CRÍTICA: Todo Mundo em Pânico 5 (2013)

O pior filme já lançando em 2013? Bem, esse parece de verdade ser o consenso dos críticos.
Mas, vejam bem. Eu sou o rapaz que não gosta de tomar decisões precipitadas e nem de citar tantos nomes, porque tenho certeza de que se me esforçar um pouco mais, consigo pensar em alguns pares de produções no mesmo nível de decepção de Todo Mundo em Pânico 5, que já foram lançados esse ano.
Por toda essa chuva de xingamentos dirigida ao filme que eu fui morrendo de medo (de toda a porcaria anunciada queimar meus olhos, ou sei lá) assistir ao filme nessa madrugada. E, honestamente, ele é ruim e fede sim, mas até que não é a experiência mortal anunciada.
O que eu mais li dos críticos internacionais foi a alegação de que o filme era inteiramente ausente de risadas. Isso foi o que me derrubou imediatamente, uma vez que acusar um filme de comédia de ser tão engraçado como uma laranja, é o mesmo de dizer que um filme de horror é tão assustador quanto Crepúsculo.
Pois bem. O filme começa com as problemáticas celebridades Lindsay Lohan e Charlie Sheen interpretando a si mesmo e vou dizer que eu soprei uma risadinha com certa piada referente à situação sempre complicada de Lohan com a justiça.
Existem risadas. Nunca são gargalhadas e todas elas podem ser contadas nos dedos de uma única mão, mas dizer que não existem já é injusto.
O filme traz paródias da produção Atividade Paranormal na maior parte do tempo e é onde erra mais, acreditando baseado em alguma ideologia bizarra e inexplicável que seu público rolará de rir ao ver pessoas sendo acertadas na cabeça por frigideiras e dando socos umas nas outras.
Há um pouco de paródia do filme de sucesso Planeta dos Macacos: A Origem e são as partes mais dolorosas, porque nesses trechos de fato não existe graça alguma.
Eles zombam do cultuado Cisne negro e eu ri por um segundo. Zombam do tão recente A Morte do Demônio e eu ri por dois segundos. Paródias irrelevantes da surpresa positiva do gênero horror desse ano, Mama, também figuram. Até mesmo de A Origem (e por que mesmo?… Ah, é. Não existe explicação).
A participação de Snoop Dogg irritou minhas retinas um pouquinho. Simon Rex é um ator tão ruim (me recuso a acreditar que ele acredita mesmo estar sendo engraçado) que eu tive a vontade de dar nele um daqueles socos que ele leva no filme. Mas de verdade. E afinal existe algum bom ator nesse filme? E afinal isso faz diferença?
Sabemos que quando se trata da série Todo Mundo em Pânico, nunca é sobre o roteiro ou nenhum departamento tratado com mais zelo. De todos os outros da série, esse é o que tem o visual mais precário (bem lógico, quando consideramos que os dois anteriores tiveram orçamento de $40 milhões, enquanto esse teve $20 milhões) e o menor tempo de duração. Com 70 minutos de filme estamos basicamente liberados. O que nesse caso é bom. Certo?
Minha conclusão é a de que estamos sim perante de algo triste de tão ruim e que não tinha necessidade de ver as luzes da estréia nos cinemas, mas que também não precisa ser comparado a “uma vareta sendo enfiada no olho” como disse um crítico. Porque não se esqueçam das três ou quatro risadinhas rápidas que mencionei…
É o pior da série? Certo. Vai. Podem classificar assim. Mas realmente, nem está assim tão distante do quarto exemplar, igualmente fraco.
Talvez a maior das certezas seja a de que não teremos um Todo Mundo em Pânico 6. Até o presente momento o filme arrecadou míseros $19 milhões quando o seu antecessor já tinha no banco esse valor apenas no primeiro dia de exibição. 
O filme chega nos cinemas brasileiros apenas em 14 de junho. E será que chega? Tantos filmes bons foram cancelados do nosso circuito recentemente por terem lá fora bilheteria abaixo do esperado. Fará o numeral 5 acoplado à esse título alguma diferença? Vamos esperar pra ver…
NOTA: 4 (Critério de 0 a 10)
TRAILER:


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