Crítica: The Girlfriend Experience – 1ª Temporada (2016, Steven Soderbergh)


A série é o que podemos chamar de diferente no tão conhecido meio de entretenimento. Temos em mãos uma história atual que demonstra todos os lados da sexualidade. Tanto as partes boas, quanto as ruins. Confira o que achamos sobre a primeira temporada.



O nome já diz muito sobre o que esperar, conhecemos Christine (Riley Keough) uma estudante de direito, bonita, orgulhosa e que aparentemente não compreende bem a dinâmica de um relacionamento amoroso, se demonstrando fria e apática em situações que tais sentimentos precisam ser expressos.

O interessante nela é que, tudo aparentemente causa um certo tédio, como se nada fosse o suficiente para que ela demonstre alguma emoção de fato. Até que um belo dia, ela conhece uma francesa que estuda com ela e, a mesma diz que faz programas, uma acompanhante de luxo, para poder pagar a faculdade. A curiosidade aflige nossa personagem, até o dia que ela acompanha sua colega para um encontro. Tendo o vislumbre de uma vida cheia de luxos e facilidades, ela se interessa cada vez mais por isso, chegando ao ponto de escolher por livre e espontânea vontade seguir carreira. 




A série é uma adaptação do filme, homônimo, de 2009, que também foi dirigido por Steven Soderbergh. Na época o filme foi protagonizado pela atriz pornô (aposentada) Sasha Grey. 



As motivações da personagem vão mudando muito durante a série, evoluem conforme ela se sente mais à vontade no que diz respeito ao sexo pago. Para ela é só mais uma coisa necessária que ela precisa fazer para ter a vida que sempre quis. Porém, tudo vem com um preço, em determinado episódio, sua reputação no serviço acaba quando um vídeo dela vaza, chegando até seus pais. Sem saber como superar, ela decide sair da empresa e esse episódio foi muito sentido, a vergonha e a humilhação que ela passou foi algo difícil de assistir. Talvez tenha sido a única demonstração aberta de sentimentos que a personagem se permitiu durante todos os episódios.

As vontades da personagem se misturam e não somos capazes de dizer com certeza se ela ainda faz o que faz por dinheiro ou prazer. Afinal é difícil imaginar que alguém hoje em dia faça isso por vontade própria, mas fica cada vez mais difícil entender de fato o que a motiva. Chego a pensar que ela gosta da sensação de poder que isso traz à ela. Até porque tudo tem que ser aceito por ela. Desde o valor do programa, até o que vai acontecer. Ser uma namorada de mentira começa a mudar quem ela é ou apenas libertou quem ela sempre foi?



Em determinando ponto, ela briga com a, como podemos chamar, “cafetona” que escolhia os seus clientes, mas Christine ao perceber quanto dinheiro perdia com isso, resolve sair sem olhar para trás, acabando com a sua “reputação” nesse meio. Ela então parte para suas próprias pesquisas em sites de relacionamentos e sexo e claro que isso acarreta em diversos problemas à ela, desde aquele cara esquisitão até o romântico, que começa a pensar que ela é sua propriedade.

A série nos mostra diversos pontos de vista de uma mesma situação, temos a visão da jovem garota de programa, a visão de seus pais quando descobrem, a visão da sociedade em si, que podemos citar o episódio que seu vídeo vaza no escritório e a forma que ela foi tratada desde então e até mesmo o olhar de suas colegas de profissão. É uma série completa em diversos quesitos e só tenho coisas boas a dizer sobre. Caso você goste de um bom drama com cenas mais quentes, essa série foi feita para você.




Nome Original: The Girlfriend Experience

Direção: Steven Soderbergh 

Episódios: 13

Duração: 25 a 30 minutos

Elenco: Riley Keough, Mary Lynn Rajskub, Kate Lyn Sheil

Sinopse: Christine Reade é uma estudante de direito que consegue um estágio
em um respeitado escritório de advocacia. Porém, ao ser apresentada ao
mundo das garotas de programa, ela acaba trabalhando como acompanhante
de luxo.

Trailer: 

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