Primeiras Impressões: Raio Negro (2018, de Salim Akil)

Com
a ascensão dos heróis negros no Universo da Marvel, em ambas
plataformas, destacando-se Pantera Negra e Luke Cage, a sua
concorrente, DC Comics, começa a dar seus primeiros passos sobre a
introdução dos seus personagens negros como protagonistas. O
pioneiro, neste caso, é Raio Negro (coincidentemente ou não, ele foi o primeiro herói negro da DC a ter um grande destaque, em meados da década de 70), um herói que pretende lutar
contra o preconceito racial existente em sua comunidade e ao mesmo
tempo, tentando se restabelecer em sua vida pessoal com suas filhas e
ex-esposa. 

Diferentemente
de outros heróis apresentados até então, Raio Negro está
aposentado pelo seu alter ego Jefferson Pierce durante nove anos, mas
certos fatos envolvendo racismo por parte de policiais brancos e
violência contra suas filhas (Jennifer e Anissa) por uma gangue
local, os The 100, contrariam toda sua personalidade e promessa feita
para sua ex-esposa Lynn (
Christine Adams), voltando à ativa com o herói. 


A
proposta parece ser interessante, devido ao fato de reinventar a
narrativa de contar uma nova história para um herói. Aqui não
teremos as ladainhas de sempre de um novo super herói, mas sim, as
consequências causadas de um passado perturbador que colocariam em
cheque a relação de Jefferson Pierce com sua família. Em tempos de
manifestações por redes sociais e opiniões que quase sempre não
são unânimes, a série aborda diversas questões sociais logo em
seus episódios iniciais e são elas que poderão dar um ritmo
frenético de tensão e clímax futuramente. O descobrimento de
Jennifer sobre seus poderes poderá ser uma pimenta a mais.

Vale
destacar também alguns personagens interessantes, como o antagonista
Tobias Whale, interpretado por Marvin “Krondon” Jones III,
que entrega uma perfeição vilanesca ao personagem. O fato de já ser assustador pela sua fisionomia dão uma veracidade ainda mais
artística ao vilão. Peter Gambi (James Remar) é outro que podemos
fazer boas ressalvas. O alfaiate que customiza os uniformes do Raio
Negro
se apresenta como um “Alfred”, auxiliando nas missões
cotidianas de Jefferson Pierce. Mas há algo que pode subtrair essa
amizade de anos. Um fato isolado pode colocar em cheque sua lealdade.
Esperamos
muitas coisas boas em relação a
Raio Negro, abordando todos os
tipos de diversidade, criando um aspecto que aproxime do público. A
temática de ser um salvador do povo negro é a chave para salientar
as principais ideias do roteiro. A comunidade o endeusa por suas ações de buscar justiça por eles, porém sempre temos o lado contrário, e é neste caso que poderemos ter o clímax para toda a série. As alternativas sempre estão sujeitas as pressões psicológicas
interferindo o modo de agir e acarretar situações sustentadas pela parte social. Pode ser como Raio Negro ou sendo simplesmente Jefferson Pierce, suas escolhas ditaram o rumo da história. Não percam então a nova série da
The CW, que tem a Netflix como distribuidora fora dos Estados Unidos.
Toda terça um episódio novo para você se entreter.


E você, já começou a assistir? Não? Tá esperando o que pra começar? Não deixe de nos seguir em nossas redes sociais





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