Crítica: O Parque dos Sonhos (2019)

Distribuído pela Paramount Pictures, Parque dos Sonhos traz, com uma estética muito colorida e alegre, a
história de June, uma criança que sempre esteve ligada ao seu lado criativo.


Juntamente com sua mãe, ambas idealizam o ‘Parque dos
Sonhos’, um lugar mágico, no qual animais falantes conduzem os visitantes humanos
pelo encantador parque de diversões. Todavia, com uma doença que acomete a mãe
de June, ela não vê outra saída a não ser se desligar do ‘Parque dos Sonhos’ e
tomar as rédeas da vida real. Enquanto sua mãe deixa o lar por um tempo para
se tratar, June abre mão de seu lado sonhador e, por medo, acaba
desenvolvendo uma preocupação excessiva para com seu pai. O cuidado com o
roteiro nesse momento é visível, o acontecimento é tratado com muita delicadeza para
as crianças que assistem ao filme.

A ponte entre o real e o imaginário aparece, literalmente, quando June se depara com o ‘Parque dos Sonhos’ ao vivo.
Quando o encontra, o local que antes era cheio de magia e alegria, está
completamente defasado e ela é a única que pode salvá-lo.


Além da grande questão do filme, – trazer de volta a
magia ao parque – algumas reviravoltas aparecem do meio para o final da trama e, é nisso, que o
roteiro se perde um pouco, a partir do momento que apresenta problemas que parecem repetitivos ao espectador, ao mesmo tempo em que oferece algumas soluções simples para questões que visualmente são maiores.

A simbologia no longa-metragem é um ponto forte. Apesar
de possuir uma trama de âmago infantil, o espectador, ainda que adulto, pode
compreender a história em diferentes camadas. O parque em seu momento de “sombra”,
se liga diretamente a como June se sente por dentro, logo, demonstra seu medo, ou até uma depressão, decorrente da situação de incerteza que ela passa a partir do momento
que sua mãe fica doente. Com toda certeza, o fato de June possuir o apoio de
seus pais e amigos faz a diferença, ainda que ela seja a responsável final por
redescobrir a si mesma.


Ao final, a obra apresenta uma mensagem muito positiva e
universal: a valorização da imaginação, dos sonhos, dos laços construídos com a
família e amigos. A necessidade de uma criança exercer suas funções criativas e
de ser acolhida quando se sente perdida. Afinal, isso perpassa qualquer
limitação de idade: é empatia e esperança.



Título Original: Wonder Park


Duração: 85 min

Elenco: Brianna Denski, Ken
Hudson Campbell, Kenan Thompson, Ken Jeong, Mila Kunis, John Oliver, 
Norbert Leo Butz, Matthew Broderick, Jennifer Garner e outros

Sinopse: A sonhadora June descobre que o mágico parque de
diversões que imaginou se transformou em vida real. O problema é que a magia do parque, com memoráveis atrações e animais que falam, está toda fora de sincronia. Junto com seus amigos, June embarca numa aventura para salvar o parque. 

Trailer:


E você, já assistiu a essa aventura “espetaculíssima”? Conte para a gente como foi!

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