ESPECIAL OSCAR 2013 – Crítica: O LADO BOM DA VIDA (2012)

Um filme que foi lançado aos pouquinhos pelo estúdio que foi dando corda à produção sem pressa alguma, lançando em 100 salas em uma semana, em mais 50 salas na semana seguinte… O resultado final quando o filme atingiu por fim o número justo de 2.800 salas o exibindo nos Estados Unidos? Foi um SUCESSO arrecadando algo perto dos $125 milhões, se consolidou como a comédia romântica mais inteligente a aparecer nas telas em muito tempo, recebeu 8 indicações ao Oscar e levou a estatueta dourada de melhor atriz, algo que já sabíamos que aconteceria desde que a coisa toda não passava de um produto sendo liberado pouco a pouco.

Silver Linings Playbook, no original (mais uma vez o Brasil traduzindo pessimamente os títulos dos filmes), conta a estória de Pat que flagra a esposa o traindo e tem um surto sendo mandando para uma instituição psiquiátrica. Acompanhamos seu retorno para casa, para junto de seus pais, enquanto ele tenta reconquistar a ex-mulher (que agora tem uma lei judicial para que ele se mantenha afastado dela) e conhece Tiffany, uma jovem com seus próprios dilemas mentais, sendo viúva e contando com um questionável libido.


O Lado bom da vida recebeu indicações ao Oscar nas quatro categorias de atuação (atriz, atriz coadjuvante, ator, ator coadjuvante) corando esse elenco incrível que merece todas as ovações. Eu vejo a direção de David O. Russell como um trabalho apaixonado e comprometido, mas nunca brilhante, genial (ele mesmo tem um filho que sofre com a bipolaridade, sendo assim se entregou de corpo e alma no projeto). Também houve a indicação na categoria edição e o filme de 2 horas de duração realmente parece passar em apenas uma hora, mas para essa façanha temos que dar crédito também a outro departamento indicado: o roteiro. Para mim simplesmente o melhor roteiro de um filme em todo o ano de 2012.
Se recomendo que assistam?! Mas é claro! A premiada Jennifer Lawrence dá um show a parte, temos romance e comédia se equilibrando perfeitamente como poucas vezes antes, Robert De Niro tem a chance de mostrar outra vez o gigante da atuação que é. O filme é leve, envolvente e inteligente. Esperto, esperto. Ele não ficará gravado em sua memória como um exemplar de direção de arte de saltar os olhos, por uma cena chocante, ultrajante ou por nenhum fato muito fora do comum. Você se lembrará de Silver Linings Playbook por muito tempo, por ele ser um filme que tem o que falta para a maioria das produções ultimamente: um cérebro.
NOTA: 8
… Estranho não ser um 10 depois de toda a chuva de elogios, não? (risos) É que eu só acho que toda a inclusão da temática “futebol americano” + as apariações do comediante Chris Tucker desaceleram o bom ritmo do incrível roteiro por vezes. É só isso 😉
TRAILER:
Tiffany: Eu faço isso! De novo e de novo e de novo! Eu faço um monte de coisas paras as outras pessoas. E então quando eu acordo eu estou vazia! Eu não tenho nada.


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