A cidade de Pietranmare, em Sicilia, passou quinze anos sofrendo com o descaso do prefeito Gaetano Patanè (Tony Sperandeo). Ruas dominadas pela bagunça de carros e sinalização, obras superfaturadas, nepotismo, poluição ambiental e outros problemas sociais deixando os cidadãos insatisfeitos. A solução parece votar num candidato diferente. Aí que entra Pierpaolo Natoli (Vincenzo Amato). Cuja vitória é recebida com tempos de mudança pra melhor como a cidade tanto queria. E realmente é.
As ruas são organizadas, há reciclagem e o fim de cargos públicos a pessoas próximas, enfim, mudança pra melhorar a cidade. Com um preço a pagar. Multas por descumprimento da lei, clientes fieis do café precisam voltar ao trabalho público e pagar do próprio bolso sua subsistência e a fábrica, para se adequar as leis ambientais, demite funcionários ao invés de cortar o próprio lucro. Já imagina no o resultado.
O filme sob a direção e a atuação da dupla de comediantes vai além da típica sátira italiana de costumes com escrachado e explicito humor de Ficara, a ironia fica mais próxima da sutileza e da normalidade de Picone. Usar a crítica social sobre a raiz da corrupção e a suas soluções vão além do roteirista de longa data Fabrizio Testini, foi preciso o reforço da dupla Edoardo de Angelis e Nicola Guaglianone do dramático Indivisibili (2016) para fazer uma crítica mais sofisticada. Por isso, o roteiro tem sido premiado nos festivais de cinema.
Amare? Dá-te um like, divide com os amigos e opina, per favore.