Top 5: filmes ruins derivados de ótimos livros.

Às vezes, livros e filmes, mesmo que possuam a mesma história/estória, podem ter enredos ou impactos diferentes em que lê ou assiste. Às vezes, os filmes ficam melhores do que os livros, às vezes, piores.




Confira nosso especial Top 5 filmes ruins, que foram feitos de livros incríveis. Aproveite sem moderação!




5 – As viagens de Gulliver (Gulliver’s Travels)

Esta obra clássica, escrita por Jonathan Swift, em 1726, teve várias adaptações questionáveis no cinema, mas a pior, sem dúvidas, foi a de 2010, com direção de Rob Letterman e com atuação de Jack Black, além do enredo questionável, algo que era para ser desesperador, se tornou cômico. Um desastre.

Sinopse: Este livro conta a história de Lemuel Gulliver, um médico aventureiro que abandonou sua família, na Inglaterra, para desbravar novas terras, que depois de naufrágios e tormentas, acaba aportando em terras muito estranhas. Ele vai a Lilipute, onde as pessoas não medem mais de 15 centímetros; depois chega a Brobdingnag, onde as pessoas têm a altura de torres de igreja; e vai ainda ao País dos Houyhnhnms, onde os habitantes mais importantes são cavalos, não homens.

Adaptação: Lemuel Gulliver trabalha como entregador de correspondências para um jornal de Nova York. Quando viaja a trabalho para o Triângulo das Bermudas, seu barco é desviado por uma tempestade e vai parar na cidade mágica de Liliput, onde as pessoas são bem pequenas.

4 – Divergente (Divergent – 2014)
A história em si é bem parecida com a do livro, os atores funcionam em separados, mas não sei o que acontece naquele filme que parece que nada se encaixa, a ideia do enredo até que é boa, mas você já é introduzido no mundo caótico sem muito explicação do que aconteceu para ele ser dividido por facções.

Você não se sente parte daquela injustiça, como acontece no livro (quando assisti ao filme só conseguia lembrar do filme O Doador de Memórias – também do mesmo ano e com uma história e desenvoltura bem melhor). Tempo perdido. Leia o livro.

Sinopse: Divergente foi escrito por Veronica Roth, em 2011, e conta a história de uma Chicago futurista, onde a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.

Adaptação: Dirigido por Neil Burger, em 2014, Na futurística Chicago, quando a adolescente Beatrice (Shailene Woodley) completa 16 anos ela tem que escolher entre as diferentes facções que a cidade está dividida. Elas são cinco e cada uma representa um valor diferente, como honestidade, generosidade e coragem. Beatrice surpreende a todos e até a si mesma quando decide pela facção dos destemidos, diferente da família. Ao entrar para a Audácia ela torna-se Tris e entra numa jornada para afastar seus medos e descobrir quem é de verdade. Além disso conhece Quatro (Theo James), rapaz experiente que consegue intrigá-la e encantá-la ao mesmo tempo.
3) Cemitério Maldito (Pet Semetery)
Agora vou ser polêmica, afinal o filme foi roteirizado pelo próprio Stephen King, e incrivelmente é algo muito similar o que aconteceu com O Iluminado, de Stanley Kubrick (onde também o livro é imensamente melhor do que o filme); o filme tem até algum suspense, mas não te deixa apreensivo e nem simpatizante com a dor do protagonista e de sua esposa – como no livro -. 

Quando o bebe morre, no livro, eu chorei e fiquei imensamente sentida com a dor dos pais, o que não acontece no filme que, na época, foi genial e hoje ainda é considerado um Cult, mas que para mim, hoje é uma obra datada. 

O que não acontece com os livros e consecutivamente filmes de O Exorcista (escrito genialmente por William Peter Blatty – 1971 e filmado em 1974 e dirigido por William Friedkin), e nem com os filmes de Alfred Hitchcock, como Psicose (1960), que ainda me parece atual e com uma fotografia incrível. O livro é melhor com certeza.

Sinopse: Escrito por o mestre do terror Stephen King, Louis Creed, um jovem médico de Chicago, acredita que encontrou seu lugar naquela pequena cidade do Maine. A boa casa, o trabalho na universidade, a felicidade da esposa e dos filhos lhe trazem a certeza de que fez a melhor escolha. Num dos primeiros passeios familiares para explorar a região, conhecem um ‘simitério’ indígena no bosque próximo a sua casa. Ali, gerações e gerações de crianças enterraram seus animais de estimação. 

Para além dos pequenos túmulos, onde letras infantis registram seu primeiro contato com a morte, há, no entanto, um outro cemitério. Uma terra maligna que atrai pessoas com promessas sedutoras e onde forças estranhas são capazes de tornar real o que sempre pareceu impossível.
Adaptação: dirigido por Mary Lambert, em 1989, uma série de acontecimentos estranhos se inicia após a morte do gato da família Creed. Aos poucos eles percebem que um antigo cemitério, que fica nos fundos da casa, pode ter ligação com esses eventos.
2 – A Rainha dos Condenados (The Queen of the Damned) 
Anne Rice é a Rainha dos Vampiros, e depois do sucesso do filme homônimo Entrevista Com O Vampiro (Interview with the Vampire 1994, com Brad Pitt, Tom Cruise, Antonio Bandeiras e Christian Slater) houve uma tentativa de continuação. 

O livro possui uma riqueza de detalhes que faz com que o leitor seja cúmplice da trama. O personagem Lestat (o vampiro roqueiro) é forte e destemido e Akasha (A rainha dos vampiros) é extremamente poderosa. Lestat (de Anne Rice) faz com que o leitor fique envolvido com o que vai acontecendo e o restante das crônicas (contos) são unidas no final. 

Personagens importantes simplesmente desaparecem ou mudam de sexo no filme, parte da história não existe, o que deixa o enredo confuso e dá ênfase para coisas que não tem sentido. Alias, quem assiste o filme sem ler o livro não entende nada de tão resumido e ruim que ele é (com exceção da trilha sonora que é muito boa, aliás). Super resumido, com atuações péssimas e risíveis fazem de A rainha dos Condenados um dos piores filmes que já assisti. Anne Rice deve ter ficado com vergonha.

Sinopse: Em A Rainha dos Condenados, a escritora americana, Anne Rice (1988), retoma os personagens que a tornaram famosa e faz o livro de maior suspense e densidade de suas Crônicas Vampirescas. Aqui, há vampiros para todos os gostos. Jovens e delinqüentes, como Baby Jenk, da Gangue das Garra, românticos como Armand e Daniel, estudiosos como Jesse, que investiga para a organização conhecida como Talamasca, a história desses seres estranhos, imortais misturados entre mortais, para quem sangue, sexo e morte são elementos indissolúveis do dia-a-dia. 

Reunidos em torno de Lestat, eles respondem ao chamado de sua música quase hipnótica e correm, ao longo da narrativa de Anne Rice, um perigo difícil de evitar. É que o som de Lestat desperta Akasha, a mãe dos vampiros, a encarnação da força maléfica feminina, disposta a escolher os justos, entre os vampiros, através de um banho de sangue. 
Adaptação: Dirigido por Michael Rymer, em 2002. O lendário vampiro Lestat reinventou-se no século 21 como uma estrela do rock. Sua música faz com que Akasha, a rainha dos vampiros, desperte e deseje fazer dele seu rei. Mas, uma jovem e bela garota de Londres também está apaixonada por Lestat.
1 – O Perfume: A História de um assassino (Das Parfum, die Geschichte eines Mörders)
Eu já perdi as contas de quantas vezes li este livro em especial, com certeza ele deve ser meu favorito. Não importa quantas vezes você o relê ele sempre parece diferente, é surpreendentemente incrível. Conta como Jean – Baptiste Grenouille se tornou um assassino. 

Sua jornada é tão absurdamente introspectiva que faz com que tentamos entrar em sua cabeça para entender o que aconteceu. O livro é de uma sinestesia tão louca que faz com que você, através da escrita, consiga aprender a distinguir cheiros dos quais jamais imaginou. Ele transcende o papel e começa a interferir no seu dia a dia. Poucos livros possuem esta finalidade. 

Agora, o filme, gente, é uma tragédia, com exceção à fotografia, que é belíssima. Não que a história seja diferente do enredo, mas o jeito que ele é colocado, tentando fazer com que o personagem que, no livro, era asqueroso, se transforme em alguém com que tenhamos empatia. Não que você não entenda, apesar de absurdas suas razões, mas ele não é palatável como foi filmado e nem um coitado. Com certeza, vale a pena ler o livro antes de assistir o filme, que não é dos piores, mas que nada representa a beleza que Patrick Süskind transmitiu em sua literatura.

Sinopse: Escrito por Patrick Süskind em 1985 , situa-se na França, século XVIII. O recém-nascido Jean-Baptiste Grenouille é abandonado pela mãe junto a restos de peixes em um mercado parisiense. Rejeitado também pela natureza, que lhe negou o direito de exalar o cheiro característico dos seres humanos, pelas amas-de-leite e por instituições religiosas, o menino Grenouille cresce sobrevivendo ao repúdio, a acidentes e doenças. Ainda jovem descobre ser dotado de imensa sensibilidade olfativa e parte em busca da essência perfeita, do perfume que lhe falta para seduzir e dominar qualquer pessoa. Nessa busca obsessiva, ele usurpa a essência dos corpos de suas vítimas.

Adaptação: Dirigido por Tom Tykwer, em 2007, França do século 18, Jean-Baptiste Grenouille é um aprendiz de perfumista com o dom incomum de diferenciar todos os odores à sua volta. Sua obsessão é extrair e preservar o aroma da feminilidade, o mais sublime dentre todos.
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