Especial: 1939 a 1943 OSCAR DE MELHOR ATRIZ

VIVIEN LEIGH por E O VENTO LEVOU de 1939
O maior filme de todos os tempos não podia deixar de garantir a prestigiosa estatueta para a sua protagonista feminina. O épico é sobre a guerra civil, mas antes disso é sobre a transformação da mimada e frágil Scarlett na mulher forte e destemida capaz de matar ou até mesmo roubar o pretendente da irmã por sobrevivência. A talentosa atriz britânica trouxe à vida esse papel oriundo de um livro (bestseller) com excelência. Não está no meu TOP 10 por eu não conseguir (por incrível que pareça) achar uma cena sua que apresente um sentimento de realismo, mas em seus próprios termos é um trabalho de atuação histórico.

GINGER ROGERS por KITTY FOYLE de 1940
A atriz que antes era unicamente conhecida por dançar com o ícone Fred Astaire foi valente o suficiente para aceitar o papel delicado da jovem trabalhadora que pratica um aborto além de ter uma relação romântica reprovável. Ela deixou sua insegurança de lado e ganhou a cobiçada estatueta, deixou de ser vista apenas como uma “atriz de dança” e no dia seguinte após sua vitória no Oscar, foi recebida no estúdio com aplausos de todos os funcionários. O que não faltam são momentos especiais nessa atuação de Ginger.

JOAN FONTAINE por SUSPEITA de 1941
Joan ganhou aqui, mas como já acontecido antes ela deveria mesmo ter ganhado no ano anterior por seu trabalho de fragilidade imensurável no ótimo filme Rebecca. No entanto, em seu caso não podemos rotular exclusivamente como “prêmio de consolação ou retratação”. Ao interpretar a esposa que passa a temer que seu marido planeja matá-la, Joan entrega momentos de reflexão carregados de complexos sentimentos. Isso sem dizer que poucas atrizes desmaiaram tão bem em cena quanto ela.

GREER GARSON por ROSA DA ESPERANÇA de 1942
Mais conhecida como a atriz que deu o discurso mais longo da história do Oscar quando aceitou seu prêmio, Greer Garson teve uma responsabilidade e tanto ao interpretar Mrs. Miniver nesse filme importante com a difícil temática de uma família britânica lutando para sobreviver nos primeiros meses da Segunda Guerra Mundial. Uma atuação “correta” e digna do reconhecimento.

JENNIFER JONES por A CANÇÃO DE BERNADETTE de 1943
O que configura uma atuação digna de Oscar, afinal? O fato de Jennifer ter levado o prêmio aqui é o fator perfeito para tal questionamento. Afinal, em A Canção de Bernadette (The Song of Bernadette) ela não grita no topo de sua voz, não chora desesperadamente, não enlouquece, não passa por nenhuma gigantesca transformação física. Ela é simplesmente uma jovem comum de uma vila que contempla uma aparição milagrosa. Uma atuação plana. Fácil demais para merecer tal prêmio? Bem questionável. 

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