Gavião Arqueiro – Fim de ano no MCU! (Análise dos Episódios 1 e 2)

É tempo de festas natalinas, de comprar e receber presentes, de decorar a árvore e nossa casa e até mesmo combater o crime?! O Marvel Studios retorna de seu breve recesso após o final da sua série animada com WHAT IF…? e retoma a sua expansão de personagens e nos desdobramentos do MCU, continuando os acontecimentos de Vingadores: Ultimato e ainda mostrando o que veremos de mudanças significativas dos nossos personagens que gostamos tanto.

A quinta e última série do Marvel Studios de 2021 é dedicada ao membro pouco explorado dos Vingadores, Clint Barton, também conhecido como Gavião Arqueiro, porém mais do que isso, sua série está apostando em clima de final de ano focando num clima natalino misturado com ação e com personagens sem poderes, e assim vemos não apenas mais do seu personagem, mas também a introdução de uma nova heroína que promete ser uma grande personagem na nova fase do MCU!

Continuamos a nossa cobertura anual das séries da Marvel Studios, com intenção de complementar ainda mais a sua experiência, trazendo referências tanto dos quadrinhos, mas também das outras produções do estúdio levantando teorias e expectativas do que podemos esperar no final da temporada ou até mesmo em produções futuras do MCU, seja para cinema ou para o streaming da Disney.

Agora acomode-se, por vamos debater os acontecimentos dessa semana de Gavião Arqueiro!

Atenção: spoilers dos episódios dessa semana!

No panorama que nos encontramos nesse primeiro ano em que fomos apresentados às primeiras séries do Marvel Studios, vimos um pouco de tudo que poderíamos esperar da expansão de diversos acontecimentos pós-Ultimato, desde aproximação do lado místico (WandaVision), thrillers de ação sobre passagem de manto (Falcão e o Soldado Invernal) e até épicos sobre multiverso e viagens temporais (LOKI e WHAT IF…?). Contudo, a série Gavião Arqueiro aposta em uma trama urbana e misturando com o que é tão pertinente em muitas atrações de final de ano em streamings: obras audiovisuais envolvendo as festas de final de ano, em particular o feriado de Natal, o que deixa de ser algo para se diferenciar em meio de tantas séries de quadrinhos que temos visto recentemente.

Porém, o que realmente se mostrava de grande ansiedade para os fãs do MCU era a introdução da nova heroína nesse universo, sendo no caso a Kate Bishop, atual detentora de manto do Gavião Arqueiro nos quadrinhos atuais. Criada pelo escritor Allen Heinberg e a desenhista Jim Cheung, ela é uma personagem querida pelos fãs dos quadrinhos pelo seu carisma e pela forte liderança no grupo dos Jovens Vingadores,. Ela ganhou mais profundidade com a sua relação com o Gavião Arqueiro original na elogiada fase do herói de 2012 e 2015 escrita pelo escritor Matt Fraction e desenhada pelo espanhol David Aja. E tudo que tem se mostrado nas campanhas de divulgações da série, essa fase é a principal inspiração para o seriado da Disney+.

Ela logo assume o protagonismo do seriado quando vemos sua origem sendo alinhada aos acontecimentos do MCU, no caso vemos um ponto muito crucial desse universo que foi a Batalha de Nova York do primeiro filme dos Vingadores, em que a Kate ainda criança testemunhou esse acontecimento emblemático para todo universo Marvel e podemos ver o nascimento da admiração que ela tem com o herói quando notamos ela sendo salva de um flutuador Chitauri pelo próprio Clint, revisitando a cena emblemática dele se jogando de um prédio e ainda assim atirando flechas.

Com apresentação dos protagonistas, já somos jogados no futuro, passando mais de 10 anos, retornando os acontecimentos do pós-Ultimato, ou no contexto do MCU, o pós-Blip (o estalo do Thanos) onde os habitantes da Terra tentam seguir com suas vidas após o evento cataclísmico de metade das pessoas desaparecerem e após retornarem, vemos Kate agora sendo interpretada pela atriz Hailee Steinfelfd, que anos atrás conquistou uma indicação ao Oscar aos 14 anos com o seu papel na nova versão de Bravura Indômita e agora está voltando à ativa nas produções audiovisuais após passar vários anos despontando na carreira de cantora pop, estrelando filmes como o spin-off de Transformers, Bumblebee, a série da Apple TV+, Dickinson, além de integrar no elenco de vozes do recente fenômeno da Netflix, Arcane.

Ela faz a sua presença de rebelde e dedicada ao romper a imagem de ser uma jovem que não se contenta com o luxo do berço de ouro que ela nasceu e já é expulsa da faculdade por destruir a torre do relógio da universidade, atirando uma flecha direto de um prédio chamado Torre Stane, fazendo uma referência a um antigo personagem do primeiro filme do Marvel Studios, o vilão de Homem de Ferro, Obadiah Stane.

Paralelo ao protagonismo da Kate, o Clint Barton, vemos ele finalmente seguindo a vida após os acontecimentos do Vingadores: Ultimato desejando ficar mais tempo com a família e querendo comemorar o Natal, e isso o seriado busca contextualizar, que o personagem está sentindo e pensando após lutar numa batalha tão monumental, quando ele vê a peça musical da Broadway do Capitão América, isso já demonstra bastante o diferencial da personalidade do Clint perante aos outros vingadores. Por ser o menos celebrado dos principais, ele já demonstra muito do porque essa vida de culto ao herói nunca foi o que ele queria, sendo que ele pensava mais em querer ficar com os filhos, em contrapartida de ser o vingador mais acessível, diferente de grandes figuras como o Tony Stark que era uma celebridade, o Steve Rogers que era um símbolo venerado (ainda mais agora depois do seu “desaparecimento”), o Thor que é um deus, ou os que estão mais na sua como o Bruce Banner e a Natasha Romanoff, o Clint vem sendo constantemente referenciado e notado por todas as pessoas que ele cruza em Nova York.

Fora que para ele o musical soa-lhe até uma certa banalização de tanto que eles passaram por dificuldades nessas batalhas e ver isso sendo encenado com música e dança é algo que soa muito ridículo por parte dele, ainda mais quando vê a atriz que interpreta a Natasha, que foi sempre  a melhor amiga dele desde o caso em Budapeste e ele viu ela se sacrificar para ter a Joia da Alma. É algo que ele não suporta e chega a querer sair do meio do musical e ir ao banheiro, onde ele se depara com a pichação dizendo “Thanos estava certo”, algo que pode fazer uma referência aos Apátrias, o movimento extremista apresentado em Falcão e o Soldado Invernal que defendiam que a ideia que o mundo durante o blip foi o melhor para humanidade por haver mais união entre as nações durante a crise global.

Voltando a Kate, que agora retorna para casa onde reencontra a mãe, Eleanor Bishop, interpretada pela conhecida atriz da saga Invocação do Mal, Vera Farmiga e que aparentemente está noiva de um homem misterioso chamado Jack Duquense, interpretado por Tony Dalton, personagem que, aliás vem dos quadrinhos, que pode ser referenciado ao Jacques Duquense, o Espadachim, um personagem que aparecia regularmente nas histórias dos Vingadores onde começou como um vilão, mas depois de um tempo se redimiu e se tornou um herói e até um mentor para o Gavião Arqueiro.

Ele já desperta a desconfiança de Kate tanto naquele momento, uma desconfiança acima do normal de jovem que não consegue ver a mãe com outro homem, mas mais para frente as suspeitas ainda crescem quando vemos Jack participar de um leilão clandestino na festa beneficente de Eleanor, cujo local está se passando num edifício muito curioso para o universo Marvel, o Presidental Hotel, que já apareceu numa série da Marvel, mas não feita pelo Marvel Studios, e sim na série do Demolidor da Netflix, onde relembrando os acontecimentos esse foi o hotel onde o grande vilão do seriado, Wilson Fisk, o Rei do Crime ficou hospedado enquanto o FBI estava investigando os crimes que sua instituição praticava durante a reconstrução de Nova York depois da destruição na batalha do primeiro Vingadores.

Isso levanta muitos rumores e especulações de fãs de que a Marvel Studios está querendo reintegrar novamente os personagens e os atores da elogiada séria da Netflix para o MCU, coisa que não acontecia a anos, pois a produções da Marvel na Netflix eram constantemente ignoradas pelos filmes, muito por conta de desentendimentos do Kevin Feige com outros executivos que faziam as séries da editora para outras emissoras como a americana ABC e a própria Netflix. Sendo assim o grande sonho dos fãs com essa série é que veremos Vincent D’Onofrio aparecendo novamente como Wilson Fisk e, quem sabe em breve, o Charlie Cox voltando a interpretar o advogado Matt Murdock e o herói Demolidor (lembrando haver fortes rumores que ele pode aparecer no aguardado Homem-Aranha 3 que estreia nos cinemas em breve).

Retomando a trama do leilão a Kate já percebe que Jack possui negócios escusos, quando percebe que um dos itens a serem leiloados é a roupa e o sabre do Ronin, para quem não lembra foi a identidade que o Clint adotou quando ele perdeu a família inteira durante o blip, mas logo o leilão é atacado pelos vilões dessa série, a Gangue de Agasalho, sendo uma organização criminosa que também vem da fase desenhada por David Aja, e novamente importante ressaltar, eles são totalmente conectados ao Rei Do Crime. Isso alimenta pistas de que ele pode ser a grande figura misteriosa a ser construída nessa trama como foi em cada temporada das séries da Marvel, por exemplo, o real motivo da Wanda alterar a realidade na série dela, o misterioso Mercador do Poder no seriado do  Falcão e o real responsável sobre a TVA em LOKI.

E o seriado já logo constrói o seu mistério, pois essa gangue chega invadindo e mostra eles atrás de um dos relógios que pertencia ao complexo dos Vingadores, que muitos especulam ser o relógio de nanotecnologia que o Tony Stark usou para segurar o tiro do Soldado Invernal em Capitão América: Guerra Civil. Será que a Gangue de Agasalho está interessada na tecnologia dos heróis que nem foi o pessoal do Abutre do primeiro filme do Homem-Aranha do MCU? Vamos observar bastante.

O episódio se encaminha para o final quando a Kate usa o traje do Ronin para conseguir fugir e até mesmo ter atitude de heroína e combater os membros da gangue, mas ainda assim recebe uma pequena ajuda de um simpático cachorro caolho, mais uma adição vinda da fase do David Aja onde nessas histórias, o cãozinho que recebe o nome de Lucky, era o cachorro que o Gavião salvou da crueldade da gangue que maltratava o pobre animal, e que vira o seu companheiro leal.

Mas não bastando o suficiente, o próprio Clint resolve dar as caras ao enfrentar a gangue que encurrala a Kate, dando um gancho para o próximo episódio. Que é logo liberado com o seu primeiro episódio, a continuação da cena envolvendo as primeiras interações dos dois heróis, onde Kate finalmente conhece o grande herói de sua infância e Clint tenta de alguma forma limpar a confusão que está se interligando com o seu passado sombrio como Ronin. Isso já conseguiu captar ainda mais da boa química que Haille tem com o ator Jeremy Renner, sugerindo que ao longo da trama veremos a relação de mestre e aprendiz sendo desenvolvida ao longo dos episódio, e veremos a Kate se tornar uma heroína de verdade.

Apostando na química inicial de ambos, o episódio 2 se preocupa muito mais em começar uma contextualização do que estamos presenciando no início dessa série, onde Clint já demonstra preocupação do seu passado sombrio vir a tona e de Kate tentando se acertar em sua vida, sendo a que ela deseja ser uma vingadora como o seu ídolo, mesmo ela já perdendo o seu apartamento para a gangue e se esconder no apartamento de sua tia Moira Brandon, esse nome é curioso vindo dos quadrinhos, pois é de uma personagem que uma ex-atriz que cedeu a sua mansão para o grupo dos Vingadores da Costa Oeste, e dá entender que ela é também é atriz no MCU visto um dos pôsteres de um filme que ela estreou com o seu nome ao lado de um Luke Ballard, que não é um personagem de quadrinhos e sim de um artista de efeitos especiais que trabalha para o Marvel Studios.

A trama se divide em duas a partir que os nossos dois protagonistas seguem seu caminho, o Clint querendo a roupa do Ronin de volta depois que um bombeiro a pega para usar como fantasia num role-playing medieval, sendo que esse rapaz, o Grills, é parte das histórias do Gavião como um vizinho e grande amigo de Clint, o enredo é pequeno no decorrer do episódio, pois vemos que Grills estava disposto a devolver a roupa do Ronin se vencer o Gavião num duelo de RPG.

Já na parte de Kate, ela já começa a juntar as peças iniciais quando começa a investigar a correlação do namorado de sua mãe, Jack Duquense com leilão clandestino e ainda mais com o assassinato de Armand III, o personagem que apareceu discutindo com Eleanor e na cena seguinte está morto, aparentemente ele foi morto com uma espada, fazendo a referência ao Espadachim, a dúvida que cresce é se ele matou? Se ele agiu sozinho? Ou até mesmo a Eleanor está relacionada também? Já que nos quadrinhos, os pais de Kate possuíam uma conexão com crime organizado, principalmente o pai dela, que no MCU aparentemente não deve seguir assim, pois o pai foi apresentado como um bom homem, e questão é se a série irá transferir essa conexão com o crime para Eleanor ou ainda é muito cedo para julgar.

Mas Kate ainda confronta o padrasto num duelo de esgrima dando a sugestão que não será o único embate entre eles, se tornando um antagonista a ser construído nessa série e já eleva as suspeitas para o Gavião Arqueiro, que logo se entrega para Gangue de Agasalho para ver se consegue encerrar de vez a conexão com o passado de Ronin, o que dá errado, pois Kate não demonstra descansar e vai querer ajudar o seu ídolo e logo o segue, e termina presa com ele.

O episódio tem o seu encerramento introduzindo uma nova personagem que está causando um certo alvoroço nas últimas semanas, já que no Disney+ Day foi anunciado uma série própria dessa personagem que é a Eco, uma heroína muito conhecida não apenas nas histórias do Gavião, mas também do Demolidor! Teremos que ficar de olho nela nos próximos episódios!

Com isso encerramos o debate dos primeiros episódios da série Gavião Arqueiro, com uma aposta mais pequena na imensa variedade de produtos do Marvel Studios e ainda coloca a dúvida do que veremos mais a frente. Será que veremos Fisk retornando ao MCU? O que a Gangue de Agasalho quer de fato com artefatos dos Vingadores? Essas e outras perguntas teremos que esperar para debater nos próximos episódios que irá se estender até a semana do Natal! Fique ligado em nosso site para mais da nossa cobertura!

O que achou do início da série? Gostou da Kate Bishop? O que a Gangue de Agasalho planeja?

Escreva um comentário! Siga-nos em nossas redes sociais! E confira o nosso site para mais novidades!

Deixe uma resposta