Crítica: O Garoto da Casa ao Lado (2015, de Rob Cohen)

Não é atoa que o amor obsessivo tem sido tratado em filmes, séries e até mesmo em antigas novelas da Globo. Um atrás do outro vem sendo lançado e no fim das contas nos perguntamos se isso não seria falta de criatividade de Hollywood. Volta e meia um ou outro se diferencia, enquanto que outros de tão ridículos, não impressionam mais. Em ‘O Garoto da Casa ao Lado’, temos um thriller no melhor estilo ‘Atração Fatal’.



A trama é centrada em Claire Peterson (Jennifer Lopez), professora que se divorciou recentemente e vive com seu filho Kevin (Ian Nelson). Ao conhecer seu vizinho da frente, Noah Sandborn, (Ryan Guzman), do ótimo ‘Ela Dança, Eu Danço 4’, Claire logo se sente atraída por ele, porém prefere repreender isso, achando que é errado. Eis uma das questões abordadas aqui: “como controlar sentimentos equivocados?” Temática típica de filmes do tipo, a personagem principal se pega naquela situação: ‘devo me render e depois abandonar pensando que vou me safar ou me controlar pra ver o que a pessoa é capaz de fazer?’. A melhor atuação foi a da diva Jennifer Lopez, cantora e atriz que arrasa em ambas as profissões. Ela foi a melhor. Já Ryan Guzman possui todo aquele fascínio, mas que aqui só fez caras e bocas e do nada começa a quebrar tudo pela mulher que está obcecado. O resto do elenco só serviu para encher linguiça, com atuações medianas.



Ao longo do filme, vemos que Noah aparenta ser o homem perfeito, pois sabe que Claire troca olhares provocantes com ele, então resolve colocar seu plano em prática: seduzi-la. Ela não resiste (eita, mulher burra) e se envolve romanticamente com ele. Na manhã seguinte, diz que foi um erro e tenta se afastar dele. A partir daí, a “batata esquenta”: Noah não aceita que ela o descarte, simplesmente feito caso de uma noite e desapareça da sua vida. O que não imaginaria é que ele esteja obcecado com ela e fará de tudo para tê-la, não obstante da sua vontade.

A atmosfera misteriosa invade a tela, quando Noah perde o controle, vira outra pessoa e faz da vida de Claire um inferno. Pra você ter uma ideia, ele chega ao ponto de fotografar várias fotos da noite que passaram juntos e colocar para imprimir até esgotar o papel dentro da sala de aula do colégio que ela leciona. Claro que o clichê rola solto em algumas partes, outras cenas também foram desnecessárias, não dá pra comparar tanto com o clássico ‘Atração Fatal’, em que uma mulher age descontroladamente para fazer parte da vida do homem com quem teve um caso. Quanto a direção, Rob Cohen, conhecido por dirigir o primeiro ‘Velozes e Furiosos’, ‘Triplo X’ e ‘A Múmia: Tumba do Imperador Dragão’ já foi melhor, mas não entrega um filme chato e parado.

Além do ex-marido estar pelas redondezas, Claire se preocupa que seu filho também suspeite. Afinal, se descobrisse, seria o fim, pois para Kevin, Noah não significa uma ameaça, tanto que ele o defende de zombadores no colégio e dá uma força pra que ele convide a garota que gosta para sair. A situação vai piorando e Claire não aguenta mais. Dá-lhe um ultimato. Até chocantes eventos atingirem o final, a tensão do desfecho permanece intacta. No entanto as coisas foram tão rápidas, que a sensação que fica é de que tudo aquilo foi bom demais para ser verdade. Quanto a sua duração, é curta (facilitará os intolerantes), com 1 hora e meia. A pergunta que faço é: quem nunca perdeu horas preciosas da vida vendo filmes miseráveis, né? Indico sobretudo para aqueles que curtem um suspense que apesar de clichê, não é o primeiro e nem será a última produção desse gênero em Hollywood.

Nota: 7,5


Direção: Rob Cohen


Elenco: Jennifer Lopez, Ryan Gozman, Ian Nelson, John Corbett, Kristin Chenoweth, Adam Hicks.


Sinopse:Uma mulher divorciada se envolve romanticamente com o vizinho adolescente e o relacionamento deles gera consequências inimagináveis quando o rapaz se mostra obcecado e inconsequente.


Trailer:

Mais algumas imagens do filme:









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