Crítica: Supernatural – 14ª Temporada (2018, de Richard Speight Jr. e outros)






A série segue a história que assistimos na excelente 13ª temporada, onde, com a inclusão de Jack (Alexander Calvert) ao elenco, o filho de Lúcifer (Mark Pellegrino) e a volta do ator principal no papel do senhor das trevas, a série conseguiu lembrar os bons tempos e nos fazer sentir que ainda havia salvação na saturada relação dos irmãos Winchester (não me entendam mal). Tivemos mais coisas boas que ruins esse ano, a temporada acaba para seu suposto último ano e veremos quais surpresas ainda nos aguardam.


Confira agora o que achamos da temporada. Cuidado, spoilers!







Sem duvidas, Jack roubou a cena esse ano, tudo praticamente rodava em sua volta. De certa forma, essa construção do personagem vem sendo feita desde o ano passado, onde ele a princípio poderia vir a ser o vilão da história. Agora sabemos que seu lado humano é muito mais forte do que imaginávamos, mesmo tendo que aguentar as investidas de seu pai, o néflim acredita que é parte da família Winchester. Mas será que todos se sentem assim?


Castiel (Misha Collins) convenceu Dean (Jensen Ackles) e Sam (Jared Padalecki) a darem uma chance ao garoto, mas no fundo eles sempre tiveram um pé atrás com ele. Mesmo após ele se “provar” digno da confiança deles, Dean sempre viu o que ele poderia se tornar. Sabemos inclusive que o personagem sempre vê o pior, diferente de Sam, que tenta colocar panos quentes em algumas situações. Porém, eles deixam se levar muito fácil por algumas coisas, principalmente pelo egoísmo.




Jack se sacrificou para salvá-los e isso fez com que sua alma fosse usada, o tanto que ele ainda tinha não sabemos, mas o fato é que, ele não era mais o mesmo. Mas não sei se vocês se lembram que Sam também andou um bom tempo sem alma, rendendo uma temporada até que finalmente Dean desse um jeito nisso. Porque agora seria diferente? Não dar uma chance para o garoto e pré-estabelecer que isso seria um risco para eles desde o principio não ajudou em nada, muito pelo contrário, só vez com que Jack se sentisse cada vez mais confuso e perdido.


Devemos lembrar que Jack nasceu e em poucos minutos já era um adolescente, ele é e sempre foi uma criança que não sabe com todas as letras dizer o que é certo ou errado, já que ele não teve tempo de aprender. Ele não teve tempo de lidar com seus poderes e muito menos tempo para entender toda a confusão em que ele nasceu. Ser filho de Lúcifer não deve ser fácil e ainda ter que aguentar a desconfiança de pessoas que ele acreditava piamente serem seus amigos, definitivamente deve ter machucado seus sentimentos. Jack é uma criança genuinamente ingênua, com a diferença que quando ele tem uma birra alguém morre.




Dean é o que mais me deixou irritada esse ano, sempre procurando um problema e sempre com o pé atrás, por um lado isso pode ter sido bom mas por outro, isso acaba o cegando, principalmente quando sua mãe morre, seu egoísmo é tamanho que, mesmo sabendo que ela está em paz no céu, ele ainda pensa em trazê-la de volta. Porque se uma coisa é verdade é que em Supernatural ninguém está realmente morto. Prova disso é o episódio maravilhoso onde John (Jeffrey Dean Morgan) volta e finalmente pode se despedir dos seus filhos e reencontrar Mary (Samantha Smith). O episódio ao meu ver, foi feito exclusivamente para os fãs e principalmente para dar paz de espírito aos irmãos Winchester.


  
Outro ponto negativo é que, o roteiro arrasta muito algumas histórias, como por exemplo Miguel ter possuído Dean durante um tempo. Entendo que isso foi um meio para um fim mas, deixou a história arrastada, inclusive parece que acontece tanta coisa irrelevante que no fim da temporada nada mais é lembrado, somente o problema atual. Isso acontece sempre com temporadas longas e não somente aqui.



Agora, o que fazer quando nem Deus consegue dar um jeito? Literalmente ele dá uma escolha a todos, cabe a eles aceitar. Uma coisa interessante é que no último episódio eles mencionaram muito a Morte, lembre-se que Billie (Lisa Barry) chegou a mostrar para Dean como seria sua morte, já que, em todas as possibilidades criadas, somente em uma ele morreria. Será que Jack tem haver com isso? Assista e descubra. Por fim, diria que o episódio foi simplesmente ótimo, tivemos algumas aparições de personagens que marcaram a história da série com os melhores episódios, que foi um belo gancho para a última temporada que nos aguarda.






Título Original: Supernatural


Direção: Richard Speight Jr., Robert Singer, Thomas J. Wright


Episódios: 20


Duração: 42 minutos


Elenco: Jared Padalecki, Jensen Ackles, Alexander Calvert, Misha Collins, Samantha Smith, Ruth Connel, Lisa Berry, Amanda Tapping, Rob Benedict, Erica Cerra


Sinopse: Há 20 anos, Sam e Dean Winchester perderam sua mãe em um trágico e misterioso acidente, no qual as forças sobrenaturais — muito obscuras — estiveram envolvidas. Por esta razão, seu pai decidiu ensiná-los a lidar com a vida sobrenatural, ensinando-lhes técnicas de defesa contra as forças do mal; chegando até a ensinar a maneira ideal para matar os diferentes tipos de demônios. Agora, os irmãos Winchester percorrem os Estados Unidos em seu velho Chevy travando uma verdadeira batalha contra a obscuridade e a maldade. Objetos amaldiçoados, vampiros, bruxas e entidades maléficas — incluindo um Papai Noel não tão bonzinho — são só alguns dos desafios que estes dois irmãos têm de superar.



Trailer:



E você? O que achou dessa temporada?

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