Crítica: MAMA (2013)

  Sem dúvida 2013 promete ser o ano dos filmes de horror. Com empolgantes promessas como os remakes de Carrie e Evil Dead, o ano tem tudo para levar de volta aos cinemas os fãs dos gêneros que há muito sofriam com a falta de boas opções desses títulos no mercado.
  Eu tive o privilégio de conferir uma dessas promessas para gênero horror em 2013 essa semana. O filme em questão é Mama, produzido pelo super talentoso Guillermo Del Toro que há alguns anos nos presenteou com o incrível O Labirinto do Fauno. Mama chega aos cinemas brasileiros apenas em 5 dia abril, mas já fica aqui a dica para que marquem em suas agendas para que assim não se esqueçam, pois é um programa que vale à pena.
  Mama conta a estória de Annabel (interpretada pela nova sensação Jessica Chainstain, indicada esse ano ao Oscar por A Hora Mais Escura) e Lucas, que enfrentam o desafio de cuidar de suas duas pequenas sobrinhas que foram abandonas na floresta por cinco anos… Mas elas estavam mesmo sozinhas na floresta?
  O diretor estreante Andrés Muschietti se torna uma figura que merece atenção futura graças ao seu bom trabalho aqui. Não que ele proponha nenhum movimento de câmera inovador ou proponha algo muito extraordinário, mas nós temos a sensação enquanto assistimos ao filme de que tudo funciona graças a ele. Desde sua boa condução dos atores (todos estão ótimos, dos adultos até as duas pequenas protagonistas) até a forma como ele lida com os clichês do gênero, que estão aqui, mas estão em sua melhor versão.
  O filme tem tido uma imensa aprovação do público que já o tornou um sucesso de bilheteria. Tendo custado apenas $15 milhões (o que é sim um valor baixo para os padrões atuais), a produção já se aproxima dos $65 milhões arrecadados só nas bilheterias americanas. Mama possui toda a atmosfera bizarra e sustos eficientes pelos quais qualquer um possa esperar. Durante toda a sua duração fica essa leve impressão de que o filme carrega em si muito dos filmes de horror de origens orientais O Grito e O Chamado, mas acreditem, isso é só mais uma vantagem da obra. No entanto, o que realmente faz Mama ser digno de todo reconhecimento (o filme recebeu 63% de aprovação da crítica especializada de acordo com o site Rotten Tomatoes, quando praticamente todos os recentes exemplares de horror não chegaram nem na metade disso) é o fato de que além de ser assustador, o filme consegue ter uma boa estória e até momentos de real emoção. Mas claro que nem tudo são flores. E aqui fica o registro daquele que considerei o único ponto negativo da produção (por tudo o que li parece que é o que toda a crítica considera também): os efeitos especiais. Eles não são nada eficazes e é triste constatar que a grande vilã da estória (a tal “mamãe” do título) não chega a ser tão assustadora quando finalmente aparece quanto poderia ser, por conta dos efeitos que deixam a desejar. Enfim, se você é um daqueles que gosta de bons sustos na tela e até da raridade que é encontrar um filme de horror com uma estória com bons toques de emoção e atuações de primeira, não deixe de conferir Mama nos cinemas no comecinho de abril.
NOTA: 8

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