Crítica: A Maldição do Espelho (2020, de Aleksandr Domogarov)


Para os mais desavisados, o filme de origem russa, conta uma história bem simples e conhecida das fórmulas de filmes de terror, uma “lenda urbana”, ou seja, contos que todo mundo conhece mas que vão mudando conforme a natureza e o local que ela está. Todos temos conhecimentos da Loira do Banheiro ou da Blood Mary e aqui, ela é conhecida como A Rainha de Espadas. Seguindo esse pensamento, vamos a critica!





Junte um castelo antigo, crianças, adolescente e acrescente um fantasma que assombra essa casa. Logo de cara, percebemos que todos os personagens principais tem algum problema com a família ou consigo mesmo, após um acidente matar a mãe de Olya (Angelina Strechina) e Artyom (Daniil Izotov), ambos são mandados para um internato. A relação dos dois não é a das melhores, já que Olya o culpa pela morte da mãe e Artyom fica extremamente perturbado após o ocorrido, tendo pesadelos e vendo sua mãe em todos os lugares.


Não por acaso, após uma confusão, Olya e seus amigos encontram um porão no antigo castelo onde tem um espelho pendurado, e nele uma gravura, que segundo as histórias, se você fizer um pedido, ele será realizado. Sem levar a sério, todos fazem um pedido e um por um, todos acabam sendo pegos na maldição. 





O filme é uma mescla do péssimo 7 Desejos, onde cada desejo realizado te deixava mais perto da morte e claro, nenhum deles era o que realmente você pediu e o maravilho Insidius, onde a protagonista precisa viajar entre os mundos para consertar seus erros. Tirando os sustos óbvios, onde os jump scares nos fazem pular, o filme em si não apresenta nada de novo, muito pelo contrário, é um entre tantos clichês do cinema, talvez a única coisa boa desse filme seja a fotografia, onde o clima do castelo nos deixa tensos e esperando algo dar errado logo de cara. Com cores que vão desde sépia do cinza e preto, cria um ambiente inóspito de alegria, estado de espírito dos nossos personagens. 

O roteiro é fraco e simples, as atuações são bem feitas na medida do possível, mas é difícil se aprofundar, já que a ideia principal é a atração fantasmagórica, até mesmo a “vilã” da história tem pouca participação, já que o motivo da maldição assombrar a casa é dita rapidamente e sem muito peso. O terror é um gênero extremamente difícil de se trabalhar e fica nítido que o cinema russo ainda não apresenta nada novo nessa área, prova disso são os igualmente insossos filmes A Noiva e A Sereia. Lendas urbanas são sempre muito interessantes, mas aqui, foi muito mal aproveitado. 





Título Original: Pikovaya dama. Zazerkalye



Direção: Aleksandr Domogarov



Duração: 83 minutos
Elenco: Angelina Strechina, Claudia Boczar, Daniil Izotov, Darya Belousova
Sinopse: Depois que o terrível fantasma da Rainha de Espadas ressurge, os alunos de um antigo colégio interno viram as próximas vítimas do banho de sangue. O terror começa a partir do momento em que eles recitam antigos encantamentos no banheiro do local para conquistar tudo o que desejam mesmo que o preço seja suas almas.
Trailer:


Não se esqueçam de cuidar da saúde! 

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