Falcão e o Soldado Invernal – Um caminho sem volta (Análise do Episódio 4)

 

A segunda série oficial do
Marvel Studios está se aproximando do seu derradeiro final e não para de
nos surpreender. Com as peças se juntando e personagens mostrando a sua verdadeira
face perante os momentos climáticos, está mais do que claro que a série está
mostrando um lado mais obscuro do super heroísmo perante a realidade dúbia e cinza.

Nós continuamos a nossa
cobertura da nova série da Marvel, onde já fizemos aqui as observações
do episódio 1 e 2 e aqui as do episódio 3. Agora, daremos procedimento a nossa
matéria comentando o episódio dessa semana.

Acomode-se, pois vamos debater o novo episódio de Falcão e o Soldado Invernal!

Atenção: contém spoilers do episódio da semana.

As séries da Marvel estão provando que essas produções conseguem desenvolver muito bem os seus
personagens, tanto heróis quanto vilões, dando uma proporção muito interessante
de detalhes que não são relevantes nos filmes. Como uma cereja no bolo, vemos, na
cena que abre o episódio, temos a explicação da relação de Bucky e Dora Milaje de
Wakanda Ayo (Florence Kasuma) – ela foi responsável por fazer o treinamento para
limpar da mente de Bucky, suas diretrizes de assassinos do Soldado Invernal.

Porém, o destaque mesmo ficou
nos primeiro embates físicos e verbais com a antagonista da série, Karli Morgenthau,
durante a investigação que leva nossos heróis até a Letônia, onde os Apátrias
estão se reunindo para tanto aumentar os seus seguidores quanto para homenagear
uma refugiada do Blip que acaba de morrer por falta de remédios no centro de
apoio a refugiados da CRG. A personalidade de Karli, como vemos ao longo da história, é muito conflituosa e difícil de definir 100%, pois suas motivações são nobres,
até mesmo humanitárias, porém atitudes e
xtremistas levam a ações
violentas e brutais.

Isso até os nossos heróis
estão tentando decidir entre si, pois num bom debate entre Sam e o Barão Zemo, ambos
se mostram divergentes em suas opiniões sobre Karli e seus poderes vindo do
soro do Super Soldado. C
om Zemo tendo a consciência do poder puro e forte, ele consegue
levar pessoas a se corromperem no que acreditam, afinal, ele odeia super seres
como os Vingadores por terem destruído Sokovia e matado a sua família na destruição
do Ultron. Porém
, a balança se equilibra com Sam tendo o seu momento de protagonismo, no qual busca uma solução diplomática para derrotar Karli e seus seguidores, atitude
muito nobre e justa como um herói deve agir perante a desafios mais difíceis no
futuro.

Isso é bem estabelecido no
primeiro diálogo que ele e Karli tê
m na série – eles tentam entender os lados um do outro, e Sam tenta convencê-la a desistir de ideias extremistas para encontrar um
lugar nesse mundo pós-blip. É bacana ver esses embates, pois Sam busca compreender
a dificuldade de se encaixar num mundo que muitas vezes parece hostil com
pessoas diferentes que desejam apenas direitos e tratamentos igualitários a
todos. Isso pode ser importante para sua construção na sua figura de passagem de
manto, pois demonstra ser mais humano e muito mais verdadeiro.

Deve ser por isso que as
cenas de ação de voo do Falcão estão aparecendo poucos nos novos episódios,
deixando ele mais próximo da realidade, coerente com a proposta da série de ser
mais próximo do real e concreto, ou
, em palavras mais simples e “pé no chão”.

Não é apenas crucial para a
construção de Sam como um herói mediador, mas também
, ao que vemos, com a figura
vilanesca que está sendo
 criada para o John Walker, o novo Capitão América instruído
pelo governo americano. Mas
, importante ressaltar, não vemos um vilão caricato e
superficial, e sim um vilão muito mais humanizado e com atitudes que flutuam
pelo lado cinzento. Visto que ele e seu leal amigo e ajudante Lemar Hoskins/Estrela Negra finalmente chegam perto da investigação de Sam e Bucky, os embates
estão mais explosivos e trazem mais caos e problemas para a missão de nossos
heróis.

Enquanto Sam está preocupado
com a diplomacia, Walker está agindo contra a corrente. C
om seu temperamento explosivo
e impulsivo, os problemas da missão só aumentam, pois sua insegurança e o peso de
ser o novo C
apitão estão fazendo ele se auto sabotar por ser o novo símbolo de
esperança nesse mundo que parece 
tão perdido; isso porque, quando uma pessoa
é muito insegura, ela pode até cometer erros e passar da linha, e
 nós já
sabemos o caminho que Walker cruzou no final do episódio, sobre o qual
 vamos falar
mais para frente na análise.

Mais um detalhe interessante
é que ainda há a presença de Sharon Carter na série, alertando as consequências
do confronto em Madripoor, pois ao longo dos episódios foi levantada
 a presença
de um personagem muito misterioso que aparece em muitas entrelinhas
o tal
Mercador do Poder. A
o que tudo indica, ele é um grande vilão que tem relação
com as grandes figuras do mundo do crime em Madripoor ou  o grupo
revolucionário Apátrias. Ainda não se sabe quem ele é exatamente, talvez uma
nova versão de algum personagem já estabelecido no MCU ou até mesmo algum personagem
novo que pode ser crucial em
 futuras produções.

Ainda é necessário cautela,
pois muito da trama dessa série está girando em torno d
o confronto com os Apátrias e da
passagem de manto do Capitão América, então entrar numa subtrama extensa de
submundo do crime é algo muito difícil de se encaixar quando
 só faltam
apenas dois episódios para o fim da temporada
.

Agora, chegamos aos momentos climáticos da parte final do episódio, tendo, por exemplo, o embate das
Dora Milaje com nosso grupo de heróis, a
derrota humilhante de John Walker e até mesmo a fuga do Zemo durante a
confusão, já que
 agora o vilão/anti-herói está foragido e longe do controle
de Bucky e Sam.

Mas o grande momento é mesmo
encaminhado quando Sam e Bucky conseguem ter um novo embate físico com os Apátrias, que é mais uma vez piorado pela presença de Walker e Lemar;
 porém, a maior diferença é que a grande virada de Walker acontece quando o seu amigo/parceiro
é morto por Karli.
 Walker passa do limite e motivado por ódio e vingança, algo
que era sempre rejeitado por Steve Rogers;
 ele acaba assassinando um membro dos
Apátrias com o próprio escudo do Capitão América.

Provavelmente é a cena mais
brutal do MCU, se não a mais;
 claro que não poderia ser explícita por ser uma
produção da Marvel/Disney, onde a classificação indicativa sempre gira em torno
de 12 anos, porém a intenção que nos é entregue é realmente chocante para o
universo Marvel. O
 próprio escudo, grande símbolo do Capitão, sujo de
sangue, traz
 a metáfora de que o legado de Steve Rogers foi manchada de
maneira violenta, e
 leva, assim, a uma possibilidade de que o endeuso que Walker gerava
a pessoas desapareceu em segundos, pois seu momento brutal foi visto a céu
aberto com pessoas ao seu redor e ainda por cima filmado com celulares.

Walker agora tem a sua
imagem como Capitão América queimada, o que pode desencadear duas coisas: sua
passagem para se se tornar o vilão Agente Americano, já que ele encontrou um
soro do super soldado para si antes de Zemo ter destruído todos; e a passagem/aceitação
de Sam Wilson como o novo Capitão América, levando assim aos momentos derradeiros
da série.

E assim encerramos a nossa análise
do episódio 4 da série da Marvel. Faltam agora apenas dois
episódios para levar ao final e ao novo caminho que pode pavimentar
ideias novas e empolgantes para as futuras produções do MCU. Por isso, fique sintonizado
em nossos conteúdos, pois iremos continuar nossa cobertura das produções da
Marvel ao longo do ano!

Falcão e o Soldado Invernal é
uma produção original do Marvel Studios e é uma atração exclusiva do streaming
Disney+.

 

O
que achou da nossa análise? Você acha que John Walker desrespeitou o legado de
Steve Rogers?

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