*contém um pequeno spoiler*
Antes de tudo começar já temos uma bela inquietação pelas cores utilizadas, tons de roxo com azul e um vermelho bem bárbaro. Isso é bem constante, e além do visual, chama muito atenção a trilha sonora, que tem o objetivo de torpecer o telespectador. E o melhor de tudo: não compromete o ritmo da produção, muito menos a estrutura narrativa, embora seu ritmo seja bem lento na primeira metade do filme.
Na história, um casal aparentemente feliz, Mandy (Andrea Riseborough) e Red (Nicolas Cage), vivem na mais pura tranquilidade. Tudo isso muda, depois que são atacados por um grupo desconhecido contratados por uma espécie de seita religiosa. Mandy é brutalmente assassinada na frente de Red, o que ocasiona revolta. Toda ação gera uma consequência, correto? A partir dessa ação, Red parte em sua jornada vingativa.
Além das paletas de alto contraste que deixa a sensação de estarmos em um transe e hipnotizados, existe a inclusão de cenas de efeito de atraso de movimento, o que contribui demasiadamente com a sensação de estarmos alucinados.
Mas, é na segunda metade do filme que tudo realmente começa a ficar com um toque diferenciado. Tudo isso, por consequências dos atos da primeira parte. Com um nuance de excêntrico e violento, o longa conta com uma boa atuação de Nicolas Cage que não compromete o filme, até porque não se abre muitas brechas no roteiro para isso. Sem falar que, dá a impressão de que o papel foi feito para sua pessoa. E aqueles que torcem o nariz para filmes com ele, pode ir sem medo, não sairá decepcionado.
Mandy foi com certeza uma das surpresas de 2018, por sua identidade e personalidade, e por sua excelente experiência visual e sonora com uma crítica edificante contra o fanatismo religioso e o extremismo, além da maldade humana. Dica: É um filme muito mais para sentir do que entender, então não busque tantas explicações que o filme vai se tornar bem mais notável.
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