A Equipe Comenta: Falcão e o Soldado Invernal (2021, de Kari Skogland)

 



Ettore:

A série é alinhada com temas atuais e aposta ainda mais no aprofundamento de seus coadjuvantes, cujo carisma dos atores em cenas exige força mais dramática e também momentos cômicos. Falcão e o Soldado Invernal é mais uma produção diferenciada que utiliza cenas grandiosas de ação para os padrões televisivos e um roteiro mais polido para transmitir a redefinição do legado e mudança de atitudes no mundo atual. Apostando muito mais em um clima de passagem de bastão do que apenas plantar terreno para futuros personagens para futuras produções, é mais uma prova de que os seriados do Marvel Studios estão arriscando em terrenos muito mais abrangentes e desafiadores, aumentando mais as expectativas para os próximos lançamentos no streaming da Disney+.

Crítica completa do Ettore aqui!

Nota: 9



Rodrigo Zanateli:

Falcão e o Soldado Invernal é uma série pouco decepcionante (o que para os padrões da Marvel já é graaande coisa, mas mais alguém também já está cansado das promessas não cumpridas do estúdio?).

O roteiro é um dos mais redondinhos do universo, exceto a parte do Capitão América loiro lá (John Walker), que em um episódio foi de possível vilão, pra vilão, depois virou herói redimido e no fim sugeriram um anti-herói (o Agente Americano). Mas fora isso, eu realmente gostaria de ver mais conteúdo relacionado ao novo Capitão América com este nível de realismo 

Nota: 7



Léo Costa:

Falcão e o Soldado Invernal tem seus clichês aqui e ali, mas consegue surpreender nas entrelinhas e detalhes. Primeiramente por trazer construções e desconstruções do que é ser um herói, um anti-herói e um vilão. Tudo fica meio misturado e cinzento, o que traz uma abordagem mais complexa desses elementos. Tais conflitos ficam evidentes em vários personagens, especialmente o Capitão América fake de John Walker.

Há na série um nível a mais de realismo nas lutas, na presença de mortes e sangue, nas questões políticas envolvendo os acontecimentos de Guerra Infinita e Ultimato, mas principalmente nos debates envolvendo dois tópicos: racismo e refugiados. Se o grupo dos Apátridas possuem atitudes extremistas com intenção de chamar atenção das pessoas deslocadas e fora do radar dos governos (uma metáfora aos refugiados de conflitos, que buscam ajuda e encontram abandono), por outro o dilema central da série é Sam assumir ou não o escudo do Capitão América, um símbolo majoritariamente branco de um país recheado de patriotismo tolo e recheado de racismo. Ver a Marvel debater isso de forma mais pé no chão sem deixar o show costumeiro de lado foi algo a se elogiar, e muito!

Nota: 8


Antonio Gustavo:

Vingadores: Ultimato fechou um ciclo dentro do MCU e um novo precisava começar, mesmo que alguns de seus principais heróis como Steve, Tony e Natasha não estivessem mais presentes no mesmo. Mas isso não significaria que Capitão América, Homem de Ferro e Viúva Negra precisassem se ausentar também; e é isso que Falcão e o Soldado Invernal chega para estabelecer. A série que, salvo engano, é uma das poucas adaptações em live-action de heróis a trazer a questão da passagem de manto para o cerne de sua história, faz isso com maestria, enaltecendo tudo que o Capitão e Steve Rogers representaram para o Universo Marvel até então, mas também ressignificando grande parte do legado do personagem e, trazendo camadas completamente diferentes para Sam, afinal como um homem negro, sem cabelos loiros ou super soro, poderia representar o ideal americano? 

É de uma importância sem igual que essa discussão chegue em uma obra desse tamanho e com certeza é nesses momentos que você vai amar a produção, mesmo que ela possua alguns muitos poréns em sua condução, sobretudo de que nunca entrega todo o potencial que poderia. A série nem de perto traz cenas de ação tão vistosas quanto se esperava, como em Capitão América 2: O Soldado Invernal; também falta ritmo e a coisa toda não parece ter sido pensada para funcionar em 6 capítulos, com situações e personagens deslocados, trabalhados corridos ou simplesmente guardados para futuras aventuras. De todo modo o saldo positivo abordado no começo do texto, sobre o legado do escudo, Estados Unidos e raça, além da química entre seus protagonistas e as boas intensões do roteiro, fazem Falcão e o Soldado Invernal mais que valer e já se destacar como uma promissora abertura para o novo Capitão América. 

Nota: 8 


Nota média geral da equipe:

Titulo Original: The Falcon and The Winter Soldier

Direção: Kari Skogland

Episódios: 6 episódios

Duração: 50/60 min por episódio aproximadamente

Elenco: Anthony Mackie, Sebastian Stan, Erin Kellymann, Wyatt Russel, Daniel Bruhl e Emily VanCamp.

Sinopse: Sam e Bucky tentam seguir com as suas vidas depois de derrotar o Thanos num mundo divido e sem esperança, porém quando um grupo revolucionário e extremista e um novo Capitão América os força a retornar a ação, ambos precisam proteger o legado de Steve Rogers.

Trailer:


E aí, também curtiu a nova série da Marvel e Disney+?

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