Ranqueando a Saga Star Wars

Finalmente chegou o momento que esperamos o ano todo para vivenciar. Natal? Festas de fim de ano? Que nada; estamos falando, é claro, da estreia de Star Wars: Episódio VIII – Os Últimos Jedi. Para comemorar o lançamento do segundo capítulo da nova trilogia da série que atrai multidões para o cinema há 40 anos, resolvemos criar o ranking “oficial” da equipe do Minha Visão do Cinema dos oito filmes da franquia Star Wars.

As regras são simples: cada um dos redatores participantes criou o seu top 8 dos episódios + Rogue One e as posições finais foram selecionadas através dos pontos que cada filme recebeu com as listas. A pontuação cresce conforme a posição nas listas decresce, então a oitava posição de uma lista ganha um ponto e a primeira, oito. Sem mais delongas, vamos ao ranking:


8 – Episódio II: Ataque dos Clones (13 pontos)

Para a surpresa de ninguém, um filme da trilogia prequel ficou em último lugar. George Lucas já havia decepcionado muita gente com A Ameaça Fantasma, porém a maior vergonha alheia da franquia ainda estava por vir: Ataque dos Clones, que se passa alguns anos após o episódio I, é protagonizado pelo jovem Anakin Skywalker, interpretado por Hayden Christensen. Infelizmente, o ator não consegue atrair o público devido à sua falta de carisma e nem ser respeitado ou temido como pré-Darth Vader, porque seus momentos “malvados” soam mais como um adolescente birrento. Adicione a isso um romance sem sal recheado de diálogos forçadíssimos e temos então o nosso último colocado na lista; nem tudo está perdido, no entanto, e o episódio II consegue, felizmente, engatar no terceiro ato com uma batalha repleta de Cavaleiros Jedi em ação e um duelo de sabres impressionante em que podemos, finalmente, ver todo o potencial do mestre Yoda.

7 – Episódio I: A Ameaça Fantasma (16 pontos)



Provavelmente uma das maiores decepções da história do Cinema, A Ameaça Fantasma chegou com a promessa de abrir uma nova trilogia Star Wars com chave de ouro, finalmente contando a história da queda de Anakin Skywalker e ascensão de Darth Vader. A entrega não foi exatamente essa, o que recebemos foi uma espécie de thriller político sem emoção: a trilogia original era sobre personagens cativantes e aventuras emocionantes, o episódio I é sobre federações, boicotes, hierarquia e atentados políticos. A narrativa não é vergonhosa como o romance de Ataque dos Clones, porém foca muito nos acontecimentos e menos nos personagens, transformando quase todos os atores em robôs para entrega de diálogos expositivos. Há bons momentos, é claro; a corrida de pods é muito bem executada e a batalha final entre Qui-Gon-Jinn, Obi-Wan e Darth Maul é extremamente dinâmica e acompanhada por uma das melhores composições para a trilha sonora da série.



6 – Episódio VI: O Retorno de Jedi (17 pontos)

Após o amadurecimento da franquia em O Império Contra-Ataca, é estranho perceber a quantidade de momentos bobinhos em O Retorno de Jedi: do número musical da banda no palácio do Jabba em Tatooine à infame sequência dos Ewoks destruindo completamente o “grupo de melhores soldados do imperador”, o contraste com o tom do episódio antecessor realmente incomoda e por isso o filme acaba sendo considerado o mais fraco da trilogia original. Felizmente, se ignorarmos esses momentos, temos em mãos um bom capítulo de encerramento (pelo menos até a chegada dos novos filmes) para nossos queridos personagens. Han e Leia estão com uma relação divertidíssima, como sempre, e todo o arco que envolve o trio Luke-Vader-Imperador tem um poder emocional muito forte; a resolução do conflito, inclusive, fecha a trilogia de forma poética e satisfatória.



5 – Rogue One (20 pontos)



Você pode dizer o que quiser sobre Godzilla (2014), mas é inegável a sensação de tamanho, grandeza, profundidade e realismo que Gareth Edwards trouxe para aquela obra. Com Rogue One não é diferente; muitos reclamaram da falta de carisma dos personagens, da fraca dramaticidade das cenas supostamente emocionantes e de uma narrativa lenta nos dois primeiros atos e essas são reclamações válidas, porém a troca de perspectiva para as cenas de ação que Edwards traz é muito bem-vinda, resultando nos 40 minutos finais espetaculares do filme. Deixando um pouco de lado a magia e inocência da fantasia desse universo, vivenciamos em Rogue One a primeira guerra propriamente dita da série Star Wars (irônico, não?): os passos dos AT-AT’s têm peso, os tiros dos stormtroopers finalmente ameaçam, as explosões são mais realistas e as batalhas aéreas são as melhores da franquia; é tudo um espetáculo audiovisual.



4 – Episódio VII: O Despertar da Força (21 pontos)



“Chewie, estamos em casa” é a primeira frase dita por Han Solo em O Despertar da Força e ela é válida também para a sensação que fica no coração dos fãs durante toda a duração do filme. O episódio VII nada mais é do que uma volta às raízes da série recheada de momentos feitos exclusivamente para agradar os fãs, nesse sentido é praticamente uma obra projetada para alegrar quem a trilogia prequel não alegrou. Tudo isso resulta em uma obra que, embora jogue seguro ao evocar Uma Nova Esperança a todo momento, consegue emocionar e divertir muito quem estava morrendo de saudades da trilogia original. Quem viu o filme no cinema (na estreia, principalmente) sabe como ele conseguiu mexer com os sentimentos dos espectadores, e não é para isso que a Sétima Arte serve?



3 – Episódio III: A Vingança dos Sith (24 pontos)

De longe o episódio mais sombrio da franquia em tom e atmosfera, A Vingança dos Sith é a ponte perfeita entre a trilogia prequel e a original. A história da transformação de um Cavaleiro Jedi dedicado à luz para um usuário do lado sombrio fiel a um Lorde Sith não poderia ser contada de outra forma senão com o máximo de impacto possível e impactante é uma das características principais do episódio III, principalmente no terceiro ato. Os diálogos fracos do roteiro de George Lucas ainda se encontram (“O amor não pode te salvar, Padmé; apenas os meus novos poderes podem”), porém a narrativa é tão pesada e atmosférica que estes se tornam apenas pequenos incômodos. A Vingança dos Sith é violento, surpreendente e poético no modo como executa certos eventos com consequências nos filmes originais; resumindo, foi para contar essa história que Lucas criou a trilogia prequel.



2 – Episódio IV: Uma Nova Esperança (30 pontos)



O primeiro filme da franquia, na época intitulado apenas Guerra nas Estrelas, chega apenas para entreter o espectador e faz isso de forma ridiculamente eficiente. Não é uma obra complexa; na verdade, sua simplicidade é sua maior força. A história que George Lucas conta aqui é quase que um conto de fadas: o bem e o mal estão muito bem definidos, há personagens cativantes e momentos memoráveis; permanece também durante toda a obra um senso de magia e admiração com planos belíssimos e uma narrativa que nunca perde o ritmo, entregando entretenimento puro do início ao fim. O encerramento é feliz e não deixa a narrativa exatamente aberta para sequências, então a sensação que fica ao final é que você acabou de presenciar uma pequena história perfeita pelo que ela é: mágica.



1 – Episódio V: O Império Contra-Ataca (37 pontos)



Os produtores de O Império Contra-Ataca sabiam que a magia de se assistir Uma Nova Esperança pela primeira vez nunca poderia ser recapturada; como fazer, então, a sequência para um filme tão eficiente como aquele? Simples, você pega aquela história e adiciona profundidade aos personagens, juntamente com situações mais dramáticas e uma expansão da mitologia do universo. Foi exatamente isso que o episódio V fez, e com perfeição. O melhor capítulo da série Star Wars, segundo o Minha Visão do Cinema, é muito mais complexo, atmosférico e imprevisível do que seu antecessor. O roteiro captura os personagens já queridos na cabeça do público e expande suas visões de mundo, os colocando em posições complicadas que surpreendem os espectadores ao mesmo tempo que desenvolvem os protagonistas, os fazendo perceber que nem tudo é um mar de rosas. O Império Contra-Ataca conquistou, merecidamente, a primeira colocação na lista tomando decisões corajosas que desviaram a franquia para novas direções, mais sombrias e interessantes.



Listas dos redatores:


Jônatas Iwata:
8 – Ataque dos Clones
7 – A Ameaça Fantasma
6 – Rogue One
5 – O Retorno de Jedi
4 – A Vingança dos Sith
3 – O Despertar da Força
2 – O Império Contra-Ataca
1 – Uma Nova Esperança




Leonardo Costa:
8 – A Ameaça Fantasma
7 – Ataque dos Clones
6 – Rogue One
5 – O Retorno de Jedi
4 – O Despertar da Força
3 – Uma Nova Esperança
2 – A Vingança dos Sith
1 – O Império Contra-Ataca



Natália Vieira:
8 – O Despertar da Força
7 – A Vingança dos Sith
6 – Uma Nova Esperança
5 – O Retorno de Jedi
4 – Rogue One
3 – Ataque dos Clones
2 – O Império Contra-Ataca
1 – A Ameaça Fantasma




Rodrigo Zanateli:
8 – O Retorno de Jedi
7 – Ataque dos Clones
6 – O Despertar da Força
5 – A Ameaça Fantasma
4 – Uma Nova Esperança
3 – Rogue One
2 – A Vingança dos Sith
1 – O Império Contra-Ataca




Vinicius Dellvale:
8 – A Ameaça Fantasma
7 – Ataque dos Clones
6 – A Vingança dos Sith
5 – O Retorno de Jedi
4 – Rogue One
3 – O Despertar da Força
2 – O Império Contra-Ataca
1 – Uma Nova Esperança




E você? Concorda com a lista? Também é fã de Star Wars? Deixe sua opinião aí nos comentários.

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