CLÁSSICOS EM CENA: TWISTER E O CLÃ DAS ADAGAS VOADORAS



Twister

Enredo: no Oklahoma, uma tempestade que não acontece há décadas está se prenunciando e dois grupos de cientistas rivais planejam entrar para a história colocando sensores no tornado, para que estas informações possam ir até um computador e, assim, seja possível prever sua chegada com maior antecendência. Mas para colocar os sensores é necessário ficar o mais próximo possível do tornado e torcer para que os sensores sejam sugados pela tempestade. Em uma das equipes está uma jovem (Helen Hunt) obcecada por tal idéia, pois em 1969 ela viu o pai ser sugado por uma tempestade, e atualmente ela planeja conseguir seu intento ou morrer tentando.

Elenco: Helen Hunt, Bill Paxton, Cary Elwes, Jami Gertz, Philip Seymour Hoffman, Lois Smith, Alan Ruck, Sean Whalen, Scott Thomson, Todd Field, Joey Slotnick.

Curiosidades:
*Twister recebeu duas indicações ao Oscar, em sua 69º Edição, no ano de 1997. Foi indicado nas categorias de Melhor Som e de Melhores Efeitos Visuais.
* Foi o primeiro filme lançado em DVD lá nos Estados Unidos, pois foi um teste para o Surround Sound 2.1.

Trailer, para assistir dê pausa no tema de Star Wars ao lado:


Esse é clássico de 1996. Foi a época da invenção dos grandes efeitos especiais que deixava todo mundo de boca aberta. Era uma época mágica onde ficávamos maravilhados com o rumo que o cinema estava tomando. Esse Twister hoje em dia é figurinha carimbada da sessão da tarde ou sessão de sábado. Uma pena porque aí o pessoal que assiste enjoa. Na época o DVD estava em fase de teste e por isso este filme foi o primeiro a ser lançado com essa nova tecnologia. Interessante é o fato de que se Twister fosse lançado hoje seria um fracasso. Porque?

Bem, digamos que seu roteiro é extremamente bobo. É daqueles filmes que se você perceber não tem pé nem cabeça. Tá certo que existem especialistas que estudam os tornados e furacões. Mas quem em sã consciência sairia perseguindo tornados e colocando a vida em risco desse jeito para estudá-los? Twister é daqueles filmes péssimos, mas que por ter sido feito numa época gloriosa no cinema e ter sido feito com uma leveza e capricho raros hoje em dia; torna-se um clássico bobo mas amado. A cena da vaca voando é hilária e clássica!



Com exceção do roteiro que cria situações impossíveis, direi o porque do filme valer a pena. Primeiramente o elenco é bom. Os queridinhos da época Helen Hunt (da série Friends e filmes como O Beijo da Morte, vencedora do Oscar de melhor atriz pelo filme  Melhor É Impossível) e Bill Paxton (Aliens 2 e Titanic) têm química e apresentam diálogos ágeis. A participação do excelente Philip Seymour Hoffman (vencedor do Oscar de melhor ator pelo filme Capote) é hilária e de qualidade. 

Atriz Helen Hunt

Outro fato foi justamente os excelentes efeitos especiais e sonoros para a época. Eu diria que de 1994 até 2002 foram anos de revolução nessa área. Os primeiros e melhores filmes com grandes efeitos especiais surgiram nessa época. Duvida? Nesse período saíram Stargate, Independence Day, Godzilla, Armageddon, Titanic, Jurassic Park, MIB Homens de Preto, Impacto Profundo, Homem Aranha e X-Men. Uma época memorável onde a cada novo filme tínhamos inovações tecnológicas. E na vida real também, pois lá naquela época o DVD, os celulares, o computador e a internet estavam se popularizando. 

Outro fator de importância é que Twister é um filme da Amblin Entertainment, uma empresa do próprio Steven Spielberg responsáveis por clássicos divertidíssimos como ET, Gremlins e os Goonies. Só o logotipo dessa marca já afirmava uma produção de fantasia que valeria a pena. Twister nasceu na época certa e deu muito certo. Um filmão com cenas de tirar o fôlego. Vale sim uma olhada.

NOTA: 8



O Clã das Adagas Voadoras

O diretor Zhang Yimou é um dos mais conceituados diretores chineses. Eu tinha racismo com esse estilo de filme até assistir O Tigre e o Dragão, uma produção bela e impecável. Então vi e reparei que O Clã das Adagas Voadoras é tão belo quanto o outro.



           Trailer, para assistir dê pausa no tema de Star Wars ao lado:



Enredo: No ano de 859 a China passa por terríveis conflitos. A dinastia Tang, antes próspera, está decadente. Corrupto, o governo é incapaz de lutar contra os grupos rebeldes que se insurgem. O mais poderoso e prestigiado deles é o Clã dos Punhais Voadores. Leo (Andy Lau) e Jin (Takeshi Kaneshiro), dois soldados do exército oficial, recebem a missão de capturar o misterioso líder dos Punhais Voadores e para tanto elaboram um plano que consiste em envolver Jin no disfarce de um combatente solitário, para conquista da confiança da bela revolucionária cega Mei (Zhang Ziyi) e, assim, conseguindo infiltrar-se no grupo. No entanto a dupla não contava com a paixão que Mei despertaria nos dois.

Curiosidades: 
*Este foi o terceiro filme em que o diretor Zhang Yimou e a atriz Zhang Ziyi trabalham juntos. Os anteriores foram O Caminho para Casa (1999) e Herói (2002).
*A atriz Anita Mui teria a sua participação especial no final de O clã das Adagas Voadoras, contudo com o seu falecimento antes de rodar esta cena, e em respeito à atriz, o diretor Zhang Yimou decidiu reescrever o roteiro de forma a retirar sua personagem, ao invés de substituí-la por outra atriz. Além disto Yimou manteve Anita Mui nos créditos do filme. Zhang Yimou convidou a cantora de ópera Kathleen Battle para cantar a música – tema do filme.
*Indicado ao Oscar de Melhor Fotografia.
Ainda existe o fato que eu acho as atuações dos povos orientais um tanto caricatas, isso às vezes me incomoda ao ver um filme deles. Mas aqui até que eu gostei desse aspecto. O elenco se sai bem sim. Tirando esse detalhe eu diria que este filme tem um aspecto visual arrebatador. Não é um filme, é uma obra de arte! O diretor usa as belíssimas paisagens, o uso de cores como o verde e o amarelo, câmeras lentas e coreografias de lutas que mais parecem danças; tudo para casar perfeitamente com o triângulo amoroso e criar um dos maiores espetáculos chineses que já assisti.


O oriente ainda tem muito a ensinar ao ocidente. As cenas são belíssimas dando o tom certo a essa história simples; porém linda e honrosa. Memorável é a cena onde há um balé em volta de bambus. Algo tão simples como bambus são utilizados para fazer um verdadeiro balé cinematográfico.
O roteiro nos dá várias reviravoltas durante o filme, dignas de filme de suspense americano. Tudo feito de maneira a brincar com o telespectador e encantar ao mesmo tempo. Aqui até que não há muita ação, pois trata-se de um filme melancólico e bem dramático. O romance proibido é emocionante e ao mesmo tempo visceral. Mas nas cenas de ação também se garante, sendo visualmente impactante.

Zhang Ziyi

Prepare-se para ficar sem fôlego e sem piscar os olhos por duas horas! O Clã das Adagas Voadoras é uma das maiores obras do oriente até agora. Um filme obrigatória para os cinéfilos. Lindo e dinâmico, mostrando que os americanos tem muito o que aprender com a dinastia chinesa. Tratando-se de arte, mistério e beleza; todos temos muito o que aprender com o oriente.

NOTA: 9

Bônus: Música e letra de Lovers, de Kathleen Battle.






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