Crítica: X-Men: Fênix Negra (2019, de Simon Kinberg)

X-Men: Fênix Negra, último filme dos mutantes pela Fox chegou com uma narrativa fraca, previsível e explorando pouco os arcos dos personagens. Infelizmente não vai deixar saudade alguma.

Quando saiu a nova proposta de contar o arco da Fênix nos cinemas, de novo, foi possível lembrar que a primeira adaptação: X-Men: O Confronto Final de 2006 não foi muito bem contada… O antigo filme de modo geral é bom, mas tem problemas com o desenvolvimento e excesso de personagens, vemos o Ciclope morrer logo no início, pouca exploração do Anjo, Tempestade ofuscando outros mutantes, Wolverine e Magneto são uns dos poucos que se adaptam em meio à tanto mutante, um roteiro fraco com decisões óbvias, poucas são as cenas de luta que podem ser salvas, e quase o mesmo acontece nesta nova sequência.

Este possui um roteiro previsível, pouco desenvolvimento dos personagens, o que dá para salvar no filme são as cenas de luta de proporções gigantescas graças aos efeitos especiais, a trilha feita por Hans Zimmer e alguns mutantes, como Noturno (Kodi Smit-Mcphee), que vimos uma evolução enorme em seu arco, Magneto (Michel Fessbender) e Jean Grey (Sophie Turner). Ressalto esses dois porque desde o Apocalypse, seus poderes são explorados ao máximo e o diretor mantém o nível. Uma das cenas mais esperadas era a do Mercúrio (Evan Peters), já que em cada filme dessa nova saga, a cena dele se destacava, porém neste filme o exploram muito pouco.


Um grande mérito deste longa são as cenas de ação. As lutas apresentadas são de proporções gigantescas, principalmente a do Magneto e da Jean Grey e na exploração de seus poderes, a equipe de efeitos visuais mais a fotografia, trabalharam bastante para entregar cenas dignas dos mutantes. A trilha sonora de Hans Zimmer também não deixa a desejar, algumas melodias impactam bem com o momento e em certos episódios, lembra outros filmes que o compositor já fez.

Todos os filmes de X-Men tiveram seus altos e baixos, alguns vão ficar marcados na memória dos fãs como X-Men: O Filme, X-Men: Primeira Classe e Logan. Foram anos tentando construir um universo que se encerra com uma despedida amargurada, de que podia ter sido melhor.

X-Men: Fênix Negra tinha tudo para fechar o arco de Primeira Classe com chave de ouro, mas tropeça no seu próprio enredo. Com o mesmo discurso de O Confronto Final, de que qual seria o próximo passo da evolução dos mutantes, agora o que nos resta é esperar a Marvel apresentar um universo bem construído para os mutantes.


Título Original: X-Men: Dark Phoenix

Direção: Simon Kinberg

Duração: 114 minutos

Elenco: James McAvoy, Michel Fessbender, Sophie Turner, Jennifer Lawrence, Evan Peters, Nicholas Hoult, Jessica Chestain

Sinopse: 1992. Os X-Men são considerados heróis nacionais e o professor Charles Xavier (James McAvoy) agora dispõe de contato direto com o presidente dos Estados Unidos. Quando uma missão espacial enfrenta problemas, o governo convoca a equipe mutante para ajudá-lo. Liderado por Mística (Jennifer Lawrence), os X-Men partem rumo ao espaço em uma equipe composta por Fera (Nicholas Hoult), Jean Grey (Sophie Turner), Ciclope (Tye Sheridan), Tempestade (Alexandra Shipp), Mercúrio (Evan Peters) e Noturno (Kodi Smit-McPhee). Ao tentar resgatar o comandante da missão, Jean Grey fica presa no ônibus espacial e é atingida por uma poderosa força cósmica, que acaba absorvida em seu corpo. Após ser resgatada e retornar à Terra, aos poucos ela percebe que há algo bem estranho dentro de si, o que desperta lembranças de um passado sombrio e, também, o interesse de seres extra-terrestres. 

Trailer:


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