CRÍTICA: Minha Mãe É Uma Peça (2013)

TODO ANO tem aquele filme nacional que se destaca, que explode em sucesso e tirando uma exceção aqui e ali (leia filme espírita) sempre é um filme de comédia.
Esse ano não houve a exceção. Sim, é apenas um pouco mais da metade do ano, mas é inimaginável que outro filme brasileiro alcance a altura que o filme de comédia sensação Minha mãe é uma peça, alcançou. 3 milhões de espectadores já contabilizados… E contando…
O sucesso estrondoso do filme já era de alguma forma anunciado. É baseado em uma peça que deu muito certo (com público e crítica).
“Aquela vaaaaaaaaca…!”
A trama não podia ser mais simples. O que acompanhamos é uma mãe (Paulo Gustavo, comediante de primeira caracterizado de mulher) tendo que lidar com a rebeldia dos dois filhos adolescentes (uma gordinha e um gay no armário. Ainda tem o filho mais velho que já saiu de casa) e o ex-marido e nova (vaca) mulher dele. Essa mãe, Dona Hermínia, não suporta mais o descaso dos filhos com seu natural amor super protetor e deixa a casa. O filme se dá com Dona Hermínia na casa da tia de certa forma narrando sua relação com a família em flashbacks, ao longo dos anos.
O filme é engraçado. Funciona. Toda vez que se propõe a ser divertido ele é. Por raras vezes falha com a piada que se perde e por umas boas vezes chega até mesmo a ser hilário. Esse que vos fala riu. E, olha, eu já disse e repito… Para me fazer rir… Desafio árduo para titãs.
Eu tenho minhas desavenças com o cinema brasileiro e não escondo. Logo para eu admitir que um filme brazuca é bom é algo raro. Mas eu só estou sendo justo aqui. 
“Toda vez que eu vejo essa síndica dá uma vontade de dar um soco nessa mulher, afundar ela no chão!”
Veja bem… É bom, mas vamos falar das escorregadas que, sim, existem. Um movimento do roteiro que sentimos atrapalhado ali, um final que não tem cara de final aqui, mas o item mais grave mesmo é o tal drama. Isso acontece em muitos filmes e me revolta. Quando vão entender que é a coisa mais arriscada do mundo é tentar fazer um filme ser duas coisas tão distintas ao mesmo tempo? Comédia e drama. 90% das vezes não dá certo. Aqui não deu. O filme alcança alto níveis de aprovação por ser a comédia-comédia que é. Logo quando tenta o drama dá bem errado. Uma cena em especial onde o diretor força um close up nos olhos de Dona Hermínia para fazer a emoção gritar é risível (no pior sentido).
Por fim ainda é válido pontuar que a tal comédia eficaz só é baseada mesmo nos palavrões (questão baixa e questionável da maioria das comédias tupiniquins). 
Enfim, funciona, mesmo que pelo caminho menos inteligente. Sabe que eu até assistiria de novo? E acredite. Para esse que vos fala admitir isso sobre um filme brasileiro… É um fato inusitado e tanto.
NOTA: 8 de 10
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