WHAT IF…? – Quem matou os Vingadores? (Análise do Episódio 3)

Chegamos a mais uma nova história no multiverso do MCU! Em seu terceiro episódio da sua série animada WHAT IF…?, a Marvel Studios entrega mais uma história surpreendente, e deveras sombria, brincando com gêneros alternativos e ainda assim conseguindo trazer mais versões alternativas de certos personagens de seu universo. E continuamos a fazer a cobertura dos lançamentos do MCU esse ano, onde a cada episódio novo vamos analisando as novidades e surpresas e quem sabe ainda oferecer informações extras vindas do próprio MCU e dos quadrinhos. Nas semanas passadas debatemos a história da Capitã Carter e do T’Challa Senhor das Estrelas e agora debateremos os acontecimentos do episódio dessa semana.

Agora se acomode, pois debateremos os acontecimentos de WHAT IF…?

Atenção: spoilers do episódio da semana!

Após uma estreia morna em seu episódio inicial, a série WHAT IF…? continua entregando gratas surpresas aos espectadores e apostando novas formas de contar histórias no MCU, e a mais intrigante até então foi o que vimos nessa semana, onde o Marvel Studios entregou uma clássica história de whodunit envolvendo o supergrupo Vingadores. Para quem não é familiarizado com esse termo, é um subgênero de histórias policias onde vemos um crime, que pode ser um assassinato (o mais comum) ou um roubo e acompanhamos um detetive investigando todas as pistas até encontrar o verdadeiro culpado. Esse gênero foi imortalizado na literatura graças a rainha do suspense Agatha Christie em seus inúmeros romances estrelados pelo seu famoso personagem, o detetive Hercule Poirot.

Esse gênero é muito forte pela tensão que histórias desse tipo evocam, pela dose abundante de suspense e reviravoltas que ocorrem, então foi muito bem interessante vermos essa categoria de história acontecendo com a primeira grande base de ligação de todo o MCU que foi a formação dos Vingadores. Além disso, vemos um pouco mais desse gênero ser referenciado no próprio episódio, pois a progressão ocorre durante uma semana, que faz uma forte menção ao clássico suspense policial de David Fisher, Seven: Os Sete Crimes Capitais, o que não é esquecido com o passar do episódio, mas vamos fala mais para frente.

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Nela podemos ver o protagonismo em Nick Fury tendo a missão de recrutar os futuros salvadores do universo Marvel, e com isso fomos recapitulados aos primeiros filmes dessa franquia, que foram bem centrados na fase 1 desse universo, onde somo imediatamente jogados aos acontecimentos das origens desses heróis, como vemos isso logo na cena inicial com a recriação de Homem de Ferro 2, onde Tony Stark estava convivendo com o mundo sabendo que ele é Homem de Ferro e, em simultâneo, batalhando contra o envenenamento do paladium em seu coração. Até então as cenas que ocorrem são iguais ao que vemos no filme de 2010, com Fury e a Viúva Negra tentado convencer Stark a colaborar com a SHIELD, porém a grande surpresa é que vemos o primeiro grande herói do MCU sendo morto na nossa frente, chocando todos nós. Isso resulta num grande mistério que intriga tanto Fury quanto a Viúva, que logo toma a culpa pelo assassinato de Tony. É deveras injusto, mas sabemos mais à frente no andar do MCU que a SHIELD não era de toda inocente como imaginávamos, já que em Capitão América 2, descobrimos que a HYDRA estava infiltrada na SHIELD. O que mais ilustra esse clima de conspiração é quando vemos o retorno de Brock Rumlow, o vilão Ossos Cruzados de volta e que acaba escoltando a espiã.

Falando ainda do segundo filme do Capitão, a cena da Viúva Negra lembra remotamente a famosa cena da luta do elevador do filme citado, onde a espiã consegue lutar contra todos no caminhão, que por mais que seja pequena, é uma referência bem-vinda de uma produção que foi muito importante para o Marvel Studios. Retomando a trama de mistério desse serial killer no MCU, já fomos retomados a mais um filme da fase 1 do MCU, onde voltamos ao cenário do Novo México, palco do primeiro filme do deus do trovão Thor, onde vemos outra recriação de mais uma cena importante, onde Thor, após ser banido de Asgard e perder todo o seu poder, é obrigado a aprender a sua humildade. A diferença é que agora o Fury está na operação com outros agentes, como Clint Barton, o Gavião Arqueiro e o retorno de um personagem muito querido da fase 1, o Agente Phill Coulson, sumido no MCU desde sua morte em Os Vingadores, e que teve uma participação no filme da Capitã Marvel e chegou até a ganhar a sua própria série de TV, Agents of SHIELD, fazendo as divertidas aparições com as suas piadas de agente fanboy de heróis.

Como relembramos no momento do filme de 2011, onde o Thor tenta empunhar o martelo, enquanto o Gavião está mirando para acertar o deus nórdico, a diferença é que dessa vez ele acaba acertando e o Thor acaba morrendo. O Fury continua querendo entender a razão do Clint ter atirado, mas não obtêm repostas, principalmente quando o gavião é assassinado em sua cela, revelando mais uma morte dos Vingadores.

Pode-se dizer que o episódio ainda consegue escalar mais participações de personagens antigos de filmes que podem até ser esquecidos hoje em dia devido ao longo tempo que se passou, e nem um deles ilustra mais isso quando chegamos aos cenários e personagens do filme de 2008, O Incrível Hulk, longa que é constantemente apagado no histórico do MCU devido a brigas internas do estúdio com o astro Edward Norton, que fez o personagem Bruce Banner nesta produção e depois foi substituído pelo Mark Ruffalo, mas ainda assim não impede de termos participações e referência desse filme. Como na própria história, onde a Natasha segue até a possível nova vítima do serial killer, que sabemos ser o doutor Banner e recebe apoio na investigação da cientista Betty Ross, personagem sumida no MCU desde esse filme, e segundo rumores fortes, ela pode retornar na futura série da Mulher-Hulk, prevista para o ano que vem.

A investigação procede ainda mais quando a Bety descobre que a morte de Stark não é nada biológica e sim foi de um fator externo e físico, em grande foco de nanotecnologia, o que já é uma forte pista de quem é o assassino, mas logo não sobra tempo para pensar muito. Como o episódio está relembrando os grandes acontecimentos da fase 1, vemos a invasão do general Ross a universidade de Betty, onde sabemos que o Hulk se rebelou e destruiu a armada inteira, mas como estamos no universo de múltiplas realidades e possibilidades alternativas, logo o tiro que o Bruce toma antes se transformar em um monstro, o leva mais a frente à cena repugnante e bizarra do Hulk se explodindo, o que sabemos que não funcionaria em uma cena live-action e sim numa animação.

Até então o episódio era mais centrado na investigação do serial killer, mas a situação piora quando a armada de Asgard invade à Terra liderada pelo nosso conhecido vilão Loki, que nesse universo, assume de vez o trono asgardiano e utiliza a seu critério seu exército, que aparece dizendo que ele quer vingança pela morte do Thor. Essa cena não é apenas expansível às novas possibilidades nessa realidade onde os Vingadores não existem, mas também rende uma boa referência quando o Nick Fury pergunta ao Loki “What is In the box?” (O que há na caixa?) quando avista a caixa de gelo de Jothunhein, relembrando a famosa frase final do filme Seven.

Restando apenas a Viúva Negra como uma dos Vingadores sobreviventes ao serial killer, ela consegue até mesmo descobrir uma pista valiosa ao chegar nos arquivos secretos da Inciativa Vingadores, ela logo é atacada por alguém invisível que antes de ser espancada até a morte, consegue mandar uma mensagem para o Fury dizendo “a filha é a chave”, essa afirmação é algo que não funciona na tradução literal, pois no original ela diz que “Hope is the key”, traduzindo como “a esperança é a chave”, mas é o suficiente para soltar a peça que o Fury achava necessário para achar o assassino dos heróis. Até que o momento climático em que o diretor da SHIELD se vê diante de uma lápide de Hope Van Dyne, que nós sabemos se trata da Vespa do MCU, e logo descobrimos que o serial killer é Hank Pyn!

É importante ressaltar que a regra que o nosso apresentador o Vigia diz que para algo acontecer numa realidade alternativa é necessário acontecer uma pequena alteração que consegue mudar quase todo o universo, é o que vimos nos episódios anteriores, então no episódio dessa semana descobrimos que elemento que desfigurou esse universo vem do fato que a Hope foi uma das primeiras agentes da iniciativa Vingadores, que realizou uma missão em Odessa, fato que aconteceu mesmo no MCU como conhecemos, já que a Viúva Negra revelou essa missão em Capitão América 2, sendo que ela foi alvejada violentamente na barriga pelo Soldado Invernal, mas nessa realidade do episódio vemos que quem fez essa operação foi a Hope, e em vez de levar um tiro acabou morrendo, é daí que nasce a motivação de Hank Pyn para caçar os Vingadores e a SHIELD. Logo vemos a sua versão alternativa com a armadura do Jaqueta Amarela, porém com o capacete do Homem-Formiga.

Porém, Pyn consegue ser derrotado graças a uma aliança improvável de Fury com o Loki, utilizando os poderes de ilusão do deus da mentira, Fury consegue enfim prender o vilão, até aí poderia ser um bom final, mas sabemos que o Loki não apenas deseja pouca coisa quando surge uma possibilidade, dizendo que irá ficar na Terra como aliado. Sabemos logo o que acontece quando os Vingadores não existem nesse universo. Loki domina o planeta inteiro sem necessidade da invasão de Nova York. Mais uma vez o WHAT IF…? entrega o final de uma história com clima de fim do mundo e destruição, mas ainda sobra espaço para esperança, pois no final descobrimos que nem todos os heróis foram limados por Hank, pois o Capitão América está congelado e pode ser um forte aliado contra o Loki e com reforço de ninguém menos que a Capitã Marvel, já que Fury sempre esteve em contato com a heroína graças ao pager dela. E assim acaba o episódio.

Assim encerramos a nossa análise semanal da série WHAT IF…?, entregando o seu episódio mais surpreendente até então, com toques mais sombrios e brincando com gêneros diferentes, mostrando que com mais ideias dessa versão alternativa do MCU é uma oportunidade de histórias ainda mais surpreendentes. Iremos aguardar ansiosamente nas próximas semanas!

WHAT IF…? é uma produção Marvel Studios e exclusiva do streaming Disney+.

O que achou da nossa análise? Gostou da história da semana? Qual história do WHAT IF…? você que mais ver nessa temporada?

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