Crítica: Need for Speed 3D (2014, de Scott Waugh) – O mais famoso game de corrida de carros ganha sua versão nas telonas.







Fui com minha namorada e alguns amigos assistir ao Need for Speed 3D. Como cinéfilo eu tinha algo a realizar: assistir a um filme com a tecnologia de terceira dimensão. Acontece que em minha cidade a primeira sala com tal tecnologia inaugurou recentemente e eu ainda não tinha tido a oportunidade de conferir. Mesmo já sabendo que não teria muitas cenas em 3D, foi prazeroso conferir pela primeira vez esta experiência. Quanto ao filme, é de admirar que ainda não existisse um longa desta milionária franquia de games. Em tempos de jogos modernos, Need for Speed se mantém como o game de corridas de carros mais famoso e com maior status. Embora eu nunca tenha sido muito fanático por games, respeito muito este formato de diversão. Possuo uma das edições, o Need for Speed 2 – Underground e também já joguei o Carbon. Bebendo da fonte de sucesso e adrenalina da boa franquia Velozes e Furiosos, principalmente os 2 primeiros; Need acelera e chega perto dos filmes de Vin Diesel e Paul Walker.


A atuação de Aaron Paul (da série Breaking Bad) é esforçada e segura as pontas como o herói meio “louco/renegado”. Michael Keaton parece ter ressuscitado em 2014. Após sua boa participação em RoboCop, do Padilha, aqui ele tem o melhor coadjuvante – uma personagem excêntrica. A bela Imogen Poots (a jovem principal de Extermínio 2) é a mocinha, que aos poucos mostra seu potencial em algumas cenas de boa química com o herói. Dominic Cooper não é de todo ruim, mas falta algo para ele ser um vilão mais emblemático. O filme tem alguns alívios cômicos bem posicionados, como uma cena em que Rami Malek (o mocinho de Dezesseis Luas) tira a roupa no serviço, cena que não acrescenta nada de importante na fita, mas que divertiu bastante a quem estava na platéia, e este era o objetivo.


O filme tem sido bastante detonado pela crítica no geral e as bilheterias não estão tão boas quanto podia, mas deve-se ter cautela. Muitos críticos procuram conteúdo demais em todos filmes, até naqueles feitos apenas para diversão. E Need for Speed é um filme com muita ação e adrenalina, exibindo belos automóveis no qual você nunca irá dirigir, com um herói querendo justiça, uma bela mocinha, uma dívida a pagar, barulhada do ronco do motor e algumas cenas de ação – tudo isso tirado de uma saga de games. Quando se vai assistir a um filme desses não se deve ir crítico demais. O jeito é desligar o cérebro e curtir. E neste quesito o filme cumpre seu papel.


Mesmo que tenha um roteiro bem clichê e tenha faltado um vilão mais forte, Need chega perto do seu rival Velozes e Furiosos. Não ultrapassa, mas “canta pneu” e pode ser visto no retrovisor. Gostei da trilha sonora, que tenta o tempo todo emocionar e envolver o público na adrenalina. A melodia consegue embalar o filme e é um dos bons pontos da obra. Os efeitos especiais são bons e contidos. Em tempos de superproduções é legal ver um filme que não exagera tanto. A produção irá agradar às crianças, adolescentes e alguns fãs do jogo. Muita gente poderá não gostar tanto do final, talvez por causa da solução moralista que se apresenta. Mas por outro lado, há um fato bem interessante neste filme. Há consequências de toda correria ocorrida, afinal estas disputas são clandestinas. Mesmo que temporário, há consequências para todos: mortes, fraturas e prisões. E o filme ainda apresenta uma bela fotografia, com um ótimo aproveitamento de cenários como as rodovias, penhascos e campos. Need for Speed pode não ser o melhor blockbuster do ano, mas se for assistir sem compromisso irá se divertir. A continuação ainda é bem incerta, mas se vier será interessante ver ele competir com Velozes e Furiosos 7 e os próximos. Isso sim será uma corrida e tanto.

E quanto ao 3D, o filme não foi feito para ele, mas foi convertido. Pelo que li e pesquisei, as pouquíssimas cenas 3D estão boas, levando-se em conta a conversão. Eu curti, há 5 ou 6 momentos bem legais do 3D. Mas o mais bacana é a prévia do Capitão América 2 – O Soldado Invernal, que tem 11 minutos de filme e cenas de 3D espetaculares, estes 11 minutos do Capitão América valeram tanto quanto as 2 horas e 20 minutos de Need. Desde já aguardo ansioso pelo filme da Marvel, que já foi pré-exibido para alguns e foi extremamente elogiado. Nos resta aguardar, que venha Abril!






Direção: Scott Waugh

Elenco: Dakota Johnson, Aaron Paul, Michael Keaton, Imogen Poots, Dominic Cooper, Rami Malek, Nick Chinlund, Sir Maejor, Ramon Rodriguez, Kid Cudi.

Sinopse: Tobey Marshall (Aaron Paul) é um piloto que foi traído por seu rico e arrogante sócio Dino (Dominic Cooper) e acabou sendo preso. Ele começa a começa a articular uma vingança depois de finalmente ganhar liberdade. Porém, seu ex-parceiro descobre o plano e decide colocar a cabeça de Tobey à prêmio. Isso obriga o corredor a participar de um circuito de corridas ilegais por todo país, usando carros superpotentes.




                                      Trailer:


  
Cenas do jogo:






                       Cenas e cartazes do filme:












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