A Equipe Comenta: WandaVision (2021, de Jac Schaeffer)

 


Karoline Melo:

Demorei muito para finalmente assistir a WandaVision, mas, algumas semanas depois do encerramento da série, me rendi ao hype e dei o braço a torcer. Apesar de assistir a todos os filmes do MCU, essa foi a primeira série da Marvel com a qual tive contato, e não poderia ter começado de uma forma melhor. WandaVision me intrigou desde o princípio, primeiro por conta das referências aos sitcoms, depois por ter como protagonista meu casal preferido desse universo. Achei muito interessante acompanhar tanto o mundo criado por Wanda quanto a perspectiva das pessoas que ficaram de fora, e o desenrolar da narrativa, principalmente nos últimos episódios, foi o que mais me chamou a atenção. Mole como sou, admito que me emocionei com a conclusão da série, e, apesar de não ter entrado para a minha lista de preferidas, a história foi o suficiente para entrar no meu coração e, de quebra, aumentar minha vontade de ver mais séries do mesmo estilo.

Nota: 8,5

Luc Da Silveira:

Após anos de desenvolvimentos narrativos pífios para suas personagens femininas, a fase 4 do MCU chega para consertar erros do passado. E nada melhor que colocar Wanda, uma personagem importantíssima dos quadrinhos, para guiar uma jornada onde os sentimentos internalizados de inseguranças e lutos viram uma bomba relógio para todos a sua volta. Assim, a Marvel inicia sua fase quatro com um grande acerto.

Com a primeira metade da temporada sendo completamente alucinante, com as peças sendo montadas para as jogadas finais, a série aos poucos sai da área da experimentação e retorna ao formulaico MCU, onde obviedades e exposições são transpostas à tela. Mesmo sendo um lugar-comum, a showrunner Jac Schaeffer sabe muito bem fechar os arcos e trazer revelações importantes para a trama, fazendo WandaVision ser episódica e memorável ao mesmo tempo, e testando abordagens mais distintas para um gênero já batido.

Nota: 7,5

Ettore:

Foi levantada muita controvérsia em torno do seu final, com teorias não comprovadas e vilões que prometeram e não apareceram, mas principalmente, a série foi vendida para muitos como o prólogo do futuro filme Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura. Mas a obra anda com as próprias pernas, o que deveria ser essencial, pois tendo consciência que a série é mais uma expansão da personagem da Wanda, dando mais substância e uma dimensão maior para a figura dela. Considerando o que foi revelado nas cenas finais, ela terá um espaço maior no futuro, soa muito mais valioso do que apenas teorias mirabolantes sendo comprovadas.

WandaVision é uma boa porta de entrada do Marvel Studios na televisão. Talvez deve ter sido melhor essa série ter sido lançado primeiro para definir o futuro do MCU, já que antes da pandemia, a série do Falcão e o Soldado Invernal, tipo de produção semelhante ao o que foi já foi apresentado, seria a primeira a estrear. Porém a série de Wanda aposta em ideias novas e dando um olhar mais diferenciado a personagens do MCU, na qual deve ser o norte das futuras produções do Marvel Studios na Fase 4, com filmes e agora seriados. Esse primeiro produto do MCU nesse ano demonstra a nova iniciativa de explorar mais do que apenas a fórmula Marvel. 

Crítica completa do Ettore aqui!

Nota: 8,5

Gabriel Magarão:

WandaVision foi uma grata surpresa para os fãs da Marvel que, assim como eu, esperavam algo um pouco diferente da fórmula mais conhecida das produções do estúdio. As escolhas criativas da série, especialmente as referências a alguns momentos marcantes da televisão americana, foram extremamente bem construídas e se encaixaram perfeitamente na proposta da minissérie. A maneira como o roteiro explorou o subconsciente de Wanda e nos mostrou um lado mais vulnerável da heroína foi comovente e teve profundidade, dando a nuance necessária para que o público pudesse compreender melhor a relação da personagem com o Visão. Todo o desenvolvimento narrativo e a introdução de novos personagens como a Monica Rambeau adulta, e o retorno de personagens veteranos como o Jimmy Woo e Darcy Lewis, foi explorada de maneira ampla, nos entregando lados ainda desconhecidos sobre os protagonistas. WandaVision foi uma das melhores experiências audiovisuais que a Marvel proporcionou até hoje.

Nota: 8,5

Antonio Gustavo:

A série original do Disney+ é provavelmente uma das empreitadas mais desafiadoras já realizadas pelo MCU, afinal, como aliar as decisões artísticas adotadas pelo programa, junto com o geral buscado pelo grande público numa produção da Marvel? A resposta é difícil e, por tentar abraçar tanta coisa ao mesmo tempo, que WandaVision derrapa, pois não parece saber se quer ser uma sitcom ou um drama sobre luto. Se quer seguir um caminho mais independente ou, fazer milhares de conexões e introduzir coisas para as próximas histórias. Aliás, não sabe-se se o que estamos vendo é de fato uma minissérie, ou um produto dividido em capítulos para funcionar como o filme solo da Feiticeira Escarlate. 

Deu para entender o ponto? É na questão da identidade e nessas trocas que a série acaba falhando, mesmo assim o saldo geral ainda é bastante positivo. Ela traz novos ares para o gênero e é muito gratificante ver Elizabeth Olsen e Paul Bettany indo para diferentes caminhos com seus personagens e suas interpretações, só isso já valeria a experiência. Mas não para por aí, já que é muito bem construída sua narrativa a cada capítulo, aguçando mais e mais nossa curiosidade para a resolução de seus mistérios, numa proporção completamente diferente, lembrando até mesmo o que fez Lost em seus melhores anos. WandaVision soa como um intervalo de aula, uma divertida e rápida brincadeira dentro do MCU, afinal It’s been Agatha all along.

Nota: 8,5 


Léo Costa:

Não considerei WandaVision um produto perfeito, como muitos apontaram. Apesar das tentativas de inovar, no final ela acabou caindo na mesmice Marvel de sempre, parece um certo medo de ousar de forma definitiva e desagradar o enfadonho fã clube do estúdio. Especialmente lá pelos três episódios finais, até ali já conseguia prever o final, algo bem oposto dos quase brilhantes primeiros episódios onde não sabia-se o que se esperar. Fora isso, a primeira série do estúdio Marvel para a plataforma de streaming Disney+ tem algumas coisas interessantes a oferecer. 

A qualidade de produção televisiva encosta nas melhores séries da atualidade, quase nível de cinema, embora algumas derrapadas no CGI. O mistério é inicialmente interessante, a curta duração dos episódios tornam eles agradáveis e o elenco é competente, especialmente o feminino, de Elizabeth Olsen a Kathryn Hahn, todas mulheres brilham em cenas de comédia, drama, suspense e ação. Os homens estão ok, mas nem sempre brilhantes, por vezes no automático, inclusive Paul Bethany, um ator um tanto apático. 

A condução narrativa gerou expectativas, dúvidas e um milhão de teorias, a maioria furadas, mas foi legal acompanhar isso e ver a fama da série se desenvolver. WandaVision no geral ficou no “e se” e no que poderia ter sido se a Marvel criasse coragem de inovar de fato. Mas além de divertida e cheia de referências, à obra serve de ponte para futuras produções que estão por vir, algumas bem aguardadas, inclusive no que tange a tão necessária inovação para o subgênero. 

Nota: 7,5



Nota média geral da equipe:


Título Original: WandaVision

Direção: Jac Schaeffer

Episódios: 9 episódios

Duração: 35-40 minutos aproximadamente.

Elenco: Elizabeth Olsen, Paul Bethany, Kathryn Hahn, Teyonah Parris, Josh Stamberg, Kat Denning e Randall Park

Sinopse: Wanda Maximoff e seu marido androide Visão acabaram de se casar e se mudam para um subúrbio em Nova Jersey, é o sonho romântico perfeito, mas quando coisas estranhas começam a se manifestar, o real poder de Wanda pode ser a chave para a solução para tudo.


Trailer:

Gostaram da série? O que esperam do futuro da Marvel?

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