O gênero de filmes biográficos sempre esteve à tona ao longo dos anos. Presentes nos indicados e vencedores do Oscar, no favoritismo do público, por serem baseados em uma história real, ou por sempre manter uma mensagem de sucesso, são filmes esperados e que alcançam uma certa expectativa do público e dos críticos. E em O Rei do Show isso tudo é acompanhado com outro gênero bastante conhecido, o musical, e querendo – ou não, é isso que define a qualidade do filme como um todo.
O filme já começa com uma apresentação a estilo musicais mesmo, passa alguns minutos e já temos mais cantoria, e assim se vai. Logo percebemos que o filme opta por isso, mas vai além, as músicas e coreografias são em um ritmo estimulante, rápido, que promove a imersão do público por aquela alegria ou ritmo contagiante, e assim o filme escolhe por seguir esse mesmo estilo em sua composição total, trazendo mais dinamismo para a sua história, e é nisso que o filme crava o seu maior triunfo e derrota.
Mas ok, isso não é tão desconcertante se o filme optar por seguir isso e ter a noção disso, mas aí que está o maior tropeço, ele não tem. Em diversos momentos é necessário o apego a algo no filme para o público ter a experiência proposta por alguns conjuntos de cenas, mas como ter tal apego se tudo foi simplesmente colocado em tela sem uma construção, ou desenvolvimento?
Porém, como disse, há um triunfo em ter esse dinamismo, e ele está na sua parte musical. As coreografias são boas, as músicas legais e empolgantes, aliás, ouso dizer que se o filme fosse só isso, o mesmo teria outro aspecto, uma qualidade melhor.
De resto temos músicas boas, um design de produção interessante, fotografia comum, e um figurino que é compatível com a época em que se passa – além de uma montagem que em momentos peca, mas em outros acerta por sua suavidade.
Por fim, O Rei do Show é um filme que erra como drama, erra como biografia, mas acerta como musical – não totalmente, e isso salva toda a obra. É um filme que agrada, diverte, e apesar de tudo, traz uma boa sensação no final. Ao grande público agrada, já aos cinéfilos e espectadores mais ácidos, pode decepcionar, já que tropeça em si mesmo em diversos momentos. Um ótimo entretenimento.
Gostou da crítica? E do filme? Comente sua opinião 😀