Crítica: No One Lives (2013, de Ryuhei Kitamura)



O período de postagens de terror foi estendido devido à atrasos nos post’s e problemas de servidor. Até o dia 01 de Dezembro traremos algumas críticas e matérias dedicadas ao terror. E aqui vai mais uma: ‘No One Lives’, ainda sem previsão de estreia no Brasil. Mesmo não trazendo nada muito inovador, o filme carrega cenas bem fortes e eletrizantes, além de boas reviravoltas. Temos aqui um roteiro mediano, onde uma ou outra característica se revela original. Devo dizer que no quesito originalidade, o início do filme tem a melhor parte, onde o que deveria ser clichê torna-se surpreendente. Logo após esta reviravolta é que o filme engrena. E no que a ação e o terror tomam conta, tudo que você já viu em um filme de terror também.


Mas o filme tem algumas boas características. A direção de Ryuhei Kitamura é agitada e com ritmo, sendo que o cara já havia mostrado talento no violentíssimo e eletrizante ‘O Último Trem’ (baseado em um conto de Clive Barker). Aqui ele não supera o filme citado acima, mas chega perto em apresentar cenas genuinamente violentas e de puro gore. Há muito sangue, mutilações e mortes radicais. Tudo isso na mão de Luke Evans, um ator que vem ganhando destaque recentemente (ele pode ser visto nos recentes ‘Velozes e Furiosos 6’ ‘Imortais’ e ‘Os Três Mosqueteiros 3D’ – e em breve será visto em ‘O Hobbit: A Desolação de Smaug’). Aqui ele faz cara de mau e dá conta do recado como um excelente e assustador serial killer, do nível de um Jason ou Ghostface, porém de cara limpa e sem máscara. O vilão (herói?) é mesmo implacável e carrega o filme nas costas, além de um tremendo preparo físico, dando a impressão de que é indestrutível. Adelaide Clemens (de ‘Terror em Silent Hill 2 – Revelação 3D’) também dá conta do recado, mas aqui ela não é a típica mocinha sobrevivente. E ainda temos a presença da belíssima America Olivo (do remake de 2009 de ‘Sexta-Feira 13’).

Como eu já comentei, depois de algumas ótimas reviravoltas iniciais, o roteiro cai na mesmice dos filmes de terror, criando situações clichês (como pessoas presas em uma casa isolada) e a típica luta pela sobrevivência. Mas ao menos o terror aqui é usado com competência, tendo momentos bem fortes e com bastante correria. Há muita luta corporal e alguns bons banhos de sangue. O filme irá agradar a quem procura um terror simples e padrão, mas que se apresenta sem muita frescura. É um terror independente, que merece ser visto por cumprir seu papel sem pretensões ou tentar parecer ser mais sério do que realmente é. Um terror muito bem filmado e que mantém um ritmo tenso e cheio de mortes até o final.

NOTA: 7


Direção: Ryuhei Kitamura

Elenco: Adelaide Clemens, Luke Evans, America Olivo, Andrea Frankle, Beau Knapp, Carl Palmer, Chris Carnel, Dalton Gray, Dane Rhodes, Derek Magyar, Elena Varela, Garrett Hines, Gary Grubbs, George Murdoch, Jake Austin Walker, Laura Ramsey, Lee Tergesen, Lenore Banks, Lindsey Shaw, Michael ‘Mick’ Harrity, Robert Martin Steinberg.

Sinopse: uma gangue de criminosos cruéis leva um jovem casal como refém para uma casa abandonada no meio do nada. Mas quando a menina é morta, tudo muda e a gangue se depara com um matador experiente determinado a garantir que ninguém sobreviva.

Trailer:


  

  

  

  

  

  



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