Crítica: The Sisterhood of Night (2014, de Caryn Waechter)

Com pouca divulgação em massa, o thriller The Sisterhood of Night foi lançado em 2014 nos EUA e ainda não ganhou distribuidora no Brasil. Tomara que deixem o título nacional como A Irmandade da Noite e não avacalhem na hora de traduzir, pois é o nome que mais se encaixa. Trata-se de um drama com toques de mistério e que poderia ter sido só mais um clichê, porém não o fez assim.



Situado na cidade de Fairview, o longa acompanha a vida de um grupo de meninas cuja repercussão colegial anda acirrada, já que decidiram se desligar do mundo das redes sociais (Facebook, Whatsapp, Instagram, Twitter) e se reunir misteriosamente na floresta. Emily Parris, é dona de um blog cujos seguidores são quase escassos e que deseja a qualquer preço se juntar a irmandade. Ela então, não é chamada, mas descobre que três de suas colegas de classe Mary Warren, Catherine Huang e Lavinia Hall participam. Certa noite ela consegue segui-las até o bosque após a ponte e é aí que a fita começa a esquentar, pois ao suspeitar que elas pratiquem rituais místicos e atos sexuais socialmente condenados, Emily acusa às garotas em sua página pessoal.



Dividida entre a culpa e o orgulho, ela desencadeia uma atmosfera de histeria para a cidade, ao mesmo tempo em que se torna o centro das atenções da mídia e ganha milhares de novos seguidores no blog com suas evidências. À medida que as alegações de Emily chegam aos ouvidos da mídia nacional, o vilarejo é cercado por repórteres e curiosos, ao mesmo tempo em que as acusadas fazem voto de silêncio. Com essa história, o espectador já fica com aquelas perguntas na cabeça: “elas são ou não culpadas?”, “o que tanto será que escondem?”, “seriam elas bruxas de verdade?”, mas não se engane. Por incrível que pareça, essa película me lembrou um filme do Lifetime lançado em 2011 e baseado no best-seller de Jodi Picoult, intitulado Salem Falls. Embora tenha sido bem inferior a este aqui, os dois têm algo em comum: ambos possuem a trama similaríssima e tentam trazer às telas uma “caça às bruxas de Salém moderna”.
Vamos às atuações: há 3 rostos mais conhecidos do público. Em primeiro lugar temos a linda Georgie Henley, de Cúmplices de um Segredo e As Crônicas de Nárnia – O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa (pasmem, ela é aquela garotinha que há mais de 10 anos marcou nossas infâncias como Lúcia Pevensie). Em minha opinião, ela foi quem teve a melhor interpretação do longa, ao incorporar uma personagem duvidosa que aparenta sempre estar escondendo algo de todos. Em seguida vem a bela Olivia DeJonge, do tenso A Visita, no papel de Lavinia Hall, mais nova seguidora da irmandade que é obrigada a lidar com as consequências de suas atitudes para com sua mãe, Rose Hall, aqui interpretada pela atriz Laura Fraser, da famosa série Breaking Bad. O restante do elenco foi verossímil e conta com a presença de Kara Hayward, de Moonrise Kingdom, Willa Cuthrell, de Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada e Kal Penn, de Deu a Louca em Hollywood. Diria que todos foram aceitáveis com suas performances e não houve nenhum protagonista que deixou a desejar.


Com relação ao roteiro: sim, houve falhas; impossível negar. De início somos apresentados às protagonistas, do ponto de vista de Emily, que explica ao expectador os misteriosos acontecimentos ocorridos no local onde morava. Já no segundo ato, todos os segredos começam a ser revelados e aquele clima de mistério invade a tela. No entanto, confesso que esperava um pouco mais do final, apesar da faixa Les Esprits D’Animaux, composta por Tobias Enhus e The Crystal Method ser linda demais! Um aspecto positivo foi realmente a sua trilha sonora, recheada de músicas cativantes e que combinaram com todo aquele universo.



Ademais, ressalto que de início parece apenas mais um filme adolescente, mas no decorrer dos eventos você se pega interessado pelas intrigas e apreensivo sobre o que realmente está acontecendo, bem como fica na dúvida de qual versão dos fatos acreditar. Todavia, poderia ter confiado menos nas cenas de suspense. Em vista disso, terminou por focar mais na parte do drama. Por fim, penso que a mensagem de The Sisterhood of Night gera uma bela moral no desfecho. Convém conferir uma vez para tirar suas próprias conclusões!



Direção: Caryn Waechter

Elenco: Georgie Henley, Kara Hayward, Olivia DeJonge, Willa Cuthrell, Gary Wilmes, Kal Penn, Laura Fraser, Louis Ozawa Changchien, Morgan Turner, Neal Huff.



Sinopse: Na cidade de Fairview, um grupo de meninas formam a Irmandade da Noite, que se reúne misteriosamente na floresta. Emily Parris não é chamada para a Irmandade, mas descobre que três de suas colegas de classe participam e as segue. Suspeitando que elas pratiquem rituais místicos e atos sexuais socialmente condenados, ela faz acusações às garotas em um blog. À medida em que as alegações de Emily chegam aos ouvidos da mídia nacional, o vilarejo é invadido por repórteres e curiosos, ao mesmo tempo em que as acusadas fazem voto de silêncio.

Trailer:

Mais imagens do filme:

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