CRÍTICA: YOU’RE NEXT (2013) Horror – Crítica Exclusiva

Esse filme chegou nos cinemas americanos cheio de expectativas quanto a um sucesso estrondoso. Afinal, já é fato que 2013 se tornou o melhor ano para o gênero horror em muito e muito tempo! Logo, em meio ao lançamento de sucessos absolutos como Evil Dead, Uma noite de crime (The Purge) e Invocação do Mal (The Conjuring), o antes pequeno – agora já um dos grandes – estúdio sempre tão dedicado ao gênero, Lionsgate, lançou o pequeno Você é o próximo (You’re next) – que na verdade ficou na gaveta algum tempo depois de ser finalizado – crendo que ele entraria para a lista dos filmes de horror que fizeram bonito nesse ano especial, mas não foi o que aconteceu. Mas também não significando que seja um filme ruim. O fracasso – econômico, ao menos – se deve a uma junção de fatores.
O filme que levou alguns prêmios em festivais pequenos por aí, tem a duração padrão de 1h30m e traz uma estória que até traz um suspiro de originalidade… Mas não. A produção começa com um ataque – invasão da casa – a um casal que tranquilamente só estavam a fim de fazer bom sexo, ouvir música e beber suco de laranja. Em um momento futuro do filme cai a nossa ficha de que esse ataque inicial não acrescenta nada a trama e não passa de uma forma de mostrar o nome do filme em letras escritas com sangue em um espelho. Aliás é assim que se justifica o nome do filme. Quando alguém é assassinado, próximo da vítima aparece a

inscrição com sangue You’re next (Você é o próximo) para uma apavorada leitura do primeiro que encontrar tal horrível cenário.

Mas a trama mesmo apresenta um grupo de familiares, amigos que vão para essa casa isolada para algum tipo de comemoração/ reunião quando em dado momento, durante uma calorosa conversa/debate à mesa de jantar, um desses membros se aproxima curioso da janela para levar um flechada que atravessa o vidro assim como o seu crânio. A reação em seguida do grupo é a maior gritaria. E é muito grito mesmo. Uma barulheira, um pandemônio que irrita. Não demora para o filme mostrar ao que veio. É a simples trama daquelas pessoas tentando deixar com vida o lugar enquanto caras com máscaras plásticas de animais (ovelhas, cabras…) matam com facão, arpão… Adicione também o fato de que uma das candidatas a “vítima” ali na verdade é tão violenta e sagaz como os assassinos e que tudo se desenrola na velha forma “Vamos descobrir quem é o assassino, porque É um desses do grupo que estava aqui todo o tempo” e você terá o seu filme.
Eu sei que quando coloco desse jeito parece um filme lixo, mas eu preciso te dizer que ao mesmo tempo que, por exemplo, o uso da câmera lenta e a trilha sonora seja bem irritante de tão constante e desnecessário, as mortes, a parte sangrenta é satisfatória e bem executada para os fãs dessa temática.
O filme descaradamente rouba elementos de vários exemplares. Claro, “nada se cria, tudo se copia”, mas também, espera lá, né? A trilha de O massacre da serra elétrica. A coisa dos “estranhos tentando invadir a casa de Os Estranhos e Uma noite de Crime. O uso de flash para descobrir o paradeiro do invasor assim como em Jogos Mortais. Até uma tentativa pouco eficaz de ter um humor negro à la Pânico.
É possível sim passar o tempo bem sim assistindo ao filme. Só não tem razão plausível para ele ter existido, mas já que surgiu… Não é dos piores.
NOTA: 7 de 10

…Nos cinemas brasileiros em 04/10/2013…

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