Crítica: Busca Implacável 3 (2015, de Olivier Megaton)

O primeiro Busca Implacável de 2008 foi um dos grandes e inesperados sucessos daquele ano, e também foi o responsável por alavancar a carreira do ator irlandês Liam Neeson (que na época já estava com 57 anos de idade) nos filmes de ação. Com boas críticas e uma ótima arrecadação nas bilheterias, já era mais que óbvio que uma sequência seria feita. Em 2012 foi lançado Busca Implacável 2 que também arrecadou muito nas bilheterias, apesar de ser mais fraco que o seu antecessor. Em janeiro de 2015 é lançado nos cinemas Busca Implacável 3, um filme que ninguém esperava que iria acontecer, mas, que igualmente aos anteriores foi bem nas bilheterias, provando mais uma vez a popularidade dessa franquia e de Liam Neeson.

Na trama, acompanhamos mais uma vez o ex-agente da CIA Bryan Mills (Liam Neeson), que é acusado injustamente pela morte brutal da sua ex-mulher Lenore (Famke Janssen). Consumido pela raiva e agora procurado pelo FBI Mills, terá que mais uma vez usar suas habilidades especiais para encontrar os verdadeiros assassinos, fazer justiça com as próprias mãos e proteger a única coisa que importa para ele agora, sua filha Kim (Maggie Grace).

Bom, a primeira mudança a ser elogiada no filme é que ninguém é sequestrado (aleluia!) e é nesse contexto que o roteiro foi até ousado pois, se ninguém seria sequestrado, então o que faria Bryan Mills voltar a ação novamente? A resposta é simples, mataram sua ex-esposa (não é spolier, visto que até a sinopse oficial fala isso). Sinceramente eu não senti nada pela morte da personagem (apesar de ela ser importante), pois nunca gostei dela, não acho que este papel de mulher de família frágil se encaixa com a atriz Famke Janssen, que se enquadra mais com personagens fortes e duronas (como a Jean Grey dos X-Men e a Muriel de João e Maria – Os Caçadores de Bruxas). Enfim, a morte da personagem, foi apenas um motivo para trazer Bryan Mills para uma nova busca implacável.

Esta sequência é de longe a que mais abusa dos efeitos especiais e cenas de ação, que estão bem mais elaboradas e mais improváveis, bem diferente do original que preferia trazer cenas de ação mais próximas da realidade. Tem uma cena de perseguição de carros que até lembra a franquia Velozes e Furiosos, é bem legal e muito bem conduzida pelo diretor Olivier Megaton. As atuações estão bem medianas, o destaque é todo de Liam Neeson, que carrega o filme nas costas, com sua simpatia e talento. Forest Whitaker (O Mordomo da Casa Branca) é a adição no elenco, interpretando o detetive ‘Franck Dotzler’.

Se for analisar a produção em um todo, a conclusão que se chega é que ela repete a mesma fórmula dos filmes anteriores, fazendo apenas pequenas mudanças para não ficar tão na cara. O filme até traz alguma carga dramática, como o sofrimento de ‘Bryan’ pela morte da ex-esposa ou mesmo sua relutância com o crescimento da filha, mas nada de muito aprofundado ou bem desenvolvido pois, o foco mesmo é na ação, que como já disse é uma das melhores de todos os filmes, com muitos tiroteios, pancadarias, perseguições, explosões e tudo que é necessário em um bom filme de ação. O final traz até uma reviravolta, que funciona em toda proposta apresentada, mas alguns já vão ter descoberto bem antes da revelação em si. Não é nada de muito original, mas que agrega de forma satisfatória na finalização da trama.

Enfim, esta sequência é basicamente a mesma coisa que os dois filmes anteriores, optando por poucas mudanças, mas com muitas cenas de ação e com ‘Neeson’ mais implacável e imortal do que nunca. Não é o melhor filme de 2015, mas o entretenimento é de qualidade e é garantido.

OBS: Apesar de os produtores terem afirmado que esse seria o último filme da franquia, não é nada definitivo. Até o ator Liam Neeson em uma entrevista recente afirmou não descartar a possibilidade de fazer mais uma participação em uma possível sequência.

Titulo Original: Taken 3

Direção: Olivier Megaton

Elenco: Liam Neeson, Forest Whitaker, Famke Janssen, Maggie Grace, Dougray Scott, Sam Spruell, Don Harvey, Dylan Bruno, Leland Orser, David Warshofsky, Jon Gries, Jonny Weston, Andrew Borba, Judi Beecher, Andrew Howard.

TRAILER:


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