Especial: 1934 a 1938 OSCAR DE MELHOR ATRIZ

CLAUDETTE COLBERT por ACONTECEU NAQUELA NOITE de 1934
A primeira atriz que levou o prêmio por uma atuação em uma comédia romântica, imortalizou seu papel com a cena em que exibe a perna na beira da estrada conseguindo assim que um carro parasse para uma carona. Mesmo quem nunca viu o filme conhece a cena! A queridinha da Hollywood da época, Claudette Colbert, está engraçada, firme e interessante aqui, mesmo que não seja uma atuação que entre para o TOP 10 das mais poderosas de todos os tempos que já foram laureadas pela estatueta. 

BETTE DAVIS por PERIGOSA de 1935
Uma injustiça marcante marca essa primeira vitória da grande Bette Davis no Oscar. Digamos que ela estava “começando” na indústria e simplesmente deu uma performance maravilhosa/espetacular (e muitos outros adjetivos) no filme do ano anterior Escravos do Desejo (Of Human Bondage) e não foi nem mesmo indicada! Tudo uma questão de briga com estúdio que na época interferiam até em que ganhava e era indicado ao Oscar. Assim, a própria Bette admitia sempre que sua vitória aqui se deu por conta da Academia se retratar de alguma forma pelo descaso do ano anterior. Bette pode estar bem em Perigosa (Dangerous), mas não chega perto de sua atuação eletrizante em Escravos do Desejo.

LUISE RAINER por ZIEGFELD – O CRIADOR DE ESTRELAS de 1936
A primeira atriz não americana a ganhar o prêmio, a francesa Luise basicamente recebeu o Oscar só por uma cena em particular onde se debulha em lágrimas ao falar no telefone com seu ex-marido, o magnata Ziegfeld (figura real e marcante na história da Broadway que é retratada nessa cinebiografia). Ela nos faz sentir todo o pungente sofrimento e mesmo que eu considere muito dramalhão em todo o seu pouco tempo nesse longo filme (ela não seria uma coadjuvante, afinal?), fica a alegria pelo reconhecimento da doce atuação da doce Luise com seu doce sotaque francês.

LUISE RAINER por TERRA DOS DEUSES de 1937
Até hoje isso nunca aconteceu outra vez! Uma atriz ganhar o prêmio de melhor atriz principal por dois anos consecutivos! Essa é a prova de que a Academia se apaixonou mesmo pela francesa que disse em entrevistas anos depois que na época nem sabia ao certo o que era o Oscar e sua real importância. Luise era da França e claro que a “recente” premiação não havia alcançando fronteiras de conhecimento tão internacionais ainda. Aqui ela interpretou uma fazendeira chinesa que passa por uma odisseia de humilhações, sofrimentos e exercícios de bravura. E todos já estão carecas de saber como a Academia ama premiar atuações sofredoras. 

BETTE DAVIS por JEZEBEL de 1938

De 1935 a 1938 foi dobradinha de duas atrizes! Quatro anos onde apenas Bette e Luise dominaram a categoria. Bette venceu novamente ao interpretar a fortaleza que atende pelo nome de Julie e sua interpretação é uma das que está no meu TOP 10 das melhores atuações femininas laureadas pelo Oscar. Sequências e mais sequências marcantes, nesse papel que nada mais é do que uma “Scarlett de E O Vento Levou” só que em preto e branco. Perfeita.

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