Especial: Um pouco mais sobre o Óscar – Documentário, Curtas e Filme Estrangeiro


Como já tratamos de curta-metragem de animação em nosso post de Música e Animação (você pode conferir clicando aqui) ou, se perdeu também o de parte técnica (aqui), vamos tratar neste de:

– Documentário em Curta-Metragem;
– Documentário;
– Filme em curta-metragem;
– Filme em língua estrangeira (ou Filme em Língua não inglesa)
Devo começar dizendo que são categorias extremamente ingratas. Infelizmente! De todos os concorrentes, o acesso mais fácil é para os filmes em língua estrangeira. Documentários e Documentários em curta-metragem são categorias de acesso muito difícil ao material, realidade, verdade seja dita, que está mudando nos últimos anos. Neste ano, por exemplo, temos 3 concorrentes (2 de documentário e 1 de documentário em curta-metragem), produzidos e disponíveis na Netflix. Os filmes em curta-metragem, por sua vez, que em geral são muito interessantes, justiça seja feita, são os mais difíceis de encontrar para assistir.
Mas isso não impedirá de falarmos brevemente sobre eles!

– Documentário e Documentário em Curta-Metragem: São premiados as melhores histórias reais, contadas com a menor interferência possível. Geralmente os escolhidos são os que contam histórias extremamente relevantes, ou, uma história de apelo popular muito forte. O que difere aqui um longa de um curta, obviamente, é a duração, sendo que todo curta deve ter até 40 minutos de duração.

Como não existe limite para duração em documentário em longa metragem, o vencedor do ano passado, quebrou um recorde na academia.

O.J Made in América, é o filme mais longo premiado pela academia. São 7h47m de duração sobre o julgamento de um dos casos que mais chocou e dividiu os EUA.
O Brasil já foi representado nesta categoria 3 vezes: Em 1979, com Raoni (Produção Brasileira, Belga e Francesa), em 2011 com Lixo Extraordinário e 2015 com Sal da Terra.
Para quem achou que Walt Disney havia ficado lá na categoria de animação: ledo engano! Nesta categoria ele é o maior vencedor com 4 estatuetas de 7 indicações que recebeu.

Já em documentário em curta-metragem, o vencedor do ano passado foi o primeiro filme da Netflix a ser agraciado com um Óscar: Os Capacetes Brancos, que narra a história de um grupo de voluntários que protegem os sírios na guerra civil da Síria.

Os concorrentes deste ano são:
Documentário: Abacus: Small Enough to Jail, Faces Places, Icarus (disponível na Netflix), Last Men in Aleppo e Strong Island (disponível na Netflix).
Documentário em curta-metragem: Edith+Eddie, Heaven Is a Traffic Jam on the 405, Heroin(e) (disponível na Netflix), Knife Skills e Traffic Stop.

Os Capacetes Brancos – Vencedor de Documentário em Curta-Metragem em 2017

– Filme em curta-metragem: São os filmes com até 40 minutos de ficção. A categoria já foi separada em duas: Oscar de Melhor Curta-Metragem: 1 Bobina e 2 Bobinas. Ou seja, podemos dizer que antes da fusão das categorias, tínhamos um “Oscar de melhor filme em curtíssima-metragem” e um Oscar de melhor filme em curta-metragem”.
Foi somente a partir de 1957 que a categoria passou a ser premiada como a conhecemos hoje.
O vencedor atual é o Húngaro Sing, nome original Mindenki.
O Brasil já foi representado nesta categoria por Uma História de Futebol, em 2011.


Os concorrentes deste ano são: DeKalb Elementary, The Eleven O’Clock, My Nephew Emmett, The Silent ChildWatu Wote / All of Us.

– Filme em língua estrangeira: O melhor filme produzido fora dos EUA e em língua não inglesa participam desta categoria. O processo de escolha dos indicados é um pouco diferente dos demais. Um comitê escolhe 6 filmes, enquanto, um comitê especial, seleciona outros 3 filme. Com estes 9 escolhidos, um novo comitê, com 30 membros, seleciona quais os 5 concorrentes.
De todos os prêmios distribuídos até hoje, a maioria esmagadora foi para filmes europeus. São 54 de 66 estatuetas.

Antes do O.J Made in América, o filme mais longo a vencer um Óscar, saiu desta categoria. O longa soviético Voyna i Mir venceu em 1969 com suas 7h7m!

O Brasil já foi espetacularmente representado nesta categoria. Pena que preterido em todas. Foram 4 oportunidades: Em 1963 com O Pagador de Promessas, depois em 1996 com O Quatrilho, logo na sequencia em 1998 com O Que é Isso Companheiro? e por fim em 1999 com Central do Brasil, que além de filme colocou Fernanda Montenegro como a única brasileira a concorrer um Óscar de Melhor Atriz.

A maior curiosidade para nós, Brasileiros, fica com as 4 indicações de Cidade de Deus (Roteiro Adaptado, Diretor, Montagem e Fotografia) no Óscar 2004, mas, sem a indicação a Filme Estrangeiro.


Os indicados deste ano são: Uma Mulher Fantástica (Chile), O Insulto (Líbano), Sem Amor (Rússia), De Corpo e Alma (Hungria) e The Square (Suécia).

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