Crítica: Radioactive (2019, de Marjane Satrapi)

Com certeza você já deve ter escutado o nome Marie Curie, se não, esse filme será de grande ajuda para conhecer essa mulher, que, assim como muitas, estava à frente do seu tempo. Marie Skłodowska. conhecida mundialmente por Marie Curie, foi a pioneira nos estudos sobre radioatividade, naquela época o elemento rádio ainda era desconhecido, e sua busca incessante pela ciência lhe trouxe méritos e infelicidade.

O filme conta o início de sua vida e como ela veio a descobrir o Rádio, que hoje é mundialmente usado em diversas tecnologias. Confira o que achamos a seguir.

Primeiramente, preciso começar pela belíssima atuação de Rosamund Pike (Garota Exemplar) que consegue dar vários tons à personagem como: estranheza, inteligência, carisma e até mesmo um certo grau de pena. Uma personagem tão complexa por diversos motivos e ainda assim, baseada em uma história real. O filme inclusive não parecia que ia empolgar, até vê-la em cena.

Claro que, como uma cinebiografia, ele foca em momentos notórios e marcantes, para contextualizar acontecimentos da época, bem como o que acontecia na vida de Marie. De uma inteligência invejável, sua vida foi difícil como cientista por ser mulher, até conhecer seu futuro marido, Pierre Curie (Sam Riley), que foi quem abriu as portas para que ela pudesse fazer seus tão sonhados experimentos. Com a parceria, veio então a grande descoberta de suas vidas, e com isso, fama e grande atenção da mídia em geral.

Ganhou o prêmio Nobel duas vezes, um marco na história, já que até então, nenhuma mulher havia tido a honra. Com as descobertas do rádio e do polônio, diversas formas errôneas de usar o minério foram usadas na época, como: maquiagem, pingentes, joias e afins. Logo as casualidades do uso corriqueiro e sem cuidado vieram a tona. Pessoas doentes, ligação com anemia severa e câncer. Mas nem tudo foi negativo, na Primeira Guerra Mundial, Marie desenvolveu aplicações médicas para sua descoberta, criando unidades móveis de raio-x no campo de batalha, para assim evitar que membros fossem amputados dos soldados sem necessidade.

Como mencionei antes, o filme foca nos principais acontecimentos da época, bem como a relação da descoberta de um modo geral. Infelizmente o filme não prende tanto aqueles que, talvez, não forem tão curiosos ou apaixonados pela história em si.

“A liberação da energia nuclear mudou tudo, exceto nossa forma de pensar, e é por isso que somos conduzidos a catástrofes sem igual.”

Albert Einstein

Disponível na Netflix.

Título Original: Radioactive

Direção: Marjane Satrapi

Duração: 115 minutos

Elenco: Rosamund Pike, Yvette Feuer, Sam Riley, Simon Russell, Sian Brooke, Drew Jacoby, Aneurin Barnard, Katherine Parkinson, Anya Taylor-Joy

Sinopse: Movida por uma mente brilhante e uma grande paixão, Marie Curie embarca em uma jornada científica com o marido, Pierre, para explicar elementos radioativos até então desconhecidos. Logo se torna evidente que seu trabalho pode levar salvar milhares de vidas se aplicado na medicina – ou destruir bilhões se for usado na guerra.

TRAILER:

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