Crítica: Rio 2 (2014, de Carlos Saldanha) – No ano da Copa o Brasil fica em evidência.




‘Rio’, imenso sucesso de 2011 ganha sua continuação. O primeiro filme agradou a maioria, enquanto que outros acharam muito caricato e estereotipado a maneira de como os brasileiros foram representados. Tirando alguns clichês, achei muito bom o filme e digo mais: quer mais estereótipos do que o próprio cinema nacional? É favela, é nudez, é palavrão e é comédia pastelão. Estes são os clichês do nosso cinema (salvo algumas exceções). O diretor brasileiro Carlos Saldanha ao menos apresentou alguns clichês leves, como a figura carioca e o nosso Carnaval. Além disso, ele apresenta belíssimas imagens do nosso Rio de Janeiro, além de parte das músicas serem boas (digo parte, pois também não sou um admirador da nossa música). Enfim, com o sucesso do filme e ‘Rio’ ganhando o mundo em 2011, logo teríamos a segunda parte.


‘Rio 2′ começa com o casal de araras Blu e Jade já com família, seus três fofos filhotes. Junto com seus amigos do primeiro filme, embarcam rumo ao “pulmão da Terra’, nossa floresta Amazônica; onde pretendem encontrar mais aves de sua espécie e encontrar seus antigos donos. Nesse meio tempo o vilão Nigel retorna com capangas e mais louco do que nunca. E além disso tudo, todas personagens irão se deparar com um grupo de criminosos que devastam a floresta. Com esse roteiro, ‘Rio 2’ é bastante clichê e um pouco inferior ao primeiro. Há vários personagens caricatos de novo e nem todas piadas funcionam, por serem infantis demais. Em certo momento a vida das araras na selva lembra os nativos de ‘Avatar’. Trata-se da típica continuação. que diverte mas fica abaixo do filme anterior. Sem falar que a partir da trama o filme deveria se chamar ‘Amazônia’. Mas calma, pois os defeitos acabam por aí.






Mesmo que não se igualem em emoção e conteúdo, as animações da Blue Sky tem um gráfico tão perfeito e um potencial tão forte quanto os aclamados Studios Pixar (‘Toy Story’) e DreamWorks (‘Como Treinar o Seu Dragão’). Além de ‘Rio 1 e 2’ o estúdio tem no currículo os quatro filmes da franquia ‘A Era do Gelo’ e filmes como ‘Robôs’, ‘Horton e o Mundo dos Quen’ e ‘Reino Escondido’. ‘Rio 2’ repete a perícia técnica do primeiro. Um colorido fantástico, belas paisagens brasileiras e o movimento e perfeição na computação gráfica da animação é ímpar. Mesmo não tendo o ar de novo e “original” do primeiro filme, é muito competente tecnicamente falando. A maioria das personagens segue divertidos e pirados. Dentre os novos o destaque vai para o tamanduá dançarino e a rã venenosa e apaixonada por Nigel. Mesmo que em partes algumas piadas não funcionam, outras funcionam e irá te fazer rir por momentos.

O diretor Carlos Saldanha (do primeiro ‘Rio’ e de ‘A Era do Gelo 2 e 3’) entrega uma direção não muito inovadora. Assim, o acerto fica por conta do visual e das boas canções do filme. Animações costumam ter canções, mas na maioria das vezes não são muito boas. ‘Rio 2’ acerta nisso. A mensagem ecológica e familiar é válida. O filme irá agradar fácil a criançada. Quanto aos adultos e os mais exigentes, não vá com muita expectativa. Pelo menos irá se deliciar com um filme esteticamente belo e músicas embaladas. ‘Rio 2’ chega malandro, do jeitinho brasileiro.







Direção: Carlos Saldanha

Elenco: com as vozes de: Anne Hathaway, Jesse Eisenberg, Jamie Foxx, Jemaine Clement, Rodrigo Santoro, Sergio Mendes, Siedah Garrett, Bebel Gilberto, Carlinhos Brown, Mika Mutti, Will.i.am, Taio Cruz.

Sinopse: é uma selva lá fora para Blu, Jade e seus três filhos, em RIO 2, depois que eles deixam a cidade maravilhosa para se aventurar em uma viagem à Amazônia, para uma reunião de família. Fora de casa, em um lugar desconhecido, Blu terá que enfrentar seu maior medo – seu sogro – enquanto procura escapar do plano de vingança de Nigel.

                                                  Trailer:



  








  

















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