Especial: Lista de filmes para ver no mês da Consciência Negra



É comemorado no Brasil, no dia 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra, feriado criado no intuito de criar uma reflexão sobre o papel do negro no mundo, visto que, apesar da abolição da escravatura em nosso país ter acontecido há 129 anos, ainda existem muitas barreiras a serem derrubadas em prol de uma sociedade menos preconceituosa, mais igual e mais justa.

Fizemos uma lista de filmes que visam apresentar um pouco da história do povo negro, que apesar de muitas vezes extrapolarem o sentido de crueldade e parecerem bem fictícias, são em sua maioria, baseadas em fatos reais. Talvez seja necessário um pequeno disclaimer com relação ao conteúdo do texto. Não pretendo aqui detalhar ou revelar muito sobre as obras, e sim apresentá-las de modo a gerar alguma curiosidade ou interesse por parte do leitor ao tema. Caso haja alguma obra em específico cuja a crítica já tenha sido feita no blog, vou linca-la junto ao filme, juntamente com sua disponibilidade ou não no catálogo da Netflix, que poderá facilmente ser identificado pela presença de um NETFLIX antes do texto em questão.

O post vai ser separado em uma escala baseada nos trechos de Freedom, de Anthony Hamilton e Elayna Boynton (música presente em Django Livre), indo de uma realidade mais cruel à uma mais otimista. Ou seja, os filmes no topo da postagem serão mais pesados, onde a história trará um futuro mais incerto e um presente bastante flagelado, já os do final, serão mais leves, trazendo visões mais otimistas.

Life hasn’t been very kind to me lately
A vida não tem sido muito gentil comigo ultimamente

12 Anos de Escravidão (2013)
12 Years a Slave

NETFLIX
Passado em 1841, 12 Anos de Escravidão te leva a conhecer a história de Solomon Northup, um homem letrado, livre e com família, que é obrigado a voltar a condição de escravo depois de ser sequestrado e vendido. Apesar de absurda, é uma história baseada em fatos reais. A direção precisa de Steve MCqueen, a atuação dos atores e a duração das cenas mais chocantes te fazem viajar e sofrer junto com o protagonista os grandes terrores passados pelos escravos nas mãos de seus senhores. 

Dirigido por Steve McQueen e roteirizado por John Ridley, o filme tem no elenco Chiwetel Ejiofor, Lupita Nyong’o, Michael Fassbender, Benedict Cumberbatch, Brad Pitt, Sarah Paulson, Alfre Woodard, Paul Dano, Paul Giammatti, Michael K Willians, Kelsey Scott e Dwight Henry.

“There was a time when I thought I would have to give up but I’m thankful that I’m strong as I am and I’ll try to do the best I can”
Slave Song (Sade)

O Nascimento de Uma Nação (2016) 
The Birth of a Nation



Baseado na história da rebelião de escravos que ocasionou na morte de dezenas de pessoas em 1831 no Condado de Southampton, O Nascimento de Uma Nação mostra a trajetória de Nat Turner, o líder do movimento. No longa, o futuro líder, por ser uma criança escrava alfabetizada, é ajudado pela família dos senhores a qual pertencia à aperfeiçoar sua habilidade de leitura, mostrando-lhe, através desta, o caminho do catolicismo, o que o transforma em uma pessoa bastante religiosa. Apesar de ter crescido como escravo, os senhores, da casa na qual pertencia juntamente com o restante de sua família, sempre o trataram de forma bastante “humana”, fazendo-o sentir parte de um ambiente familiar, por isso, sua perspectiva da real significância da vida escravocrata era bastante cega. Seu olhar começa a mudar quando lhe é pedido por seu senhor para lhe acompanhar para realizar sermões bíblicos aos escravos das fazendas vizinhas para levantar a moral – em troca de uma quantia em dinheiro por parte do senhorio solicitante do serviço. Isso acaba se tornando a saída da caverna para o escravo, que assim como na alegoria de Platão, acaba descobrindo uma verdade muito maior do que ele conhecia, só que infelizmente, bastante injusta e cruel para o seu próprio povo. O escravo, letrado e bastante religioso, tal como Joanna d’Arc, passa a receber mensagens divinas lhe orientando em como liderar seu povo rumo à liberdade. 

Dirigido, roteirizado e protagonizado por Nate Parker, o filme tem no elenco Armie Hammer, Aja Naomi King, Jackie Earle Haley, Penelope Ann Miller e Gabrielle Union. 

Link com a crítica de O Nascimento de Uma Nação
“Southern trees bear strange fruit Blood on the leaves and blood at the roots”
Strange Fruits (Nina Simone)

Quilombo (1984)
Quilombo

Quilombo conta a história do quilombo, cuja a data da morte de seu principal protagonista, Zumbi, é utilizada para celebrar o dia que da título a este post. 
O filme se divide basicamente em duas partes; a primeira mostrando a chegada de um grupo de escravos ao Quilombo dos Palmares – que como diz a letra de Gilberto Gil em Quilombo, o Eldorado Negro, era um local bastante almejado pelo povo negro – e a ascensão de Ganga Zumba como líder; e a segunda parte, o nascimento e criação de Francisco, que mais tarde, ao chegar no famigerado Quilombo, recebe o nome de Zumbi.    

Além da história do Quilombo dos Palmares e seus principais protagonistas, como Zumbi, Ganga Zumba e Jorge Velho, o filme tem a presença de Ana de Ferro (vivida por uma jovem Vera Fischer), uma prostituta holandesa que teve uma presença notória no período em questão. Apesar do filme ter cortes meio bruscos, e muitas vezes te dar a sensação de estar vendo uma peça de teatro mal ensaiada, ele transmite aquilo que se propõe, que é a história do Quilombo dos Palmares, alguns dos costumes de seus habitantes e como zumbi se tornou um grande líder conseguindo criar uma forte resistência contra a dominação da Coroa Portuguesa. 

Dirigido e roteirizado por Cacá Diegues, Quilombo tem no elenco Tony Tornado, Antônio Pompeo, Zezé Motta, Vera Fischer, Maurício do Valle, Daniel Filho, Camila Pitanga, Milton Gonçalves, Jorge Coutinho e Jonas Bloch.

“Existiu um eldorado negro no Brasil. Como o clarão que o sol da liberdade produziu. Refletiu a luz da divindade, o fogo santo de Olorum. Reviveu a utopia um por todos e todos por um”
O Eldorado Negro (Gilberto Gil)

O Nascimento de Uma Nação (1915)
The Birth of a Nation 
Você pode estar se perguntando agora – ora, de novo? Na verdade, apesar de possuírem o mesmo nome, O Nascimento de Uma Nação de 1915 e o de 2016 são bem diferentes. O de 1915 é baseado em um livro de 1905 escrito por Thomas Dixon Jr. chamado The Clansman: A Historical Romance of Ku Klux Klan. Bom, pelo Ku Klux Klan no título, já dá para se ter uma ideia que coisa boa não poderia ser, ainda mais em 1905. A intenção do autor no livro era “alertar” os estados do norte dos Estados Unidos sobre o “grande perigo” de permitir que os negros fizessem parte do “mundo dos brancos”. Falo um pouco mais sobre o impacto social negativo que o filme teve mais abaixo no texto sobre a 13ª Emenda. No filme de D. W. Griffith, todos os personagens negros – que na verdade eram brancos utilizando blackface – são retratados como sendo selvagens, violentos, bandidos, criminosos, estupradores etc e por isso, representam uma ameaça que somente pode ser vencida por ninguém menos que…os nobres e honrados cavaleiros da Ku Klux Klan. 

But I suppose it’s a push from moving on

Mas eu suponho que isso seja um impulso para seguir adiante

 A História de Rosa Parks (2002)
The Rosa Park’s Story
O longa conta a história de Rosa Parks, mulher negra que, cansada de tanta injustiça sofrida pela cor de sua pele, acabou se tornando um grande símbolo na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos quando, em dezembro de 1955, foi presa por se negar a dar seu assento à um homem branco em um ônibus. Nessa época, Montgomery, assim como várias cidades do sul tinham uma política de segregação no transporte público. Se já não fosse absurdo o bastante o fato de haver essa divisão entre as etnias dentro do transporte público, mais absurdo é o fato do negro ter que se levantar e dar prioridade a passageiros brancos, mesmo quando os lugares que ocupavam possuíam identificadores que “correspondiam à sua cor”. O ato de Rosa Parks em lutar por igualdade acabou desencadeando uma série de boicotes ao transporte público por parte da comunidade negra, o que, pouco a pouco, foi acendendo a chama do movimento pelos direitos civis dos negros. 


Dirigido por Julie Dash, o fime tem no elenco Angela Bassett, Cicely Tyson, Peter Francis James, Tonea Stewart, Dexter Scott King, Sonny Shroyer, Mike Pniewski e Von Coulter.

 Blackbird singing in the dead of night, take these broken wings and learn to fly.
All your life. You were only waiting for this moment to arise.
Blackbird (The Beatles)

Mandela: O Caminho para Liberdade (2013)
Mandela: A Long Walk to Freedom

NETFLIX
Baseado no livro homônimo de Nelson Mandela, Mandela: O Caminho para Liberdade acompanha a vida do ex-líder sul-africano em sua luta pelo direito dos negros. O filme cobre a vida dele como militante nas ruas na África do Sul durante o período de Apartheid, seus casamentos, sua prisão no início da década de 60 e soltura na de 90. Um dos grandes méritos do filme, é a transformação sofrida pelo Mandela vivido por Idris Elba, não somente pela maquiagem, mas por sua postura e comportamento, que vão de uma figura mais intensa e energética a uma mais pacífica e serena ao longo dos anos. Ordinary Love, música composta pelo U2 para o filme, recebeu o Oscar de Melhor Canção Original. 
Dirigido por Justin Chadwick e com roteiro de William Nicholson, o filme tem no elenco Idris Elba, Naomie Harris, Tony Kgoroge, Riaad Moosa, Terry Pheto, Jamie Barlett, Deon Lotz, Zolani Mkiva, Lindi Matshikiza, Fana Mokoena e Atandwa Kani.
“And we cannot reach any higher if we can’t deal with ordinary love”
Ordinary Love (U2)


In time the sun’s gonna shine on me nicely
Com o tempo o sol vai brilhar em mim agradavelmente

Invictus (2002)
Invictus
Seria interessante ver esse filme depois de ver Mandela: O Caminho para Liberdade, que mencionei mais acima, pois ele se passa logo depois dos eventos acontecidos nele. Em Invictus, já como presidente e com uma forte vontade de unificar o país e dizimar o preconceito racial existente, Nelson Mandela tem a ideia de utilizar a Copa Mundial de Rúgbi de 1995 – que seria sedeada na África do Sul – como instrumento para tal. Ao perceber que a equipe principal do país era composta em sua maioria por brancos e que o povo negro do país torcia para a equipe adversária, se deu conta que esse comportamento era fruto direto do período de Apartheid, no qual o país tinha uma forte política de segregação. Com isso em mente, ele chega a conclusão de que se conseguisse fazer com que todos os sul-africanos apoiassem a equipe nacional, a mácula, a barreira existente entre as duas etnias poderia se romper.

Dirigido por Clint Eastwood, Invictus tem no elenco Morgan Freeman, Matt Damon, Tony Kgoroge, Patrick Mofokeng, Julian Lewis Jones, Leleti Khumalo, Marguerite Wheatley, Adjoa Andoh, Matt Stern e Patrick Lyster.

“In the end we’ll lived up holding hands. 
Yes, we’ll spark in the night, we’ll be colorblind”
Colorblind (Overtone)


Os Panteras Negras: Vanguarda da Revolução (2014)
The Black Panthers: Vanguard of the Revolution
NETFLIX
Os Panteras Negras foram um grupo nascido em decorrência da grande violência sofrida pela população negra por parte da força policial nos Estados Unidos na década de 60. Um equivalente hoje em dia, com algumas características discrepantes, seria o Black Lives Matter. O documentário mostra como Os Panteras Negras conseguiram fazer com que sua militância armada e seus discursos de emponderamento influenciaram uma geração, fazendo com que o negro tivesse orgulho de ser quem é e de sua negritude, conseguindo inclusive, se fazer ouvir por jovens brancos que passaram a abraçar a causa deles.
“There’s one thing more I got to say right here Now, now we’re people, we’re like the birds and the bees We rather die on our feet than keep livin’ on our knees 
Say it loud, I’m black and I’m proud huh!”
Say It Loud (James Brown)

Malcolm X (1992)
Malcolm X
Na luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos nas décadas de 50 e 60, numa comparação bem quadrinesca, Martin Luther King Jr. estaria para o Charles Xavier assim como Malcolm X estaria para o Magneto. Enquanto o primeiro prezava pelo diálogo, a fraternização entre as pessoas de todas raças e a luta pelos direitos dos negros de forma pacífica, o segundo possuía um grupo de militantes armados não dispostos a darem o outro lado do rosto em caso de atacados e um discurso, a princípio, muito menos amistoso do que o de Luther King. O longa passa por toda a vida de Malcolm X, desde o assassinato de seu pai pela Ku Klux Klan ainda quando criança, sua conversão ao Islã até sua morte em 65.

Dirigido por Spike Lee, Malcolm X tem no elenco Denzel Washington, Spike Lee, Angela Bassett, Delroy Lindo, Albert Hall, Al Freeman Jr., Ossie Davis e Kate Vernon. 
“We gotta start makin’ changes
 Learn to see me as a brother instead of two distant strangers
And that’s how it’s supposed to be
How can the Devil take a brother if he’s close to me? 
I’d love to go back to when we played as kids. 
But things changed, and that’s the way it is”
Changes (2Pac)

Selma: Um Sonho de Liberdade (2014)

Selma

NETFLIX

Selma: Uma Luta pela Igualdade é baseado na incursão de Martin Luther King Jr. na cidade de Selma na década de 60, que assim como muitas outras no sul dos Estados Unidos, impunha condições absurdas para que o cidadão negro não fosse capaz de votar. Além da questão do forte racismo presente no sul dos Estados Unidos, o longa mostra também o lado isentão de Lyndon Johnson, que havia assumido a presidência após a morte de John F. Kennedy, em querer ficar em cima do muro com relação ao sistema eleitoral adverso no sul.

Dirigido por Ava DuVernay, o filme tem no elenco David Oyelowo, Oprah Winfrey, Carmen Ejogo, Tom Wilkinson, Common, Tim Roth, Andre Holland, Tessa Thompson, Lorraine Toussaint, Cuba Gooding Jr., Giovanni Ribisi, Wendell Pierce, Keith Stanfield e Niecy Nash.

“How many roads must a man walk down before we can call him a man”

Blowin’ in the Wind (Bob Dylan)

Nat King Cole: Afraid of the Dark (2014)
Nat King Cole: Afraid of the Dark 
 NETFLIX
Documentário que mostra parte da trajetória de um dos grandes nomes do Jazz. Reunindo várias entrevistas com personalidades como Tony Benett, Sinatra e a própria família de King Cole, mostra que apesar do grande carisma do jazzista, o forte preconceito racial existente na época parecia uma barreira intransponível em alguns círculos.


Corra! (2017)

Get Out

Uma das grandes surpresas deste ano, Corra! consegue, com seu roteiro bastante criativo, discutir questões sociais e apontar o elefante rosa no meio da sala utilizando-se de situações comuns e diálogos em um filme de terror que consegue utilizar a crítica ao racismo como grande temática. A sinopse do filme, de forma bem sucinta é: Chris, que é negro, finalmente vai conhecer os pais de sua namorada, Rose, que é branca e de família rica. Até aí, o que pode passar pela cabeça de quem estiver vendo são discordâncias que venham à acontecer por parte de uma família mais tradicional – entenda racista – no envolvimento da filha com uma pessoa negra. A proposta do filme se torna clara, que é satirizar o racismo, no momento em que o casal chega a casa dos pais da moça. Muitas das falas direcionadas ao protagonista negro, são um aglomerado de esteriótipos e preconceitos muito presentes na sociedade, que muitas vezes, passam despercebidos. 

Com direção e roteiro de Jordan Peele, Corra! tem no elenco Daniel Kaluuya, Allison Willians, Bradley Whitford, Catherine Keener, Caleb Landry Jones, Betty Gabriel, Keith Stantfield, Marcus Henderson e Stephen Root. 

 Se preto de alma branca pra você é o exemplo da dignidade. 
Não nos ajuda, só nos faz sofrer, nem resgata nossa identidade”
Identidade (Jorge Aragão)

Brasil: Uma História Inconveniente(2010)
Brazil: An Inconvenient History

 Brasil: Uma História Inconveniente é um documentário da BBC que ilustra o porquê da tal divida histórica que o país tem para com o povo negro. Ele mostra como os portugueses trouxeram os negros africanos – em números muito maiores daqueles levados aos Estados Unidos pelos americanos, inclusive – e os condicionaram a trabalho forçado em condições subumanas durante mais de 350 anos. E que mesmo após terem ganho a tão almejada liberdade, um pouco mais de um século atrás, eles ficaram à margem da sociedade.

 I’ll take you to a place where we shall find our roots bloody roots”
Roots Bloody Roots (Sepultura)

A 13ª Emenda (2016)

The 13th

NETFLIX
A 13ª emenda é o artigo da constituição americana que garante a liberdade a todas as pessoas, independente da raça ou credo, salvo em casos em que exista punição por crime. O documentário da Netflix ilustra, histórica e estatisticamente, como o sistema penitenciário americano explorou essa brecha na 13ª emenda para, ao longo dos anos, criminalizar e privar os negros de sua liberdade. Mostra como a imagem do negro vem sendo manchada desde o momento em que se tornou livre. O documentário começa mostrando a influência negativa que a exibição que O Nascimento de Uma Nação de 1915 – falado mais acima – teve na sociedade, visto que no filme, os negros são retratados como sendo criminosos, estupradores e assassinos, o que acabou ocasionando na prisão de muitos afro-americanos na época, por muito pouco ou quase nada. Esse costume se alastrou ao longo das décadas, inclusive o de se utilizar o negro como sendo esteriótipo de criminalidade, até em campanha presidencial. O documentário aponta como algumas campanhas presidenciais, como a de Nixon e Reagan, foram lançadas tendo como base um discurso racista mascarado.


A 13ª Emenda é dirigido por Ava DuVernay, a mesma diretora de Selma: Uma Luta pela Igualdade.


“Blind man on the corner begging for a dime. The rollers come and caught him, 
and throw him in the jail for a crime”
Why I Sing the Blues (B.B. King)

Something tells me good things are coming and I ain’t gonna not believe 
Alguma coisa me diz que coisas boas estão por vir e eu não vou não acreditar

Shaft (1971)
Shaft
Shaft é considerado como sendo o precursor dos filmes de ação com um protagonista negro e um dos grandes expoentes do Blaxpoitation – movimento surgido na década de 70 que visava justamente levar às telonas um maior protagonismo negro. Falei um pouco sobre o gênero quando fiz a crítica da primeira temporada de Luke Cage

John Shaft é um detetive particular contratado para resgatar a filha de um mafioso de outro mafioso. Simples assim. O carisma e desenvoltura do protagonista são o ponto alto do filme. Antes de Han Solo desferir seu célebre eu sei para o eu te amo da Princesa Leia no Império Contra-Ataca com seu jeito malandro galanteador, John Shaft já o havia feito quase que uma década atrás. A trilha sonora soul do longa fez bastante sucesso, tendo inclusive ganho o Oscar de Melhor Canção Original por Theme from Shaft.  

Dirigido por Gordon Parks, Shaft tem no elenco Richard Roundtree, Moses Gunn, Charles Cioffi, Christopher St. John, Gwenn Mitchell, Lawrence Pressman, Sherri Brewer, Victor Arnold, Camille Yarbrough, Rex Robbins, Arnold Johnson e Dominic Barto.

À Procura da Felicidade (2010)

The Pursuit of Happiness


De todos os filmes listados até então, esse sem sombra de dúvidas é o mais otimista. À Procura da Felicidade é baseado em um ano da vida de Christopher Gardner, período no qual ele ficou sem emprego, morando na rua, sem esposa e com um filho pequeno para cuidar, e mesmo assim, conseguiu dar a volta por cima. É um ótimo filme, uma história de vida inspiradora e um ótimo jeito de fechar a lista. 

Dirigido por Gabriele Mucino e roteirizado por Steven Conrad, o filme tem no elenco Will Smith, Jaden Smith, Thandie Newton, Brian Howe, Dan Castellaneta, James Karen, Kurt Fuller, Takayo Fischer, Domenic Bove, George Cheung, Scott Klace, Geoff Callan e Kevin West. 
“I know I can be what I wanna be if I work hard at it I’ll be where i wanna be”
I can (Nas)

E aqui termina a nossa lista. Curtiram? Deixem nos comentários algum filme que poderia estar na lista ou que recomendam!

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