Crítica: Tolkien (2019, de Thomas Karukoski)

A trilogia do O Senhor dos Anéis, que foi um completo sucesso, e O Hobbit, nem tanto assim, tornaram J.R.R. Tolkien conhecido e famoso, e agora com a sua cinebiografia, todos sabem quem é o autor por trás da Terra Média dos cinemas.

No longa vemos o quão difícil foi a vida de Tolkien (Nicholas Hoult) e o que foi preciso ele passar para se tornar este famoso escritor. De família pobre, Tolkien teve que lidar com perdas e necessidades desde cedo. Aos cuidados do padre Francis (Colm Meaney) após a morte de sua mãe, Tolkien passa a morar em um lar adotivo da Mrs. Faulkner (Pam Ferris) e é lá onde conhece o amor de sua vida, Edith Bratt (Lily Collins), que serviu de inspiração para a personagem de Arwen, a Meia-Elfa de O Senhor dos Anéis.



Durante a fase do colégio, Tolkien cria amizade com Robert Gilson (Patrick Gibson), Christopher Wiseman (Tom Glynn-Carney) e Geoffrey Smith (Anthony Boyle). Apesar de no início o tratarem como novato, os laços de amizades vão se estreitando até a faculdade. Os 4 fundam uma irmandade com o propósito de sempre incentivarem um ao outro, não importa qual o desafio for. Tal irmandade serviria de inspiração futura para a Sociedade do Anel. 



Tolkien sempre foi um apaixonado por línguas, no filme podemos ver o momento em que ele cria seu idioma, mais tarde usado em todas as suas obras, e em Oxford ele encontra a sua verdadeira vocação, filologia lecionado pelo professor Wright (Derek Jacobi), que claramente é a inspiração de Gandalf, pelo jeito de falar, de levantar opiniões e de agir.



O que faz com que esse filme seja diferente das outras cinebiografias é o jeito de contar a história. O diretor Thomas Karukoski relata a vida de Tolkien em um momento crucial de sua vida, a Primeira Guerra Mundial. Tolkien serve a Inglaterra e durante esta fase, ele reflete sobre sua vida até ali, suas escolhas, arrependimentos, paixões e certos devaneios, como ver alguns personagens de seu futuro universo nos campos de batalha.


A fotografia e a ambientação são bem similares à de O Senhor dos Anéis, com planos abertos, mostrando a grandiosidade do cenário, em certos momentos você se vê assistindo toda a trilogia de novo, é um resgate ao que já foi produzido. A trilha também contribui para tal, com músicas épicas e marcantes ditando a tensão do filme.

O filme de modo geral, serve como um fan service e nada mais e para completar, não teve a participação e aprovação de sua família. Mas pode agradar a muitos, principalmente quem acompanha o autor, relembra as outras produções e detalha um pouco mais de como Tolkien criou seu famoso universo. Desde pequeno, ele fora incentivado pela sua mãe a contar histórias e em toda a sua vivência é visto que ele seguiu este caminho, sendo inspirado por seus futuros personagens rotineiramente, enxergando um conto onde ninguém mais podia enxergar, enfim, tudo isso resultando nos livros que conhecemos até os dias presentes.
Título Original: Tolkien

Direção: Thomas Karukoski


Duração: 112 minutos


Elenco: Nicholas Hoult, Lily Collins, Laura Donnelly, Craig Roberts, Colm Meaney

Sinopse: Sarehole Mill, Inglaterra. Após o falecimento de sua mãe quando ainda era criança, J.R.R. Tolkien (Nicholas Hoult) e seu irmão são entregues aos cuidados do padre Francis (Colm Meaney). Vivendo com o dinheiro contado e precisando ajudar na casa em que vive, Tolkien faz amizade na escola com um grupo de jovens, que logo formam uma irmandade. Juntos, eles incentivam uns aos outros para que tenham a coragem necessária de realizar seus sonhos. Fascinado por línguas, Tolkien aos poucos desenvolve uma criada por ele mesmo, que usa como base para a criação do universo fantástico situado na Terra Média.
Trailer:



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