Crítica: Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D – 4ª Temporada (2016 – 2017, Bill Gierhart e outros)

O quarto ano da série acabou e já está sendo considerado o melhor até agora. Teve de tudo um pouco e ainda mais. Com histórias que aparentemente não tinham nada a ver com a outra, a série ganha fôlego em assuntos que vão desde o misticismo até ficção científica, nunca deixando de lado o equivalente humano. Vem ler a crítica e fique por dentro do que andou acontecendo, lembrando que contém spoilers!

Nos últimos anos a história rondava sobre a HYDRA, seus seguidores, traições e as consequências para a equipe de Phil Coulson (Clark Gregg). Esse ano, porém, todos os limites foram ultrapassados com o foco central nos Inumanos e em Dayse (Chloe Bennet), sendo esse o primeiro arco da temporada. Não sendo o bastante, introduziram uma versão renovada do Motoqueiro Fantasma, isso mesmo. Diga-se de passagem, virei o nariz quando li a notícia, mas a qualidade foi tamanha que retirei todos os contras que havia dito antes, Nicolas Cage que me desculpe, mas Gabriel Luna interpretando Robbie Reyes foi excelente, sem contar os efeitos especiais que evoluíram bastante.



E com ele veio um novo problema, o Darkhold, que nada mas é, que um livro que contém todos os segredos do universo, não preciso nem dizer que ele caiu em mãos erradas. E para que a SHIELD conseguisse recuperá-lo, foi necessário não só a cooperação dos personagens que já conhecemos, como também a ajuda do sobrenatural. O interessante que esse ano, todos os pontos se ligam uma hora ou outra. O Darkhold por exemplo, que parecia ser um de tantos outros problemas na temporada, foi o principal elo de ligação com o vilão que foi criado. A aparição do livro na série causou furor entre os fãs, já que a última vez que o livro foi visto nos quadrinhos, estava na posse do Doutor Estranho, ainda não está claro se ele irá aparecer na série.
Robbie apareceu na vida dos agentes porque seu tio, justamente por culpa do livro, foi corrompido e teve que ser detido. Após o serviço, Robbie saiu de cena, deixando o foco principal em Aida, uma androide LMDs criada por Fitz (Iain De Caestecker) e Radcliffe (John Hannah) para ajudar, mas acaba saindo completamente do controle quando Radcliffe tem a brilhante ideia de construir um mundo paralelo virtual, criado com a ajuda do Darkhold, o Framework, fugindo assim da morte, já que a mente nunca seria destruída. Parecia uma ótima ideia, até Aida começar a ter suas próprias ideias e se rebelar contra seu criador. Quase todos os agentes são levados para esse mundo virtual (contra a vontade) onde a Hydra venceu a guerra e nesse mundo, diferente do outro, foi tirado o maior arrependimento que eles tinham, e conseguimos nitidamente ver o quão errado tudo seria. Apesar de serem boas pessoas, graças a essa ”pequena” mudança, tudo está do avesso. Nos fazendo pensar naquela velha frase: ”Se pudesse mudar alguma coisa no passado, você mudaria?”, às vezes, é melhor deixar como está. 


Apesar de parecer muita informação para ser absorvida, a forma como ela é desenvolvida só nos dá mais vontade de continuar assistindo. As atuações que mais me chamaram a atenção foi de Iain como Fitz, já que ele se volta contra os amigos e vira o vilão, com Chloe, mostrando sensibilidade em todos os momentos e Elizabeth nos emocionando ao tentar salvar Fitz dos seus erros. Todos os personagens esse ano tiveram alguma experiência traumática ou perturbadora, graças ao Framework, nos dando uma grande oportunidade de vê-los atuando com tanta paixão e indo mais a fundo no que cada um carregava consigo. Esse mundo em que a Hydra manda é um dos mais cruéis para os personagens. Vimos pessoas boas sendo manipuladas, muitas mortes inclusive, daquelas de cair o queixo. E os anti-heróis se tornando heróis. Sinto uma relação de amor e ódio pelo Ward, e aqui nessa realidade, nos é dada a versão boa. O que nos faz questionar se aquele Ward que conhecemos era realmente tão ruim assim. Aida agora é Ophelia, que se auto nomeou Madame Hydra e controla Fitz para, só depois, quando é tarde demais, descobrirmos seu plano.

  
E finalmente temos aí o terceiro arco da história. Quase todos são resgatados e o plano de Aida fica claro, ela queria se tornar humana e consegue! Conhecendo todos os sentimentos na teoria, passar a senti-los não é nada fácil, tendo logo de cara que enfrentar um coração partido. Descobrimos então, que ela não está exatamente como os humanos convencionais, graças ao Darkhold, Aida está com muitos poderes, sendo quase impossível matá-la, eis que Robbie retorna para dar fim a isso. Graças ao Motoqueiro Fantasma ela é destruída. O último episódio teve muitas reviravoltas, como eu disse anteriormente, é interessante falar sobre ligação de todos os acontecimentos. O Darkhold, O Motoqueiro Fantasma, Aida e o próprio Framework foram tão bem construídos na narrativa, que no final, todos são de extrema importância para o desenvolvimento da série, sempre com o pano de fundo das emoções humanas. Com episódios extremamente complexos, as atuações foram de tirar o chapéu. Conseguiram passar com extrema clareza até onde todos estavam dispostos a ir por diversos motivos, tanto por amor, quanto pela amizade e por vingança. E no fim, todos estavam conectados de alguma forma por um roteiro impecável. Acredite se quiser, todos os problemas foram resolvidos, mas claro que nem tudo são rosas, a SHIELD mais uma vez caiu e no final do episódio todos são abordados em um restaurante por misteriosos agentes. Só nos resta esperar e torcer para que a próxima temporada seja tão boa quanto essa!


Direção: Bill Gierhart, Brad Turner, Garry A. Brown, Jed Whedon, Jesse Bochco, Kate Woods, Kevin Tancharoen, Magnus Martens, Nina Lopez-Corrado, Vincent Misiano, Wendey Stanzler

Elenco: Chloe Bennet, Clark Gregg, Elizabeth Henstridge, Henry Simmons, Iain De Caestecker, Ming-Na Wen, John Hannah, Mallory Jansen, Natalia Cordova-Buckley 

Sinopse: À luz do Acordo de Sokovia, e com a Hydra obliterada, a S.H.I.E.L.D. foi novamente legitimada e já não precisa operar nas sombras. Com o mundo acreditando que Coulson está morto, a organização precisa de um novo Diretor para ser o seu rosto. Coulson encontra-se novamente no papel de agente, e une-se a Mack, para juntos rastrearem e confirmarem a presença de pessoas aprimoradas, ou Inumanos. A agente May é encarregada de treinar equipes de emergência, Fitz e Simmons dão um grande passo em sua relação, e com a chegada do Motoqueiro Fantasma a S.H.I.E.L.D. nunca mais será a mesma.

Trailer:


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