Crítica: Viúva Negra (2021, de Cat Shortland)

Natasha Romanoff vulgo Viúva Negra, personagem de Scarlett Johansson no MCU, possui uma trajetória não comum, por assim dizer, nos filmes lançados no Marvel Studios. Desde sua estreia em 2010 na continuação de Homem de Ferro, sua popularidade cresceu a partir de Os Vingadores até que um grande fandom exigiu que ela ganhasse o seu espaço para brilhar em um filme solo próprio. Porém, empecilhos ocorreram em 10 anos como o grande planejamento para o grande confronto com Thanos e mudanças radicais na hierarquia de comando dos filmes da casa das ideias para que ela finalmente ganhasse a sua fama de brilhar em uma história própria. Porém, a pergunta que se permanece é: o que esperar de novo de uma personagem que recentemente morreu em Vingadores: Ultimato?

É justamente o novo longa dirigido por Cat Shortland, o primeiro lançamento da fase 4 do MCU lançado para o cinema (com um lançamento também direcionado ao Disney+ com um pagamento adicional por conta da Pandemia) busca responder em suas duas horas e 13 minutos de execução.

Se passando após os eventos de Capitão América: Guerra Civil, Natasha agora é uma fugitiva por apoiar Steve Rogers contra o Tratado de Sokovia, porém quando uma figura de seu passado nebuloso reaparece dizendo que algo perigoso de sua origem ainda existe, ela decide se aliar a antigas forças de sua “família” para finalmente encerrar assuntos pendentes.

Ao que se espera de uma personagem onde sempre foi desejado uma história de origem, o filme opta em focar em uma aventura solo pré Guerra Infinita, mas que ainda assim responde perguntas e preenche lacunas que muitos fãs sempre quiseram entender de Natasha, entre eles, o grande acontecimento em Budapeste, pertinente desde o primeiro filme dos Vingadores. Paralelo a isso possuímos um entretenimento de qualidade do que se espera de uma produção da Marvel.

Ótimas cenas de lutas, novamente inspiradas no clima de Capitão América 2: O Soldado Invernal, e que a cineasta consegue impregnar a sua assinatura de construção da personagem de Scarlett e ainda manter uma identidade mais séria e pé no chão, relembrando filmes de espionagem e conspiração como Missão Impossível ou a Trilogia de Jason Bourne, algo que se fragmenta no terceiro ato com a alta escalada de efeitos especiais e espetáculo visual, que os mais exigentes podem reclamar, mas é um erro comum que os filmes da Marvel costumam apresentar, especialmente os mais realistas.

A diversão também está garantida, pois, seu personagens coadjuvante já garantem as suas presenças no MCU, como a personagem Yelena Belova interpretado pela atriz Florence Pugh, cotada fortemente para ser a sucessora de Nathasha, Yelena se prova uma personagem que garante a sua presença e carisma pelo tipo diferente de Viúva Negra, mais impulsiva e passional, além de ter um fala mais rápida e certeira, lembrando uma adolescente, mas com a força física e presença que a Scarlett tem em sua personalidade. O mesmo pode se dizer de Alexei, o Guardião Vermelho, interpretado por David Harbor, fazendo uma versão soviética e cômica do Capitão América, que domina as cenas mais engraçadas do filme, deixa com mais vontade de ver esse personagem em produções futuras.

Quando foi dito da temática envolvendo o filme, é o que garante a presença da assinatura de Shortland na direção, o roteiro consegue abrir espaço para criar um peso na figura da Natasha com temas pesados de exploração psicológicas e abusivas que no olhar feminino faz mais sentido. Isso tudo é para dizer a respeito do vilão, que não revelaremos por conta de spoilers, caracteriza mais a presença não vista dessa temática, a contrapartida do vilão caraterizado no antagonista Treinador, cuja revelação pode não ser satisfatória, mas faz sentido com o que é apresentado e ainda rende a melhores cenas de ação do filme.

Voltado ao que se falou no início do texto, Viúva Negra ainda se garante com um bom começo da fase 4 no MCU no cinema, pela variedade de tema, garantido uma boa diversão das produções da Marvel. Porem sua história situada num período anterior e conecta a eventos que já vimos acontecer anos atrás em filmes anteriores o fazem ele muito destoar do andar do progresso da expansão do Marvel pós Thanos, tirando a empolgante cena pós-credito, que já garante fortes interações num futuro próximo, o filme soa muito fora de hora após tanta espera para uma personagem que possuiu muita expectativa vindo dos fãs da Marvel, que podem levar a questionar as novidades de personagens que prometem ser uma nova leva de novidades que veremos daqui para frente nos novos lançamentos da casa das ideias.

Titulo Original: Black Widow

Direção: Cat Shortland

Duração: 2 horas e 13 minutos

Elenco: Scarlett Johansson, Florence Pugh, David Harbour, Rachel Weitz, Ray Winstone, O-T Fagbenle, Ever Anderson, Violet McGraw e William Hurt.

Sinopse: Natasha Romanoff se torna uma fugitiva após apoiar Steve Rogers contra o Tratado de Sokovia, porém quando uma figura de seu passado ressurge, ela precisa encerrar assuntos pendentes de sua origem.

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