Crítica: Uma Invenção de Natal (2020, de David E. Talbert)

 

Atualmente líder do mercado de streaming, a Netflix utilizou de resgaste de gêneros para aumentar seu catálogo de filmes, entre eles filmes com temáticas do feriado natalino. Em seu mais novo investimento, ao que aparenta ser de maior investimento e ambição, o musical de fantasia Uma Invenção de Natal eleva sua proposta em criar produções relacionadas ao mercado de filmes sobre esse feriado no final de ano.

Escrito e dirigido por David E. Talbert, o longa narra a trajetória de um inventor de brinquedo (Forest Whitaker) que no passado era um homem sonhador, mas após ser traído pelo próprio aprendiz, ele perde sua imaginação e seu espírito de natal, mas com a chegada de sua neta (Madalen Mills), que tem a mesma aptidão para invenções, ela busca reativar um antigo projeto de seu avô, na tentativa de deixá-lo feliz novamente.

Ultimamente quando se fala de uma produção relacionada ao tema, varia muito o que se investe para criar um espetáculo para toda a família, e nota-se no filme em sua execução que a Netflix não poupou gastos relacionados à direção de arte, esplendida aos olhos, o visual abusa de cenários grandiosos e efeitos especiais de ponta para criar um senso fantástico, isso contrabalanceado com as músicas de sua trilha sonora, contando com melodias que encantam e divertem os fãs desse gênero. 
Em seu elenco, contando com a notória presença de Whitaker, os atores demonstram sua capacidade no canto e respondem ao impacto que as músicas se propõem a passar no filme, especialmente com a novata Madelen Mills, que encara seus momentos solos à elevação emocional que a trama pede.
Para quem busca algo do gênero no longa da Netflix, pode se sentir à vontade, pois o filme demonstra muito da identidade narrativa clássica do gênero, que muitas vezes demonstram reconhecidos e fáceis de decifrar o trajeto que a história pode caminhar, isso soa negativo, pois um dos empecilhos do roteiro se deve a sua duração acima da média, que prejudica a construção do clímax, além de omitir determinadas decisões no roteiro que não são explicados. Até mesmo na resolução do vilão que soa momentânea e é deixada de lado.
À par de tudo isso, Uma Invenção de Natal é uma produção que cativa pela composição musical que potencializa o drama do inventor e transmite um senso lúdico carismático, sua direção de arte e figurino são impressionantes, não seria surpresa se aparecesse no Oscar do ano que vem. Sua trama e roteiro são muito tentados à comparações e abusa de clichês de produções relacionadas à data, só que relevando o que se entende do feriado, este filme passa uma mensagem reconfortante sobre esperança, coisa necessária para o período atual que vivemos, coisa que o feriado natalino sempre representa para todos que celebram.
Título Original: Jingle Jangle: A Christmas Journey

Direção: David E. Talbert

Duração: 122 minutos

Elenco: Forest Whitaker, Madalen Mills, Keegan-Michael Key, Hugh Bonneville, Anika Noni Rose, Phylicia Rashad, Ricky Martin

Sinopse: Um excêntrico inventor de brinquedo perde toda a sua imaginação e sua felicidade após ter sido traído pelo seu aprendiz no passado, após alguns anos, sua neta chega para reviver a magia  dentro do seu avô.
Trailer:

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