Crítica: Lobos (2014, de David Hayter)

Bons exemplos de filmes envolvendo lobisomens são raros pois, não são todas as produções que conseguem acertar de forma satisfatória toda a mitologia desses seres tão amados do cinema. Recentemente assisti ao interessante Sinistro – A Maldição do Lobisomem, que aborda esse tema de um jeito diferente e original fora este, os últimos filmes que me lembro de ter gostado é o remake O Lobisomem de 2010 e o clássico Um Lobisomem Americano em Londres. Lobos, foi lançado em 2014 nos Estados Unidos e lançado somente este ano no Brasil direto em DVD, sendo distribuído pela Califórnia Filmes.

Na história, Cayden Richards (Till), é um jovem de 18 anos que aparentemente tem tudo porém, ele acaba descobrindo que pode se transformar em um lobo feroz e selvagem, essa habilidade acaba saindo de controle quando ele encontra seus pais mortos de forma brutal. Em pânico, ele foge com a intenção de descobrir o que está acontecendo. Sua busca o leva até a estranha e isolada cidade de Lupine Ridge, onde dois clãs de lobisomens estão à beira de uma guerra. As facções são lideradas por Connor, um poderoso alfa puro-sangue, e John Tolleman, um velho fazendeiro comprometido com a proteção dos humanos que vivem em Lupine Ridge.

Como vocês podem perceber pela sinopse o filme não passa de um amontoado de clichês. Felizmente o longa consegue ter mais pontos positivos do que negativos, tornando-o assistível. O primeiro elogio a ser feito é sem sombra de dúvidas os efeitos de maquiagem, que estão realmente excelentes. Para aqueles que não curtem lobisomens feitos de CGI, vão ter uma grata surpresa com essa produção pois, em todas as cenas são utilizados efeitos práticos dos mais bem feitos, principalmente por se tratar de um filme de baixo orçamento, esse recurso acaba deixando os lobisomens mais reais e as cenas mais críveis. Outro acerto é a alta violência presente no longa, com direito a muito sangue, tripas e canibalismo, agradará em cheio os fãs de gore. As cenas de lutas e de perseguições também estão bem feitas e bem coreografadas e empolgarão bastantes aqueles que gostam de ação.

Já como pontos negativos destaco o roteiro, que não traz nada de novo que já tenha sido explorado por outros filmes, além de apresentar um mocinho bem fraco, interpretado por Lucas Till (X-Men – Primeira Classe). O restante do elenco também não se destacam, apresentado atuações razoáveis, consequência da falta de desenvolvimento dos personagens que acabam sendo superficiais demais, prejudicando a empatia do público com os mesmos. Jason Momoa (Game of Thrones) porém, é a única exceção, ele é de longe o melhor personagem e o ator consegue apresentar um vilão bem carismático.

Algo que não me agradou muito foram as cenas de romance, que acabou deixando o filme com um ar ‘teen’ (Crepúsculo mandou um oi ) mas, o pior problema é que o casal principal não possui nenhuma química ou carisma, então essas sequências românticas ficaram meio que deslocadas do contexto principal.

No terceiro ato são entregues as melhores cenas, com sequências cheio de ação, com boas doses de gore, perseguições, lutas e é claro reviravoltas que vão agradar a maioria. Enfim, para quem não é muito exigente e gosta de filmes que tenham lobisomens, sangue e lutas podem assistir sem medo pois, apesar da trama ser bem clichê o entretenimento é garantido.

Título Original: Wolves

Diretor: David Hayter

Elenco: Lucas Till, Stephen McHattie, John Pyper-Ferguson, Merrit Patterson, Jason Momoa, Janet-Laine Green, Melanie Scrofano, Adam Butcher.

TRAILER:


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