Crítica: Altered Carbon – 2° Temporada (De Laeta Kalogridis)

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Considerada uma das séries
com maior investimento vindo da gigante do streaming, Netflix, a série
de ficção científica do subgênero cyberpunk, Altered Carbon era
tida como uma série ambiciosa com escala cinematográfica adaptando os livros de
autoria de Richard Morgan; com a pretensão de ser uma produção que aliasse com
uma ação grandiosa, efeitos especiais e  até mesmo aliando a questões complexas sobre
almas e espiritualidade num mundo avançado e tecnológico.



A primeira temporada impressionou
pela introdução do conceito de um universo distópico cyberpunk, onde a
morte se tornou algo obsoleto e a imortalidade é uma possibilidade, pois sua
alma é armazenada num cartucho e pode ser transferida em outros corpos, que os personagens chamam de “capas”, por isso os ricos têm capacidade de vida longínquas
pela inúmeras capas que tem acesso e os mais pobres se contentam com capas obsoletas
e defeituosas, então a economia gira em torno desse conceito.


Por mais que o universo soasse
cativante e até bem original para produções nesse gênero, a temporada de estreia
ainda sofria com o seu roteiro recheado de tramas secundárias e falta de foco narrativo,
gerando até um sentimento conflitante sobre críticos e adoradores da produção. Mesmo diante de tudo isso, a série adquiriu uma segunda temporada, lançada há
exatamente dois anos depois do lançamento da primeira.


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No novo ano, continuamos
acompanhando a jornada de Takeshi Kovacs, agora interpretado por um novo ator,
Anthony Mackie, mais conhecido por ter interpretado o herói Falcão nos
filmes da Marvel Studios. Se passando exatamente 30 anos após os acontecimentos da temporada
anterior, on
de Kovacs desperta em uma nova capa, dessa vez mais avançada e com habilidades sobre-humanas, ele se encontra num planeta fora do sistema solar, numa colônia
comandada por uma governadora (Lela Loren) que está tentando conter uma
rebelião local. No meio desse conflito, Kovacs e sua inteligência artificial
Poe (Chris Conner) partem para investigar o paradeiro da paixão antiga de Kovacs,
Quelllcrist Falconer (Reneé Elise Goldsberry).


A menção dos dois anos de
intervalo de produção de uma temporada pode até refletir na temporada atual, a
distância pode soar como uma tentativa de querer ouvir o feedback do público e ainda assim conquistar mais o público que poderia ter se criado ainda mais no primeiro ano. As
maiores mudanças podem até ser percebidas de primeira visão, onde a nudez e
a violência explícita que chamavam a atenção, aqui se mostram mais contidas e não gratuitas como alguns momentos soavam. A outra mais notável, e essa mais perceptiva, é
a presença de um roteiro com mais foco e com mais coesão narrativa, em que muitos
dos arcos que criavam barrigas na trama principal foram reduzidos  gerando uma sensação de assistir muito mais agradável, ain
da mais pela quantidade
resumida de dez para oito, que mantém um ritmo 
adequado para se fazer maratona.

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Os oito episódios se notam também pela sensação da escala que a temporada anterior tinha, pois nesse ano se mostra mais diferente e mais contida, o que pode afastar alguns
espectadores mais exigentes, pois nota-se em certos momentos que perde-se a identidade
tão marcante do primeiro ano.


Além de ser uma trama muito
mais local, é possível afirmar que a série demonstra na nova temporada um “soft
reboot
”, principalmente vindo no novo ator protagonista, que aqui demonstra
muito mais domínio na cenas de ação, fruto do seu vários anos de experiência
sendo ator da Marvel Studios, porém a sua atuação e carisma ainda se limitam ao
seu personagem famoso, o que dificulta um novo personagem para o grande público.


Além de sua trama mais
contida e muito mais “local”, não há necessariamente uma nova expansão de
universo tão impressionante, apesar de seu conceito de alma digital ainda se
mostrar tão presente e ainda mais atrativo em novos ambientes, só que muito da
nova trama  é mais focada em seus personagens
centrais,
especialmente de Kovacs e Quell e até mesmo no personagem Poe, que detém um arco
narrativo muito mais presente nesse novo ano.


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A nova temporada de Altered
Carbon
se destaca pelo correção de erros necessários e  por uma trama
ainda mais contida, porém as mudanças de ambiente e novos protagonistas devem
ser muito do resultado da longa espera, visto que é uma das
mais caras que a Netflix produz em seu catálogo, pela escala cinematográfica e
efeitos especiais de ponta. Mais do que isso, pois as decisões de produção
resultam numa temporada bem diferente da anterior, que não deve agradar fãs mais fanáticos,
além do mais as pontas soltas deixadas nessa temporada podem ser muito
significativas para o futuro da série, que se não mostrar um engajamento tão
frequente, é capaz de ficar no limbo como muitas produções do streaming.



Título Original: Altered Carbon

Direção: Lerta Kalogridis

Episódios: 8

Duração: 40-50 minutos

Elenco: Anthony Mackie, Chris Conner, Reneé Elise Goldsberry, Will Yun Lee, Lela Loren, Simone Missick, Dina Shilabi, Torben Lebrecht.

Sinopse: Takashi Kovacs desperta trinta anos depois da morte de sua irmã psicopata, dessa vez inserido numa “capa” mais tecnológica e tática, Kovacs  junto com sua inteligência artificial agora se adentra num novo mundo em busca do amor do seu passado.

Trailer:

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