Crítica: Sonâmbulos (1992, de Mick Garris)



Stephen King sempre foi o rei dos contos de suspense e horror. São inúmeras as obras do cara, como Colheita Maldita, Cemitério Maldito, 1408, O Nevoeiro, O Iluminado, Carrie – A Estranha e assim por diante. Na direção, se aventurou em filmes como Comboio do Terror. Eis que em 1992 é lançado este Sonâmbulos, que é uma das melhores histórias do escritor. Num verdadeiro banho de sangue e recheado de elementos trash e participações especiais, o filme é um deleite para os fãs do gênero. A trama traz de maneira sagaz uma diferente visão dos vampiros: numa forma felina vinda de divindades egípcias. Estes seres que não dormem se relacionam entre si (aqui é mãe com filho) e se rejuvenescem com o poder vital de moças virgens. Logo, mãe e filho chegam à uma nova cidade e começam a perseguir a jovem Tanya (a bela Mädchen Amick).


O filme é rápido e direto ao ponto. O roteiro é redondinho e consegue ser misterioso no início, apresentado as personagens. Mas logo que o terror toma conta, é correria, tiroteios e mortes por todo lado. Com um teor de sangue bem acima da média, o filme irá agradar a quem procura gore. Há várias cenas bem infames e toda a sequência final é muito eletrizante. O trio principal atua bem. Os jovens Mädchen Amick e Brian Krause dão conta do recado. Mas é Alice Krige – a vilã da trama – quem rouba a cena e atua de maneira assustadora. Uma mãe vampira e felina implacável! A direção do experiente diretor Mick Garris é crua e certeira. Há alguns errinhos de continuidade e uma morte absurda. Há ainda alguns efeitos visuais que hoje parecem bem atrasados. Mas isso não atrapalha no resultado final: uma ótima sessão de horror. Se alguns efeitos por um lado são bem artificiais; em contraste a maquiagem é excelente. As criaturas, as feridas e alguns desmembramentos são bizarros e críveis.



O filme é muito divertido. Não enrola e entrega um produto rápido e eficaz, algo que hoje em dia é raro. O senso de nostalgia toma conta. Me lembro de assistir a este filme na TV aberta durante as madrugadas quando criança. E caso alguém não sabe, o filme é um festival de participações especiais do mundo do horror. Fazem ponta nele Clive Barker (escritor e diretor de filmes como Hellraiser); Joe Dante (diretor de Pinhanhas de 1978 e de Gremlins); John Landis ( diretor de Um Lobisomem Americano em Londres); Ron Perlman ( o herói título de Hellboy); Tobe Hooper (diretor do primeiro O Massacre da Serra Elétrica) e o próprio Stephen King. Fica clara a homenagem e referência ao próprio gênero do terror, algo muito bacana. Uma dica: se você curte terror antigo, baixe hoje mesmo e assista a este imperdível filme.







Direção: Mick Garris

Elenco: Alice Krige, Brian Krause, Cindy Pickett, Clive Barker, Cynthia Garris, Dan Martin, Diane Delano, Ernie Lively, Frank Novak (II), Glenn Shadix (I), Jim Haynie, Joe Dante, John Landis, Lyman Ward, Mädchen Amick, Monty Bane, Richard Penn (I), Ron Perlman, Rusty Schwimmer, Stephen King, Tobe Hooper.
Sinopse: Brian Krause e Alice Krige estrelam este aterrorizante conto de vampiros à caça de jovens garotas. Madchen Amick é a virgem sexualmente curiosa que se apaixona pelo novo rapaz de escola (Brian Krause) apenas para aprender, muito tarde, que ele é um sonâmbulo devorador de carne humana. A mutação transforma o garoto encantador num monstro selvagem, que se aproxima da garota para atacar sua sedutora mãe.


                                 Trailer:


























                     Alice Krige







                Mädchen Amick




Deixe seu comentário:

Deixe uma resposta