Crítica: Espírito Jovem (2018, de Max Minghella)

Lançado em 2018 no cinema
internacional,
Espírito Jovem chegou ao Brasil em junho deste ano e traz a
atriz Elle Fanning no papel principal. O longa é a estreia de Max Minghella, o
Nick de
The Handmaids Tale, na posição de diretor e é recheado de clichês
hollywoodianos que funcionam bem com a dinâmica do enredo do filme.

O roteiro também é assinado por Max
e conta a história de Violet (Elle Fanning), uma adolescente tímida que vive em um vilarejo no
Reino Unido e tem o sonho de ser uma cantora de sucesso. Descendente de poloneses
e com uma família muito religiosa, Violet é uma garota muito fechada que sofre
na escola e trabalha como garçonete em um restaurante. Até que o concurso de TV
Teen Spirit chega à sua cidade.




Violet (Elle Fanning) participa do processo seletivo

Como uma espécie de The X Factor,
programa muito famoso no Reino Unido que roda o país em busca de pessoas comuns
que possuem talento para se tornarem grandes artistas, o concurso
Teen Spirit
também está à procura de um(a) jovem que se tornará a nova sensação do pop no
mundo todo, e será escolhido através de votação pública. E, apesar de toda sua
timidez, o conservadorismo de sua família e a falta de autoestima, Violet decide
entrar no processo seletivo para o programa. Durante sua nova experiência, ela conta com a ajuda de Vlad (Zlatko Buric), um homem que está sempre bêbado e aparenta ser um fracassado na vida.



Violet (Elle Fanning) e Vlad (Zlatko Buric) em cena

Produzido por Fred Berger, mesmo produtor de La La Land, o longa flui com facilidade, com
cortes simples e sem muita movimentação de câmera, assim como sua história.
Algumas cenas fazem tudo parecer mais fácil e rápido para uma garota que se dizia
sem coragem e com pouca experiência. Porém, o drama musical não esconde do
espectador que será uma versão de uma história que provavelmente você já viu
antes, com uma execução simples e leve. Por isso, o roteiro funciona e a
direção consegue entregar um longa bem feito que cumpre o que promete.


As cenas em que os candidatos ao
Teen Spirit fazem suas apresentações no palco é uma superprodução assim como
as que acontecem nos programas de TV da vida real. A trilha sonora que
acompanha a competição é recheada de sucessos como Dancing On My Own, da
cantora Robyn, Lights, de Ellie Goulding, e Don’t Kill My Vibe, de Sigrid. Todas
performadas e cantadas por Elle Fanning, que também apresenta uma boa performance de
atuação, apesar da personagem não exigir muito.




Violet (Elle Fanning) performando

Saindo da superfície, além de
pretender incentivar as pessoas a seguirem seus sonhos, pode-se dizer que o
filme é uma crítica à programas de calouros e shows de talento, assim como
também critica os empresários ambiciosos que trabalham por trás da música. 
Espírito Jovem é marcado por mesmices, mas deixa sua lição clara e satisfaz quem assiste.




Título original: Teen Spirit

Direção: Max Minghella

Duração: 93 minutos

Elenco: Elle Fanning, Zlatko Buric, Agnieszka Grochowska, Archie Madekwe e outros

Sinopse: Violet (Elle Fanning) é uma garota adolescente que sonha em ser popstar e escapar no vilarejo rural onde mora junto da mãe desajustada. Quando o concurso Teen Spirit passa por sua cidade, ela decide se arriscar, entre centenas de garotas. Aos poucos, Violet recebe a ajuda de Vlad (Zlatko Buric), cantor de ópera bósnio e decadente, e começa a superar as etapas do concurso. Mas conforme a fama se aproxima, a garota deve pensar suas prioridades e enfrentar os perigos da fama.

                                 Trailer:

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