ESPECIAL OSCAR 2013 – Crítica: Detona Ralph



Direção: Rich Moore


Elenco: Vozes na versão dublada de Tiago Abravanel, Rafael Cortez e MariMoon. Vozes no original de John C. Reilly, Jane Lynch, David Hyde Pierce, Dave Foley, Sarah Silverman, Jack McBrayer, Teddy Newton, Jamie Elman.


Sinopse: Detona Ralph (Wreck-It Ralph) conta a história de um Bandido de um jogo de fliperama determinado a provar que pode ser um Mocinho. Ralph (voz no original de John C. Reilly) quer muito ser tão adorado quanto seu adversário de jogo, o Mocinho perfeito, Fix-It Felix (voz no original de Jack McBrayer). O problema é que ninguém gosta de Bandidos. Mas todo mundo adora heróis… então quando surge um moderno jogo de tiro que mostra a perspectiva do protagonista, apresentando o personagem durão do Sargento Calhoun (voz no original de Jane Lynch), Ralph encara o jogo como sua chance para o heroísmo e a felicidade. Ele invade o jogo com um plano simples – ganhar uma medalha, mas não demora a arruinar tudo, libertando sem querer um inimigo mortal que põe em risco todos os jogos do fliperama. Qual a única esperança de Ralph? Vanellope von Schweetz (voz no original de Sarah Silverman), uma jovem e encrenqueira “pane” de um jogo de corrida de carros com cobertura de bala que pode acabar sendo quem ensinará a Ralph o que significa ser um Mocinho. Mas será que ele vai perceber que é bom o bastante para se tornar um herói antes seja “Fim de Jogo” para todo o fliperama? 

Curiosidade:


* Vários personagens dos games dos anos 80 e 90 estão presentes na produção. Entre eles, os famosos Zangief, do jogo Street Fighter, Kano, de Mortal Kombat, e o Pac-Man. O nome do filme é o nome de um jogo fictício da era “8-bit” (a mesma do Master System e Nintendinho), inspirado em clássicos dos vídeo-games daquela época.



Trailer:



Detona Ralph concorreu a estatueta de Melhor Animação. Perdeu para Valente, mas em premiações pré-Oscar ganhou várias. Uma pena que esta animação não tenha levado, pois para amantes de games é um prato cheio.

A trama começa de maneira incrível. Sabe o primeiro Toy Story, quando você entra de cabeça no mundo dos brinquedos? Aqui acontece o mesmo, porém você entra no mundo dos jogos e suas codificações binárias. Nesta humilde trama, nosso herói é um vilão! Ralph está cansado de apenas destruir, então resolve virar herói de algum jeito. Isto leva a uma série de eventos eletrizantes e hilários. A superprodução da Disney não poupou recursos para fazer uma animação de alto nível de qualidade visual. Todos cenários de diferentes modalidades de jogos são de arrepiar. Desde o nostálgico e antigo joguinho que Ralph faz parte, passando por um violento e assustador jogo de última geração e culminando em um moderno joguinho infantil.


No quesito roteiro eis que há o único defeito do filme: não inova na maneira de contar a história. O filme é muito original na primeira meia hora. Muito mesmo! Até o momento em que Ralph entra no jogo de última geração e participa de uma eletrizante batalha, o filme surpreende. Piadas envolvendo vilões, personagens famosos de games, um mundo novo feito de números binários e codificações entre um gráfico e outro. Neste quesito o filme impressiona em apresentar uma linguagem técnica (linguagem esta que eu entendo devido minha formação). Porém, quando Ralph chega no jogo infantil e conhece Vanellope, o roteiro entra no que já conhecemos. O grandão que deveria ser mau mas não é; faz amizade com uma menininha. Você já viu isto em Monstros S.A. O lugar colorido, mas com um rei tirano, você já viu isto em Alice no País das Maravilhas. Não que seja um tiro no pé, apenas para de surpreender. Lá nos momentos finais que a ação e a menção dos números binários voltam a aparecer.

Fora isso, o filme é sim uma agradável aventura. Alguns fatores são muito interessantes. Um personagem de jogo antigo se apaixonar por uma avatar de última geração e com gráfico arrojado; foi sem dúvidas uma jogada genial. Momentos hilários vem destes dois. Todo o suposto “tilt” de Vanellope também foi inteligentemente sacado no filme.


Por fim vou comentar sobre uma coisa que surge no filme em forma de piada mas dá o que pensar. Logo que Ralph entra no jogo de última geração, uma frase é dita: quando foi que os jogos ficaram tão assustadores? De repente este nostálgico filme, que resgata personagens esquecidos que outrora fizeram “a cabeça” da molecada, critica de forma lógica o fato de que hoje os games modernos divertem, são bem elaborados e de alto custo, mas nunca terão o brilho clássico daqueles joguinhos quadradinhos de antigamente. Jogos eletrônicos deixaram de ser infantis, talvez isto seja uma pena. Enfim, Detona Ralph acaba sendo um entretenimento nostálgico e de qualidade; que deverá agradar principalmente fãs de games, consoles e programadores de computador.

NOTA: 9






































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