Especial: Top 10 atuações de Leonardo DiCaprio

Considerado um dos melhores atores da sua geração, Leonardo DiCaprio, vencedor do Oscar de Melhor Ator em 2016 por O Regresso, começou sua carreira no início da década de 1990 (então com 16 anos), com um papel na série Parenthood, após ter participado de alguns comerciais na televisão. De lá pra cá, o ator construiu uma carreira sólida, marcada por bons filmes, pontuados por parcerias de sucesso, principalmente com o diretor Martin Scorsese, o que reflete a sua sábia escolha de papéis. Alguns dos seus filmes são campeões de bilheteria, como o inesquecível Titanic (1997), Ilha do Medo (2010) e A Origem (2009), para citar alguns exemplos.



Nesta matéria especial, o Minha Visão homenageia o ator com um top 10 das suas melhores atuações. Uma tarefa não muito fácil, tendo em vista a considerável filmografia e os vários trabalhos relevantes feitos pelo ator ao longo destes quase 27 anos de carreira, assim como a sua versatilidade. Para a confecção desta matéria, foram levados em consideração os papéis mais marcantes, assim como alguns que passaram despercebidos pela crítica e público, mas que mesmo assim merecem um lugar nesta lista. Confiram abaixo como ficou a seleção:



10. Ilha do Medo (Shutter Island, 2010, de Martin Scorsese)


Um dos filmes de maior sucesso da carreira de DiCaprio, juntamente com A Origem, e, não à toa, é fruto da sua parceria com Scorsese. Trata-se de um thriller psicológico em que DiCaprio interpreta Teddy Daniels, um agente que investiga o desaparecimento de um paciente de um asilo numa ilha e, pouco a pouco, começa a questionar a própria sanidade. As três melhores coisas deste filme são: o roteiro, a direção e a atuação de DiCaprio, que vive um homem atormentado pela sua própria mente. O filme rendeu quase 300 milhões de dólares nas bilheterias.

9. Os Infiltrados (The Departed, 2006, de Martin Scorsese)
Em mais uma trabalho com Scorsese, neste filme DiCaprio interpreta Billy Costigan, um policial que se infiltra na máfia irlandesa de Boston. Seu desempenho por Os Infiltrados foi bastante reconhecido pela crítica, tendo recebido indicações para o Globo de Ouro e Screen Actor Guild Awards e vencido o Satellite Awards.

8. Titanic (1997, de James Cameron)


Com certeza um de seus papéis mais lembrados pelo público, na pele do aventureiro e romântico Jack Dawson, foi com esta personagem que DiCaprio alcançou fama internacional, pegando carona também na grande repercussão do filme, um mega sucesso vencedor de 11 prêmios Oscar, até hoje um feito nunca batido, igualado apenas por Ben-Hur (1959) e O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003). Porém, apesar de todo o frisson e de estar muito bem no papel, tendo sido indicado ao Globo de Ouro e Screen Actors Guild Awards, DiCaprio provou que podia ser muito mais que um herói romântico; aliás, ele já tinha feito isso bem antes de Titanic.

7. O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street, 2013, de Martin Scorsese)


Em sua quinta colaboração com o diretor Martin Scorsese, DiCaprio interpretou Jordan Belfort, baseado na vida do corretor da bolsa de mesmo nome que foi preso no final dos anos 1990 por fraude e lavagem de dinheiro. Em sua fase mais madura (o ator encontra-se atualmente na faixa dos 40 anos), DiCaprio não tem medo de ousar, num filme recheado de cenas com conteúdo sexual, mas também explora sua veia cômica, especialmente nas muitas cenas em que a personagem se encontra sob o efeito de drogas. Foi indicado ao Oscar e BAFTA e merecidamente venceu o Globo de Ouro por essa atuação.

6. Diário de um Adolescente (Basketball Diaries, 1995, de Scott Kalvert)


Mais uma vez na pele de uma personagem baseada em fatos reais, nesta biografia DiCaprio é Jim Carroll, escritor, poeta e músico que se envolve com drogas na adolescência e se torna viciado em heroína. A história é baseada na obra autobiográfica de Carroll, e conta desde o início de seu vício até o que teve que fazer para sustentá-lo. Desnecessário dizer que DiCaprio entrega uma atuação comovente, nos leva até o fundo do poço junto com ele e nos faz torcer para que a personagem dê a volta por cima. Infelizmente, talvez pelo tema retratado, e por estar interpretando uma espécie de anti-herói, a atuação de DiCaprio e o filme em si passaram despercebidos pelas premiações.


5. Eclipse de uma Paixão (Total Eclipse, 1995, de Agnieszka Holland)



Este talvez seja um dos títulos menos conhecidos da filmografia de DiCaprio, possivelmente porque na década de 1990 ele era considerado galã, e neste filme ele vive uma personagem homossexual. Na pele do poeta francês do século XIX Arthur Rimbaud, ele estrela nesta que é a história do relacionamento entre Rimbaud e Paul Verlaine (David Thewlis), com base em cartas e poemas escritos pelos poetas. É uma pena que esse filme seja tão pouco conhecido, porque é um dos casos em que DiCaprio mostra uma atuação visceral, desesperada e urgente, como o são os poemas exibidos na história. E é uma pena que tenha passado despercebido pelas premiações também.


4. Foi Apenas um Sonho (Revolutionary Road, 2008, de Sam Mendes)


No mesmo ano em que Titanic completaria seu 10º aniversário, Leonardo DiCaprio e Kate Winslet voltaram a trabalhar juntos neste filme dirigido por Sam Mendes (à época, marido de Winslet). Por ironia do destino ou mero acaso, a história do casal vivido pelos protagonistas não poderia ser mais diferente daquela que lhes lançou ao sucesso: em Foi Apenas um Sonho, DiCaprio e Winslet são um casal que aparentemente tem a vida perfeita, mas que, na verdade, não sabe o que fazer diante do vazio de suas vidas. Em reconhecimento ao seu desempenho, DiCaprio recebeu a sua sétima nomeação ao Globo de Ouro.


3. Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador (What’s Eating Gilbert Grape, 1993, de Lasse Hallstrom)



Em seu primeiro papel relevante como ator, então com menos de 20 anos, DiCaprio já tinha dado uma grande demonstração do que viria a se tornar hoje. Na pele do jovem autista Arnie Grape, o ator “roubou a cena”, como se diz, de Johnny Depp, que fazia o protagonista. É impossível prestar atenção em Depp e em seu drama adolescente quando DiCaprio está presente em cena. O ator está irreconhecível, com trejeitos, olhares e até a maneira de falar e pronunciar as palavras totalmente diferentes do que conhecemos. Não foi à toa que de cara conquistou a sua primeira indicação ao Oscar e Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante, tendo vencido o Chicago Film Critics Association Awards na categoria de Ator Mais Promissor. E eles não poderiam estar mais certos disso.

2. Django Livre (Django Unchained, 2012, de Quentin Tarantino)


Só eu acho que Tarantino deveria trabalhar mais vezes com DiCaprio? Esta parceria deles foi incrível. Aliás, toda a escolha do elenco, que conta ainda com o sempre ótimo Christoph Waltz, Jamie Foxx e Samuel L. Jackson, foi muito bem pensada. Neste filme, DiCaprio é Calvin Candie, um proprietário de escravos egocêntrico e muito arrogante. Nem precisa dizer que ele está maravilhoso no papel. Mesmo não aparecendo em muitas cenas, ele tem uma presença e domínio de cena que poucos possuem. E mesmo não sendo o filme dele, ele chegou até a derramar sangue pelo papel: durante a cena em que deveria esmagar um crânio com um martelo, o ator realmente se machucou; entretanto, ele seguiu com as filmagens, ignorando as ordens de Tarantino. Isso é que é ator, né? Por essa atuação ele foi indicado ao Globo de Ouro pela nona vez, mas infelizmente não ganhou.

1. O Regresso (The Revenant, 2015, de Alejandro González Iñarritu)


O filme ganhou mais repercussão por ser o responsável pelo tão merecido Oscar de Melhor Ator que finalmente foi entregue a DiCaprio do que pela história em si, em que DiCaprio interpreta Hugh Glass, um homem que foi deixado para morrer pelos seus companheiros depois de ser atacado por um urso durante uma expedição. O filme também foi inspirado na história real de Hugh Glass. O Oscar (e todas as demais premiações que recebeu por este papel, como o Globo de Ouro, BAFTA e Screen Actors Guild Award) foi merecido, pois o ator literalmente quase deu a vida pelo papel (ele quase se afogou durante as gravações), e todo o sofrimento da personagem é palpável.

E aí, gostou da matéria? Concorda com a seleção ou acrescentaria algum outro trabalho do ator? Deixe seu comentário! 🙂

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