CRÍTICA: “Não tenha medo do Escuro” (2011)

Além dos famosos e ótimos filmes ‘nerds’, o tão querido
Guillermo Del Toro adora se envolver em filmes de terror e fantasia. Existem
vários em sua filmografia onde, na maioria, ele atua apenas na parte de
produção ou roteiro, como é o caso de “Não tenha medo do Escuro”, que, com
certeza e infelizmente, não é o seu melhor. A direção fica a cargo do estreante
Troy Nixey com um primeiro filme que, com certeza não o torna um gênio, mas,
mostra que tem jeito e se sobressai diante de produções similares bastante
inferiores que saem o tempo todo. Geralmente, filmes nesse estilo trazem atores
renomados pra protagoniza-los e, no caso, temos o ótimo Guy Pearce e a insossa
Katie Holmes, que formam um casal que se muda para uma nova casa, que, como não
poderia ser diferente, é mal-assombrada.





O personagem de Pearce, Alex, tem uma filha pequena,
Sally, que é interpretada pela menina prodígio Bailee Madison (a garotinha no
filme “Esposa de Mentirinha” que consegue ser melhor que o Adam Sandler como
protagonista), uma personagem crucial no filme. Apenas para constar, Madison
atua na TV desde os 6 anos de idade e, hoje com 13, é vencedora de diversos
prêmios juvenis de talento.


Como toda criança curiosa, Sally, apesar de não gostar,
começa a ‘bisbilhotar’ os cômodos e objetos da nova casa encontrando, por
acaso, o porão escondido. Alex, ao saber do achado, se mostra disposto a
descobrir o que realmente há no porão, despertando ainda mais a curiosidade de
Sally que começa a ouvir sussurros no local e, por fim, acaba libertando
criaturas que viviam lá. Atormentada todas as noites pelos monstrinhos
assassinos famintos por dentes de crianças, a garota, desacreditada pelos pais,
busca provas de que os pequenos demônios existem, através de fotografias e desenhos.
A personagem de Holmes, Kim, é aquela que não se dá bem com a filha do noivo,
mas no fim é quem a ajuda. Aqui, ela se dispõe a buscar provas do que Sally diz
e acaba encontrando histórias macabras que as justificam.

A abordagem e história das criaturas são interessantes e
convincentes, mas não tanto quanto os mesmos. Os monstrinhos são pequenos,
encurvados e com membros minúsculos que acabam os deixando “bonitinhos e
fofos”, com exceção, talvez, do rosto macabro. A ambientação do filme é ótima,
no estilo que, particularmente, acho excelente, lembrando um pouco o clima de
“Rose Red” e “Os Outros”. Fotografia eficiente, som competente e demais
elementos técnicos são perceptivelmente muito bons, mas não salvam a projeção.



Sem pretensões maiores, “Não tenha medo do Escuro” é um terror
fraco, mas é um bom passatempo. Sussurros, criaturas, escuridão, vozes e demais
elementos estão presentes no decorrer da fita e fazem com que ele não seja tão original e, apesar dos
traços profissionais do Del Toro que são únicos, no geral, é apenas mais um filme de terror.




NOTA: 5.0




“Não tenha medo do Escuro”
Título original: Don’t be afraid of the Dark
Ano: 2011
Direção: Troy Nixey
Produção: Guillermo Del Toro
Roteiro: Guillermo Del Toro, Matthew Robbins
Elenco: Guy Pearce, Katie Holmes, Bailee Madison


Trailer:





    


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