DE JOHN A JOHN: ALAN LeMAY PÕE HUSTON EM CAMPO DE FORD

O passado não perdoa
The unforgiven

Direção:
John Huston

Produção:
James Hill

United Artists, James Productions, Hetch-Hill-Lancaster

EUA – 1959

Elenco: Burt Lancaster, Audrey Hepburn, Audie Murphy, Doug McClure, John Saxon, Lillian Gish, Albert Salmi, Charles Bickford, Joseph Wiseman, June Walker, Kipp Hamilton, Arnold Merritt, Carlos Rivas.


John Huston pretendia, com O passado não perdoa, realizar um western atípico, que expusesse o racismo entranhado nas comunidades puritanas instaladas nas zonas fronteiriças dos Estados Unidos. Infelizmente, suas intenções foram sabotadas pelos produtores. Mesmo assim, merece ser visto. O passado não perdoa está apoiado em obra de Alan LeMay. É também o autor do argumento que deu origem ao roteiro de Rastros de ódio, de John Ford. Há pontos de contato mais que nítidos entre os dois filmes, como explicita o comentário.


O passado não perdoa, primeiro dos dois westerns[1] dirigidos por John Huston, pertence ao seu período mais problemático, marcado por obras frustradas em suas intenções, algumas em decorrência de desentendimentos com produtores. A temporada de baixa vai de 1958 ao início dos anos 70. Começa com a descaracterização, na montagem, de O bárbaro e a gueixa (The barbarian and the gueixa), perpetrada pela 20th Century-Fox e por John Wayne. Do mesmo ano, Raízes do céu (The roots of heaven) tem a produção conturbada por dificuldades logísticas e problemas físicos decorrentes dos esforços excessivos exigidos dos atores submetidos às altas temperaturas e enfermidades nas locações africanas. Após O passado não perdoa, Huston reencontra a boa forma com Os desajustados (The misfits, 1961), Freud além da alma (Freud, 1962) e A noite do iguana (Nigh of the iguana, 1966). Mas flerta perigosamente com o fracasso na comédia de mistério A lista de Adrian Messenger (The list of Adrian Messenger, 1963); na ambiciosa superprodução de Dino de Laurentiis, A Bíblia (The Bible… in the beggining, 1966); na enfadonha brincadeira com James Bond, Cassino Royale (Casino Royale, 1967); e no intrincado e irregular thriller de espionagem Carta ao Kremlin (The Kremlin letter, 1970). As demais realizações do período — Os pecados de todos nós (Reflections in a golden eye, 1967), O irresistível bandoleiro (Sinful Davey, 1968) e Caminhando com o amor e a morte (A walk with love and death, 1969) — contam com a simpatia do diretor, mas foram recebidas friamente quando lançadas.

Para continuar lendo, acesse:
http://cineugenio.blogspot.com/2013/01/de-john-john-alan-lemay-poe-huston-em.html

Deixe uma resposta