Crítica: Escape Room (2019, de Adam Robitel)

O terror psicológico cada vez mais vem crescendo dentro cinema e conquistando pessoas pelo mundo afora. Exemplos não faltam para elaborarmos tal afirmação. A própria franquia de Jogos Mortais, iniciada por James Wan em 2005, conquistou centenas de fãs. Outros bons exemplos dessa vertente é o recente Corra! e a trama canadense Cubo. Aproveitando essa parcela do gênero, chega aos cinemas Escape Room, novo filme do estilo que concentra um grupo de desconhecidos desafiando as suas habilidades de raciocínio dentro de um game, presos em variadas salas temáticas.

A trama é bem simples: 6 pessoas precisam resolver os enigmas dentro das salas, os famosos puzzles. O detalhe é que não é simplesmente um jogo de raciocínio, é a luta pela sobrevivência e pelo prêmio de 10 mil dólares. As armadilhas fatais estão rondando os personagens e a todo momento a pressão e o tempo curto são fatores adicionais para a tensidade do grupo.

Mesmo com toda essa presença do suspense claustrofóbico, o roteiro de Bragi Schut (Caça às Bruxas) e Maria Melnik (American Gods) é ineficiente, não consegue criar base para um verdadeiro interesse do filme trazendo personagens rasos e sem qualquer empatia. Jogados ao léu, os personagens tentam quebrar a barreira do desinteresse e a falta de uma boa trama, equilibrando-se em adrenalina, diálogos tediosos e a falta de química dos atores. O sacrifício de atuação de Débora Ann Woll (Demolidor) é o modo mais perceptível de como a montagem do filme ignora o fato de ter em mãos um grande potencial de proveito de exploração da atriz.
Alguns dos cenários se sobressaem e nos imergem na aflição do grupo, principalmente as salas do forno, primeira do filme, e a de um bar temático de ponta a cabeça. Um dos fatores mal trabalhados aqui é a ligação que os personagens tem em relação a esses cenários, cada um enfrenta os maiores pesadelos já vividos. Além disso, o diretor Adam Robitel (Sobrenatural – A Última Chave) introduz de imediato um pequeno spoiler já no começo do filme, o que dificulta ainda mais o interesse pela trama. Até o final é uma incógnita do real interesse do criador desse jogo e da real mensagem que o diretor queria passar.
Sendo totalmente esquecível e com uma futura sequência mais que introduzida ao final do filme, Escape Room peca em não criar algo mais interessante do que os próprios cenários existentes. A experiência é frustrante, confusa e omite o que realmente o diretor queria com o seu filme. Para quem adora esse mundo de entretenimento de aventuras em grupo, certamente será frustante a experiência de assistir o filme.



Título Original: Escape Room


Direção: Adam Robitel

Duração: 99 minutos

Elenco: Deborah Ann Woll, Taylor Russel McKenzie, Logan Miller, Jay Ellis, Tyler Labine, Nik Dodani e Yorick van Wageninen

Sinopse: Passando por momentos complicados em suas respectivas vidas, seis estranhos acabam sendo misteriosamente convidados para um experimento inusitado: trancados em uma imersiva sala enigmática cheia de armadilhas, eles ganharão um milhão de dólares caso consigam sair. Mas quando percebem que os perigos são mais letais do que imaginavam, precisam agir rápido para desvendar as pistas que lhes são dadas.

Trailer:


E você achou interessante o game ter essa pegada no cinema?


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