Crítica: Amityville: O Despertar (2017, de Franck Khalfoun)

Uma casa. Um endereço, Ocean Avenue
112, situada em um vilarejo de Nova York, Amityville. Um assassinato
que chocou os americanos, em 1974, no dia 13 de novembro. Uma família
destruída, supostamente por uma lenda que rondava aquele lar. A
história virou filme, intitulado Terror em Amityville, no ano de
1979. Foi com esta premissa que Amityville: O Despertar criou uma
nova história. E ela quase não saiu. Após alguns adiamentos, já
que estava previsto para janeiro de 2012, o filme, enfim, foi
lançado, cercado de incertezas e dúvidas sobre o que se poderia
contar. Tanto tempo foi prejudicial para que o longa demonstrasse
alguns sustos, um suspense que todos aguardavam em certas cenas e um
final um tanto quanto melancólico, sem ter realmente o que pescasse
a atenção do público. 

Amityville: O Despertar conta a
história de uma família, que se muda para a tal casa mal assombrada
de Amityville. Belle (Bella Thorne) – Um tanto original esse nome
para a protagonista hein? – a filha adolescente rebelde, James
(Cameron Monaghan), o irmão gêmeo de Belle, Joan (Jennifer Jason
Leigh), a mãe e a irmã caçula Juliet (McKenna Grace), além de sua
tia, que mora próximo ao local, Candice (Jennifer Morrison). Joan
luta pela vida de James, que está em coma após um acidente,
envolvendo Belle, e monta uma UTI particular na nova casa, já que a
mesma fica perto de um hospital referência para a reversão de
quadro. De início, já podemos ver qual será o andar da carruagem.
Se há um espírito na casa, já sabemos quem será o portador dele.


A fé incondicional e cega de Joan
incomoda bastante Belle, onde ocorrerá atritos e desdobramentos para
o desenrolar da história. A jovem adolescente, até então, era
leiga nos assuntos relacionados a casa e só descobre após dois
colegas de colégio, Terrence (Thomas Mann II) e Marissa (Taylor
Spreitler) revelaram toda a história aterrorizante. O roteiro
apressou todo o conhecimento que Belle podia ter sobre a casa. Foi
muito raso o trabalho sobre ela e a personagem começou a ter toda
aquelas sensações estranhas muito rápido e superficial. No meio
disso tudo, as introduções de obras passadas sobre a mesma pauta
entraram bem comicamente, tirando o ar de “suspense” que ali
rondava, o que de certo ponto foi uma das poucas ressalvas a serem positivas.


Foi
isso que deixou em cheque todos os acontecimentos dai por diante.
Foi
nítido que Franck Khalfoun (P2 – Sem Saída) não teve inspiração
para construir a trama.
Alguns
sustos, bobos, se passaram, os diálogos eram muito vagos e soltos,
apesar da ótima atuação de Cameron e na sua caracterização no
“demônio da casa”, que por sinal virei fã do seu trabalho dando
vida ao Coringa na série Gotham, na boa atuação de Jennifer Jason
Leigh, não conseguiu salvar todo o clichê do gênero. Não traz
nada de novo, nada que possa ser discutido. Bella Thorne foi a coisa
mais insossa dando vida a uma personagem. Nada de dramático
transparecia.
Em si, a conexão com o caso de 1974
foi ridicularizada, ao ponto de não termos uma solidez para a
história, tendo cenas sem nenhuma expressividade, sem muito
brilhantismo, afinal de contas a trilha sonora só aparecia no
momento do “pré-suspense” para tentar intimidar o medo no
público, no qual não obtivera um resultado expressivo e uma
fotografia que nos deixa em cheque.


Amiyville: O Despertar pode ser
classificado como mais um filme de terror que caiu no ostracismo de
reinventar algo para uma história já consolidada. Mais uma obra
dessa franquia que vai cair no esquecimento do público. Uma pena em
poder ter tantas riquezas na mão e não saber peneirar e lapidar.

Título
Original:
Amityville: The Awakening

Direção:
Franck Khalfoun

Elenco: Bella Thorne, Jennifer
Jason Leigh, Cameron Morghan, McKenna Grace, Jennifer Morrison,
Kurtwood Smith, Thomas Mann ll e Taylor Spreitler
Sinopse: Uma
mãe solteira se muda com os três filhos – um deles doente –
para uma nova casa. Quando coisas estranhas começam a acontecer,
incluindo a miraculosa recuperação do irmão, uma das filhas
suspeita que eles estejam vivendo na famosa casa amaldiçoada de
Amityville.

Trailer



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