, Jeremy
Irons.
Sinopse: Alexander Hartlegen (Guy Pearce) é
um cientista que acredita piamente que seja possível viajar no tempo. Após sua
namorada Emma (Sienna Guillory) ser assassinada, ele decide então passar da
teoria à prática e consegue construir uma máquina do tempo. Só que, ao
testá-la, Alexander viaja mais de 800 mil anos rumo ao futuro, onde encontra o
planeta Terra sendo dominado por duas raças distintas: os Morlock e os Eloi.
um cientista que acredita piamente que seja possível viajar no tempo. Após sua
namorada Emma (Sienna Guillory) ser assassinada, ele decide então passar da
teoria à prática e consegue construir uma máquina do tempo. Só que, ao
testá-la, Alexander viaja mais de 800 mil anos rumo ao futuro, onde encontra o
planeta Terra sendo dominado por duas raças distintas: os Morlock e os Eloi.
Baseado no romance homônimo
de H. G. Wells, de 1895; e no filme de 1960, com o mesmo nome,
de David Duncan.
de H. G. Wells, de 1895; e no filme de 1960, com o mesmo nome,
de David Duncan.
Trailer:
Este filme divide opiniões. Eu já havia visto ele
no tempo de lançamento em VHS (saudade destes tempos). Depois o revi na escola.
Nunca assisti o original (dizem que é ótimo). Este aqui não foi tão bem de
críticas, embora tenha feito sucesso devido à superprodução.
no tempo de lançamento em VHS (saudade destes tempos). Depois o revi na escola.
Nunca assisti o original (dizem que é ótimo). Este aqui não foi tão bem de
críticas, embora tenha feito sucesso devido à superprodução.
O roteiro é básico, típico filme de ficção e
aventura. Tem seus furos e acertos. Um furo é um holograma de uma biblioteca
aguentar 800 mil anos. Um acerto é toda parte final, mostrando novas
civilizações, e um terrível caos. Destaque também para a cena da destruição da
Lua. Diferente e “realista”. Se humanos resolvessem colonizar a Lua,
não iriam nós acabar com ela e tirar o equilíbrio da Terra? As atuações são
regulares, e Guy Pearce segura bem a onda de mocinho.
aventura. Tem seus furos e acertos. Um furo é um holograma de uma biblioteca
aguentar 800 mil anos. Um acerto é toda parte final, mostrando novas
civilizações, e um terrível caos. Destaque também para a cena da destruição da
Lua. Diferente e “realista”. Se humanos resolvessem colonizar a Lua,
não iriam nós acabar com ela e tirar o equilíbrio da Terra? As atuações são
regulares, e Guy Pearce segura bem a onda de mocinho.
Mas vou falar então do maior acerto da obra, o
motivo de você assistir. Os excelentes efeitos especiais e sonoros! Realmente
tudo é bem feitinho: figurino de época, mixagem de som, os efeitos na hora da
viagem no tempo, o designe da máquina, o perturbador mundo pós-apocalíptico, a
maquiagem das terríveis criaturas Morlock. O filme arrisca até numa
inspirada fotografia!
motivo de você assistir. Os excelentes efeitos especiais e sonoros! Realmente
tudo é bem feitinho: figurino de época, mixagem de som, os efeitos na hora da
viagem no tempo, o designe da máquina, o perturbador mundo pós-apocalíptico, a
maquiagem das terríveis criaturas Morlock. O filme arrisca até numa
inspirada fotografia!
Mesmo não sendo tudo que poderia ser (poderia ter
mais 30 minutos de duração e explorar mais elementos), este remake é
visualmente atraente. E o ponto que eu mais gostei, desde a primeira vez que
vi: a linda trilha sonora envolvendo a tribo Eloi. É uma trilha lírica
indígena de arrepiar, parecida com as dos NAVI em Avatar. Indico desligar seu
cérebro e assistir esta leve e deliciosa fantasia.
mais 30 minutos de duração e explorar mais elementos), este remake é
visualmente atraente. E o ponto que eu mais gostei, desde a primeira vez que
vi: a linda trilha sonora envolvendo a tribo Eloi. É uma trilha lírica
indígena de arrepiar, parecida com as dos NAVI em Avatar. Indico desligar seu
cérebro e assistir esta leve e deliciosa fantasia.
NOTA: 7,5
Assista completo no Youtube:
Confira a linda trilha sonora do filme:
Bela Sienna Guillory
|
Fotos de 12 Macacos:
Fotos de Equilibrium:
Fotos de A Máquina do Tempo: